quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Pataniscas

Típicas da Estremadura, as pataniscas conhecem e evoluem em muitas versões.
Há até quem as confeccione para aproveitar sobras de bacalhau cozinhado, fugindo assim um pouco da forma tradicional de serem confeccionadas. Há também quem confunda pataniscas e pastéis de bacalhau. Para que não restem duvidas, segue a receita que consta no livro de recolha da nossa gastronomia: “cozinha tradicional portuguesa” da Ed. Verbo.

Usei:

2 Postas de bacalhau
1 c sopa de azeite
1 cebola pequena
1 chávena de farinha
1 ovo
leite q.b.
limão q.b.
salsa q.b
sal q.b
pimenta q.b.
água q.b.
óleo para fritar

Fiz assim:

Põe-se o bacalhau de molho de um dia para o outro.
Escalda-se com água a ferver e tiram-se-lhe as peles e espinhas, faz-se em lascas ou cortam-se em filetes pequenos.
Põem-se as lascas a marinar durante 2 horas em leite e limão.
À parte prepara-se um polme espesso com a farinha, o ovo inteiro, sal, pimenta, a cebola e a salsa picadas, o azeite e a água necessária.
Se o bacalhau tiver sido feito em lascas, deitam-se estas no polme e fritam-se em óleo quente colheradas do preparado.
Tratando-se de filetes, cada filete será passado pelo polme e frito depois.
Depois de fritas e muito bem escorridas sobre papel absorvente, polvilham-se as pataniscas com sal fino.

Notas

Para uma refeição completa acompanhe com salada de feijão-frade.
Serve 4 pessoas
As pataniscas são igualmente saborosas se forem consumidas frias.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ovos verdes

Este prato faz parte da gastronomia tradicional portuguesa.
È normalmente usado como entrada, mas com o devido acompanhamento serve muito bem de prato principal, é também uma boa merenda para um pic-nic.
A receita que se segue serve 4 pessoas.

Usei:

8 Ovos cozidos
1 c sopa de margarina
2 c sopa de salsa picada
sal q.b.
pimenta q.b.
1 ovo inteiro
farinha
óleo

Fiz assim:

Cozem-se os ovos durante 10 minutos.
Passam-se por água fria e descascam-se.
Depois de frios cortam-se ao meio no sentido do comprimento, e com a ajuda de uma colher de chá tiram-se as gemas com cuidado para não partir as claras.
Deitam-se as gemas numa tigela e com um garfo, desfazem-se e misturam-se com a salsa e a margarina. Tempera-se de sal e pimenta e enchem-se as claras com este preparado.
Passam-se os ovos depois primeiro por farinha e depois pelo ovo batido temperado de sal, e fritam-se em óleo quente.

Notas:

Para uma refeição completa, acompanhe com arroz de grelos ou de feijão.
Os ovos verdes são igualmente saborosos se forem consumidos frios.
Fonte: “Cozinha tradicional portuguesa” Ed. Verbo

Tarte de requeijão com nozes

Sobremesa que nasceu da necessidade de usar dois requeijões no limite da validade e um resto de miolo de noz que não convêm deixar estragar.
A minha querida amiga Ana uma soprano com muito talento para o canto e para os doces, deu-me a provar uma tarte de requeijão deliciosa, generosa como ela é deu-me a receita que eu fiz o favor de perder, depois de algumas pesquisas nos meus muitos livros, tentei recriar essa delícia
.


Usei:

2 Requeijões de vaca
300 g açúcar
5 ovos
1c chá canela
200g farinha
2c sopa margarina
100g miolo de noz

Fiz assim:

Numa tigela desfaz-se o requeijão misturando-o muito bem com o açúcar.
Juntam-se os ovos inteiros, misturando bem entre cada um deles, junta-se a margarina derretida, envolve-se, e adiciona-se a farinha misturada com a canela e passada pela peneira.
Partem-se as nozes grosseiramente e juntam-se ao creme.
Unta-se uma forma de tarte com margarina e polvilha-se com uma mistura de farinha e açúcar fino.
Deita-se o preparado e vai ao forno previamente aquecido a 180º, durante mais ou menos 45 minutos.
Retira-se do forno, deixa-se arrefecer um pouco e polvilha-se com açúcar em pó e canela.

Notas:

Convém usar uma forma sem fundo amovível pelo facto da consistência ser um pouco líquida, pode ser usado um pirex comum.
Para partir as nozes grosseiramente, coloque-as num saco e bata com o rolo da massa.
Embora a sugestão de apresentação seja polvilhar com mistura de açúcar em pó e canela, poderá também ser barrada com geleia, doce ou compota de frutos.

Inspiração:

“Receitas escolhidas” de Maria de Lurdes modesto
e
Bolo de requeijão de Viana do Castelo em: gastronomias.com

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Bolachas com pepitas de chocolate


Para fechar a semana de forma doce e melodiosa, mais uma receita de bolachas caseiras que muito nos agradam.
Como tem vindo a ser hábito, estas bolachinhas (gordas), vêm acompanhadas de mais um instrumento musical, mas por ser um instrumento de sopro não convêm comer antes de tocar.
Estas bolachas são inspiradas no livro: “Biscoitos” – Le cordon bleu, que no original leva amêndoas moídas. Se pretende seguir a receita original, substitua 100g de farinha por amêndoa moída, e use chips de chocolate.


Usei

115g manteiga sem sal à temperatura ambiente
100 Açúcar mascavado claro
100 Açúcar granulado fino
1 Ovo
¼ c chá extracto baunilha
200g farinha sem fermento
150g chocolate para culinária

Fiz assim:

Na batedeira, bater a manteiga com os açúcares até formar uma base cremosa, juntar o ovo ligeiramente batido e a baunilha e continuar a bater até ficar tudo bem incorporado e com uma consistência leve.
Retire a taça da batedeira e adicione a farinha peneirada envolvendo bem.
Pique o chocolate grosseiramente com uma faca e envolva os pedaços na massa.
Coloque colheradas da massa em tabuleiro forrado com papel vegetal, e leve ao forno previamente aquecido a 180º durante mais ou menos 20 minutos.
Retire as bolachas para uma grade e deixe arrefecer um pouco antes de guardar.

Notas:

Rendimento: +- 24 bolachas
Pode usar-se chocolat chips em vez de chocolate de culinária.



Estas bolachas ficam crocantes depois de arrefecerem, se pretender um efeito macio, junte à massa 1c café de cremor tártaro, (vende-se em farmácias).

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Massa "stencil"


(for english, please scroll down)

Pensei que não iria participar no evento que a Verena divulgou, não tinha nada programado com massa esta semana, mas depois dei uma vista de olhos no meu arquivo de fotos e encontrei esta massa fresca para lasanha que fiz há algum tempo, não postei porque acabou por ser uma lasanha banal de bolonhesa, eu queria de legumes mas o pessoal reclamou.
No entanto coloquei umas ervinhas no meio da massa, quando se faz a ultima dobragem, e ficou com este aspecto de stencil, ou de fóssil.











A receita para a massa está aqui, e as ervas que usei foram: salsa e sálvia.

Feliz dia mundial da massa para todos!!!!!

Stencil Pasta

I thought that i would not participate in the event that Verena published, I didn’t have nothing with pasta this week, but later I take a view in my file of photos and I found this fresh pasta for lasagne that I did there is some time, I didn’t post because it ended for being a banal lasagne Bolognese, I wanted vegetables but the “people” complained.
However I put some herbs in the middle, when is done the last fold, and it was this stencil or fossil aspect.

The recipe is here, and I used parsley and sage.

Happy world pasta day!!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Sopa da pedra de Almeirim

Pelo menos em Portugal toda a gente já ouviu falar da sopa da pedra, vivendo eu em Almeirim, seria até estranho não publicar aqui a receita, que será também a minha primeira participação no colher de tacho.
Há quem diga que esta sopa está ligada a uma
lenda de um frade que andava a pedir de porta em porta, outros defendem que a sopa é da autoria da família proprietária de um dos restaurantes típicos de Almeirim, que ao Domingo são lugar de romaria, (e com razão, pois come-se e bebe-se muito bem). De uma maneira ou de outra a sopa da pedra será sempre associada aos lindos campos de Almeirim onde eu tenho o prazer de morar.




Usei:

½ Litro de feijão encarnado
200g de chispe de porco
½ Orelha de porco
100g de toucinho entremeado
½ Chouriço negro (típico)
½ Chouriço de carne
1 Farinheira
1 Cebola
1 Folha de louro
250g de batatas
½ Molho de coentros
1 Pedra

Fiz assim:

De véspera, colocar o feijão de molho, escaldar e raspar a orelha e salgar as carnes.
Colocar o feijão a cozer em bastante água com a cebola e a folha de louro, depois de ferver um pouco colocar os enchidos, (com a excepção da farinheira), e as carnes.
Descascar as batatas e cortar em cubos muito pequeninos, reservar.
Ir retirando da panela as carnes à medida que vão ficando cozidas, umas cozem primeiro que outras, deixar arrefecer e cortar em pedaços e os enchidos ás rodelas.
Quando o feijão estiver cozido, juntar as batatas e a farinheira, deixar cozer a batata, retirar a farinheira que se corta também.
Quase no final juntar os coentros picadinhos e as carnes, mexer, rectificar os temperos, deixar levantar fervura e servir com a pedra no fundo da sopeira.

Notas:

Costumo fazer esta sopa de Inverno numa púcara de barro no lume de lareira.
Se o feijão for do próprio ano, não necessita ser demolhado.
Também pode ser usado feijão manteiga, eu até prefiro por ser mais cremoso.
O chouriço negro é conhecido em algumas regiões por morcela ou chouriço de sangue.
Não indiquei quantidade de sal na receita pelo facto das carnes e os enchidos serem salgados, prove e rectifique a gosto.
Na minha foto não aparecem as carnes, porque gostamos de as servir à parte, por isso me esqueci de as incluir no prato para fotografar.
Esta receita não dispensa uma visita a Almeirim, nem umas boas fatias de pão caseiro e vinho tinto Ribatejano.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Amêijoas à Bulhão Pato

Para comemorar uma série de acontecimentos felizes, um deles as melhoras da Brida Francisca, apeteceu-me um petisco, um daqueles “finger food” regado com umas cervejolas e acompanhado de pão caseiro.
Não sou especialista a cozinhar marisco, optei por esta receita típica do Norte de Portugal, e gostei do resultado, para além de ser muito simples e sem muitos ingredientes.

Usei:

1.200Kg de amêijoas
1 Molho de centros
4 Dentes de alho
2 Limões (sumo)
Pimenta preta moída q.b.
1 Punhado de sal
Azeite q.b.

Fiz assim:

Colocam-se as amêijoas em água e sal durante umas horas, se forem frescas coloque 1c sopa de farinha de milho para largarem a areia, lave muito bem em várias águas.
Dê uma pancada nos alhos, descasque-os e pique os coentros.
Leve ao lume num tacho largo o azeite, coloque os alhos e deixe fritar sem queimar, coloque os coentros e quando começarem a estalar, deite as amêijoas.
Sacuda o tacho e tape, vá sacudindo de vez em quando até as amêijoas abrirem.
Depois de todas abertas, polvilhe com a pimenta acabada de moer e regue com o sumo de limão e polvilhe com coentros picados.

Nota:

Para colocar as amêijoas de molho pode usar água do mar.
Guarde-a num garrafão num lugar fresco e escuro.


Aproveite o caldo das amêijoas para preparar arroz.



Com o Outono "adiado" continua a apetecer petiscar!!!!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Batatinhas salteadas e Grão guisado



Porque ás vezes sabemos o que fazer para a refeição, mas revelamos pouca imaginação no acompanhamento, caindo na rotina pouco saudável das batatas fritas ou no “vai bem com todos” arroz de manteiga.
Estas duas sugestões de acompanhamento são fáceis de fazer e acredito que vão agradar a todos, complete com uma salada de legumes crus e até uns ovos mexidos se transformarão numa refeição completa.


Para as batatas

1 Embalagem de batatinhas cherrie descascadas
1c sopa de banha corada *
2c sopa de azeite
Sal
Pimenta
1 Folha de louro
1c chá paprica
Salsa picada
Cebolinho picado

Cozer as batatas com água temperada de sal e uma folha de louro.
Colocar no wok quente a banha e o azeite quando derreter juntar as batatas e salteá-las um pouco.
Temperar com pimenta e paprica e continuar a saltear.
Quando começarem a ficar douradas, juntar as ervas picadas finamente e envolver.



Para o grão

1/2l de grão demolhado
50g toucinho salgado
1 Chouriço de carne
2 Cravinhos da índia
Sal
Pimenta
Salsa picada


Cozer o grão apenas com água. Reservar ambos.
Colocar o toucinho fatiado finamente no wok, quando fizer torresmos, retirar e colocar o chouriço cortado ás rodelas, quando fritar retirar e reservar.
Coloque o grão no wok e deixe saltear um pouco, cubra com a água da cozedura, tempere de sal, pimenta, cravinho e salsa picada.
Deixar apurar, ir juntando mais água se necessário, antes de retirar para servir junte as rodelas de chouriço, deixe levantar fervura, retire do lume e sirva de imediato.

Notas:

* Banha corada é, banha temperada com massa de pimentão.
Eu uso só azeite e polvilho as batatas muito ligeiramente com pimentão-doce em pó.
Se usar grão em lata, em vez da água da cozedura, use caldo de legumes.O toucinho salgado pode ser substituído por bacon.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pão de alho supremo


Este é mais um petisco para completar uma refeição ligeira, uma entrada saborosa, ou simplesmente quando apetece um lanche diferente.
Este pão não têm qualquer segredo, pretende apenas ser uma sugestão.
È daquelas coisas que são sempre um sucesso, e que é impossível comer uma só.
Espero que gostem.

Usei:

1 Baguete grande
3 Dentes de alho
½ Pacote manteiga dos Açores
Queijo mozzarella q.b.
Orégãos q.b.

Fiz assim:

Cortei a baguete em fatias obliquas e da grossura de dois dedos, para que fique com mais área a cobrir pelo recheio.
Descasquei os alhos, e dei-lhe uma pancada com a lâmina da faca.
Numa frigideira levei ao lume brando a manteiga e depois de quente juntei os alhos, deixei fritar sem queimar. Retirei do lume.
Dispus as fatias de pão num tabuleiro de forno coberto com papel vegetal.
Com um pincel, pincelei com a manteiga de alho, por cima coloca-se o queijo ralado grosseiramente e polvilha-se com orégãos.
Vai ao forno até fundir o queijo.
Serve-se imediatamente.

Notas:

Esta receita funciona melhor com pão do dia anterior.
Pode ser recriada com outro tipo de coberturas.

A manteiga de alho também pode ser preparada a frio, batendo a manteiga à temperatura ambiente com o alho picado muito fino.

Na foto pequenina, os oregãos do meu jardim, foto tirada na Primavera.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Creme de coentros

Este creme suave e aromático não foi feito por mim, (ainda), foi-me dado a provar por um casal amoroso que planeia inclui-lo na ementa do banquete do seu casamento.
Especialmente para eles aqui fica a receita, para que a possam repetir e assim recordar com uma refeição romântica o dia do casamento.
Provei, gostei imenso e brevemente vou confecciona-lo pelas próprias mãos, por agora continuo sem inspiração para ensaios culinários pois a minha “bichinha” continua incapacitada e sem animo.


Ingredientes:

1 kg. Batata
2 dl. Azeite
2 Dente de Alho
2 Alho Francês
1 Cebola
1 Molho de Coentros
Q.B. Sal
Q.B. Água

Confecção:

Leve o tacho ao lume como o azeite, quando este estiver quente, adicione-lhe o alho, a cebola e o alho francês picados e deixe a refogar algum tempo.
Adicione as batatas um pouco de sal, água e os coentros picados, deixe cozer em lume brando.
Triture tudo, leve a ferver novamente e verifique os temperos;
Sirva bem quente.

Notas

Para uma melhor apresentação do respectivo Creme, este deve ser acompanhado com quadrados de pão alentejano, torrado.

Autoria do Chef António Nobre
Hotel Cartuxa de Évora - Alentejo

Fonte

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Pêras no vinho

Esta é a sobremesa favorita do meu pai, é deliciosa, requintada e no entanto muito fácil de fazer.
Foi feita há umas semanas atrás para levar a um almoço em casa de amigos para o qual fomos convidados.
O aroma do vinho com as especiarias é das coisas mais agradáveis de sentir, mas claro eu sou suspeita, pois como sabem, gosto muito de especiarias, a minha despensa parece um laboratório de alquimia.

Usei:

4 Pêras maduras mas firmes, ou
1 Lata de pêras em conserva
1 lt vinho tinto
1 pau de canela
1 vagem cardamomo
2 cravinhos da índia
1 Folha de louro
Açúcar q.b.

Fiz assim:

Descascam-se as pêras, cortam-se em quartos ou metades, e cozem-se numa calda de água e açúcar, sem as deixar desfazer.
Se usar pêras em conserva, salta-se este passo.
Leva-se a lume brando, o vinho, o açúcar e as especiarias, mexendo até desfazer o açúcar. Juntam-se as pêras e um pouco da calda da fruta, mantêm-se sempre em lume brando tentando evitar que o vinho ferva de maneira forte, ou seja deve apenas ir fumegando como se vê na foto em baixo.
Retira-se do lume, deixa-se arrefecer e coloca-se no frigorífico durante umas horas. Se puderem façam de um dia para o outro, para as pêras adquirirem uma bonita cor de vinho.


Notas:

È importante que o vinho seja de boa qualidade e que as pêras não se desfaçam.
Esta sobremesa resulta muito bem se confeccionada em tacho de barro.A quantidade de açúcar deve estar de acordo com o gosto pessoal, tendo em consideração que a calda da cozedura das pêras ou da conserva já é doce, eu costumo usar mais ou menos 75g.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Estrelas de canela

Já vos revelei a minha paixão por especiarias, e também já vos contei aqui, que não compro bolachas no supermercado, por isso tento variar na produção caseira.
Cá em casa há quem se estenda noite dentro a trabalhar, e a certas horas um biscoito caseiro é muito reconfortante.
Desta vez tinha também uma amiga que fez anos e decidi fazer umas estrelinhas para lhe oferecer.


Usei:

350g farinha de trigo
160g manteiga gelada
2 Ovos
225g açúcar amarelo
2c sopa de canela em pó

Para pincelar:

1 Gema
1c sopa de rum

Fiz assim:

Deita-se a farinha sobre uma superfície de trabalho, abre-se uma cova no meio e coloca-se aí a manteiga picada rapidamente para não amolecer, (técnica da massa quebrada), os ovos e o açúcar misturado com a canela. Mistura-se tudo rapidamente, envolvendo a farinha com os outros ingredientes usando as pontas dos dedos, sem amassar demasiado.
Tende-se uma bola, envolve-se em película aderente e deixa-se repousar no frigorífico durante 1 hora.
Prepara-se dois tabuleiros de forno forrados com papel vegetal, uma rede para arrefecer os biscoitos, e outros utensílios necessários.
Numa tigela, misture a gema de ovo com o rum, e reserve.
Pré aqueça o forno a 180º.
Sobre uma superfície lisa e polvilhada, estende-se a massa e corte as estrelas com um cortador de bolachas. Colocam-se as bolachas no tabuleiro e pincelam-se com a mistura de gema e rum, e leve ao forno durante mais ou menos 10 minutos. Verifique a cozedura.
Retira-se do tabuleiro com uma espátula e deixam-se arrefecer sobre a grelha antes de guardar em recipiente hermético.

Notas:

O rendimento depende da espessura da massa, eu estendi a massa fina, por isso rendeu 4 tabuleiros.
O tempo de repouso da massa no frio é importante, senão a massa torna-se demasiado mole para conseguir trabalhar. Aproveite esse período para desimpedir a bancada, para cuidar da loiça suja e preparar os utensílios necessários posteriormente.
As bolachas podem ser polvilhadas com sementes ou cristais de açúcar antes de ir ao forno.

Inspiração: Biblioteca Activa - "biscoitos e bolinhos"

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Frango com molho de iogurte


Quando o tempo é escasso, o ânimo para cozinhar teima em não dar um ar da sua graça, e a família está esfomeada, o que fazer?
Esta é uma pergunta que qualquer dona de casa faz pelo menos uma vez na vida.
Para as emergências convêm ter reservas “quase” prontas do tipo: salgadinhos congelados ou então uma lista de receitas testadas como esta que é tão fácil, tão rápida, que parece impossível que resulte, mas resulta, e muito bem!

Usei:

1 Frango
2 Iogurtes naturais
200ml natas
1 Embalagem sopa de cebola

Fiz assim:

Corte o frango em pedaços, se for muito grande faça uns golpes nas coxas e sobre coxas, e disponha no fundo de um tabuleiro que possa ir ao forno e à mesa.
Bata os iogurtes e as natas com um garfo e incorpore a sopa de cebola de maneira a formar um molho.
Regue o frango com este preparado, e leve ao forno pré aquecido até o frango estar cozinhado.

Notas:

A meio da cozedura pode haver a necessidade de voltar os pedaços do frango.
Se achar que começa a alourar demasiado cedo, cubra com uma folha de papel de alumínio.
Aproveite o facto de estar a usar o forno, e prepare para acompanhar uns legumes nos papelotes *.
* Receita
aqui.
Pode fazer papelotes com folha de alumínio, ou usar sacos para assados no forno.
Neste caso, acompanhei com arroz cozido no vapor, que também dispensa vigilância.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Sardinhas de tomatada no forno

No fim-de-semana passado muito cedo fui comprar sardinhas com a intenção de as grelhar para despedida do Verão, mas o Outono entrou de “mau humor” e choveu!
Sardinhas é um peixe com sabor a tradição, então pesquisei a minha biblioteca culinária, e no livro: “Receitas básicas de peixe” do instituto Vaqueiro encontrei esta receita e assim lancei mãos à obra.

Usei:

1Kg de sardinhas
500g tomate
1 Cebola
1 Copo vinho branco
Sal
Pimenta
Azeite
1c sopa de sementes de coentros
1 Malagueta seca
3c sopa de pão ralado

Fiz assim:

Limpei, tirei a tripa e cortei a cabeça das sardinhas.
Descasquei e cortei a cebola em pedaços.
Escaldei os tomates, tirei-lhes pele e sementes e cortei em pedaços.
Levei ao lume o azeite, depois de quente refoguei ligeiramente a cebola, juntei o tomate, deixei refogar e reguei com o vinho, temperei de sal e pimenta e deixei apurar.
Coloquei este molho no fundo de um tabuleiro de barro, por cima dispõem-se as sardinhas temperadas com um pouco de sal e pimenta.
No Almofariz, pisam-se as sementes de coentro e a malagueta e juntam-se ao pão ralado.
Com esta mistura polvilham-se as sardinhas, que se regam com um fio de azeite no final.
Vai ao forno pré aquecido, durante mais ou menos 30 minutos.

Notas:

Amanhe as sardinhas debaixo de água corrente para que saíam as escamas.
Pode substituir as sementes de coentro por sementes de funcho.
Acompanhe com batatinhas novas cozidas em água temperada de sal azeite e um folha de louro.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Cataplana de peixe

Gosto muito de cozinhar na cataplana, dispensa a ronda constante de volta do fogão, e os alimentos ficam muito saborosos cozinhados assim nos seus próprios sucos.
A cataplana é típica das regiões a sul de Portugal, e embora quase tudo possa ser confeccionado na cataplana, o mais tradicional é o peixe.


Usei:

750g de mistura de peixe para caldeirada
500g de batatas
2 Cebolas
1 Pimento verde
1 Pimento vermelho
4 Tomates maduros
1 Folha de louro
½ Copo de vinho branco
Sal
Pimenta
Piripiri
Azeite
Coentros ou salsa para decorar

Fiz assim:

No fundo da cataplana regada com um pouco de azeite, colocam-se as cebolas cortadas em rodelas, os pimentos cortados em tiras, as batatas também em rodelas grossas, as postas de peixe, o tomate sem pele e sem sementes cortado em pedaços e a folha de louro, rega-se com o vinho branco, e tempera-se de sal, pimenta preta moída na hora e o piripiri.
Deixa-se estufar em lume brando com a cataplana tapada, tendo o cuidado de vez em quando ir abanando a cataplana.
O tempo de cozedura é de mais ou menos 20 minutos, dependendo do peixe usado.
Retire a tampa da cataplana, polvilhe com as ervas picadas e sirva na própria cataplana,

Notas:

Prefiro usar peixes de carnes firmes, no entanto o peixe pode ser combinado a gosto, ou então usar só uma espécie.

Este prato ficará valorizado se dispuser como última camada um punhado generoso de amêijoas.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Bolachas de aveia

Ontem foi o dia mundial da música, por isso mostro-vos outro dos meus instrumentos.
Estas bolachas são da
Cinara, quando vou para os meus compromissos musicais costumo fazê-las para levar, os meus colegas estão sempre a pedir-me a receita, por isso aqui está tal como a faço, podem verificar a receita original e outras, porque o que a Cinara faz é tudo muito bom.


Usei:

1 Chávena de farinha com fermento
½ c chá de bicarbonato
1 c sopa de canela
1c café de sal
½ chávena de manteiga sem sal
½ chávena de açúcar amarelo areado
½ chávena de açúcar mascavado claro
1 ovo
1 c chá extracto de baunilha
1 + ½ chávena de flocos de aveia
200g chocolate amargo em barra

Fiz assim:

Na batedeira, bate-se a manteiga à temperatura ambiente, com os açúcares, quando estiver bem ligado, junta-se o ovo ligeiramente batido e a baunilha continuando a bater até ficar um creme fofo.
Enquanto isso, mistura-se numa tigela, a farinha, o bicarbonato, a canela e o sal.
Peneira-se esta mistura para dentro da tigela com a base de manteiga, e incorpora-se com uma espátula.
Junta-se a aveia e o chocolate picado grosseiramente, envolve-se bem.
Forra-se dois tabuleiros de forno com papel vegetal, e dispõem-se colheradas de massa ligeiramente afastadas. Vai ao forno previamente aquecido, até ficarem lourinhas, mais ou menos 20 minutos.
Retiram-se com espátula, e arrefecem um pouco sobre uma grelha antes de guardar.


Notas:

Rende 2 ou 3 tabuleiros, depende do tamanho das bolachinhas, comigo rendem sempre 3 tabuleiros mais ou menos 40 biscoitos.
A receita original leva passas em vez do chocolate, mas a minha filhota não gosta de passas, e por outro lado somos todos viciados em chocolate.
È importante que a manteiga seja batida à temperatura ambiente, para ficar cremosa, não deve ser aquecida senão deslaça.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Crepes vegetarianos com arroz frito

Sempre com a intenção de proporcionar refeições saudáveis e apelativas ao paladar e à vista, lancei mãos à obra na confecção destes crepes, utilizando a minha tão apreciada massa filo e os legumes disponíveis no frigorífico.
Esta receita é inspirada nos crepes chineses, mas preparados no forno.


Usei:

10 Folhas de massa filo
1 Cenoura
¼ Couve repolho
1 Mão cheia de rebentos de soja
1 Alho francês
1 Courgete
1 Talo de aipo
½ Pimento vermelho
1 Chalota
1 Mão cheia de cogumelos
1 Lima, raspa e sumo
1 c sopa fécula de batata
1 c sopa de sementes de sésamo
Molho de soja
Óleo de sésamo
Margarina vegetal

Fiz assim:

Preparei os legumes, cortando-os em Juliana.
Levei o wok a aquecer com um fio de óleo de sésamo e salteei os legumes, começando pelos mais rijos, a meio, juntei a raspa e o sumo da lima e as sementes.
À parte incorporei a fécula de batata num pouco de molho de soja e reguei os legumes, salteando mais um pouco. Retirei do lume e reservei.
Numa tigela, derrete-se um pouco de margarina e mistura-se um pouco de óleo de sésamo.
Pega-se numa folha de massa, coloca-se sobre um pano, pincela-se com a mistura de margarina e dobra-se no sentido do comprimento.
Numa ponta coloca-se um pouco do recheio de legumes e faz-se uma pequena dobra nas extremidades laterais, para evitar que o recheio saia, a seguir enrole a massa sobre o recheio como uma torta, coloca-se com a abertura para baixo num tabuleiro forrado com papel vegetal. Vai ao forno pré aquecido durante mais ou menos 15 minutos ou até ficar estaladiço, sem queimar.
Para o arroz:

Pode usar sobras de arroz, ou então preparar na hora.
Bata ligeiramente 2 ovos, deite no wok quente, e vá rodando até os ovos solidificarem, enrole como uma omeleta, coloque num prato e corte em tiras fininhas.
Leve ao lume no wok, uma mão cheia de tiras fininhas ou quadradinhos de bacon, deixe fritar até desaparecer a gordura, junte 1 lata pequena de ervilhas escorridas, e o arroz, saltei um pouco, depois é só juntar os ovos envolver e servir.

Notas:

Para saber se o wok está quente, coloque a mão perto da base (+- 5 cm) se sentir calor, o wok está na temperatura certa.

Os crepes podem ser fritos em óleo.

Desafio leitura


A querida Zezinha risonha e a Doce Laurinha, desafiaram-me para pegar num livro, sem escolher, abrir na página 161 e transcrever a frase completa da 5ª linha.
Aqui estou eu a responder ao desafio com um livro que está comigo desde a adolescência, de um autor português (ainda bem).

O livro: “ Os nós e os laços” de 1986

O autor: António Alçada Baptista

A frase: …” Você perdeu já a sua adolescência que é uma coisa que quase toda a gente transporta até à morte.”…

Os desafiados serão os cinco primeiros comentadores deste post.











Ilutro estas palavras com as minhas ultimas aquisições no campo dos livros de culinária, como foto principal, e algumas perspectivas da minha cozinha, onde os livros surgem de todos os cantos.

Beijos grandes, e boas leituras.