quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sericá

Doce tradicional português, originário da região de Elvas.
È também chamado de Sericaia, e é normalmente acompanhado por ameixas de Elvas em calda, uma delicia!
Antigamente era cozido nos fornos dos padeiros, os únicos que garantiam a temperatura elevada de que necessita para abrir fendas.
O meu forno, mesmo sendo novinho, não vai além dos 250º por isso as fendas no meu doce apenas ameaçaram aparecer, mas não deixou de estar uma perdição.

Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui



Usei:

5 dl de leite
65g de farinha de trigo sem fermento
6 ovos
250g de açúcar
1 tira de casca de limão
1 pau de canela
2 c chá de canela em pó
1 pitada de sal

Fiz assim:

Batem-se as gemas com o açúcar até se obter um creme fofo.
À parte dissolve-se a farinha no leite que foi previamente fervido com a casca de limão, o pau de canela partido em pedaços e o sal.
Adiciona-se o creme de gemas e mexe-se.
Leva-se a engrossar sobre lume brando. Retira-se do calor e deixa-se arrefecer.
Batem-se as claras em castelo e juntam-se cuidadosamente ao preparado anterior, que nesta altura deverá estar frio ou ligeiramente morno.
Tem-se um prato de barro, ou outro que possa ir ao forno, e deita-se aí o doce ás colheradas. Este aspecto é importante, não se limitem a apenas despejar o creme no prato.
Polvilha-se a superfície abundantemente com canela, e vai ao forno previamente aquecido ao máximo.
Retira-se quando começar a abrir fendas e a crescer à volta do prato.


Notas:

A receita original diz que quando o creme vai ao lume a engrossar deverá ver-se o fundo do tacho, eu no entanto acho que a textura do doce fica mais agradável se não se deixar engrossar tanto. De qualquer das formas aqui fica a nota para quem quiser respeitar.

Fonte: “Cozinha tradicional portuguesa” da editorial Verbo.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Entrecosto à portuguesa

Cozinhar no forno agrada-me bastante, não só pelo sabor e aparência dos cozinhados, mas também pelo tempo livre que nos deixa para fazer outras coisas, seja pôr a mesa, ou arrumar a confusão nas bancadas, ou até tomar um duche antes do jantar e assim chegar à mesa com aspecto radioso e boa disposição.
A receita deste molho é tão antiga quanto me lembro, faz parte da tradição do tempero português.


Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui


Usei:

750 g de entrecosto
1 cabeça de alhos
Sal a gosto
1 c sopa de massa de pimentão
2 c sopa de vinho branco
Azeite a gosto
1 c café de pimenta preta em grão

Fiz assim:

No almofariz coloquei os alhos descascados com o sal e a pimenta e pisei até fazer pasta.
Juntei a massa de pimentão e o vinho e incorporei.
Barrei a carne com o preparado e deixei a repousar durante algum tempo.
Pré aqueci o forno a 220º, coloquei a carne em assadeira e por cima deitei um fio de azeite.
Vai ao forno coberto com folha de alumínio até a carne ficar tenra, retira-se o papel de alumínio e deixa-se tostar.

Notas:

O tempo de repouso da carne não é exacto vai depender muitas vezes do tempo disponível para tal, pode temperar a carne de véspera, ou apenas com 30 minutos de antecedência, claro que a intensidade dos sabores não será o mesmo.
Experimente substituir o vinho branco por vinho do Porto.
Se não tiver massa de pimentão use colorau.
Atenção ao sal, pois a massa de pimentão é salgada.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Marmore de chocolate e laranja

Ao tempo que a “piolha” me andava a pedir bolo mármore, não me estava mesmo nada a apetecer um bolo seco mas também não estava naqueles dias de grandes inspirações, por isso lá veio à “baila” o tradicional chocolate e para acompanhar, o sabor refrescante da laranja.
O bolo não cresce muito, por isso se pretenderem um bolo maior dupliquem as quantidades da receita.

Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui


Usei:

175g de açúcar branco
175g de manteiga ou margarina
3 Ovos
175g de farinha
4 c sopa de chocolate em pó
1 c chá de fermento
2 c sopa de rum
Raspa e sumo de 1\2 laranja

Fiz assim:

Numa tigela, bate-se o açúcar com a manteiga até obter um creme.
A pouco e pouco vai-se juntando os ovos ligeiramente batidos, sempre sem parar de bater, embora mais suavemente.
Incorpora-se a farinha peneirada com o fermento e divide-se a massa em duas partes.
Aromatiza-se uma delas com o chocolate e o rum, e a outra com o sumo e raspa da laranja.
Prepara-se uma forma redonda sem buraco untando-a com margarina e polvilhando com farinha, vai-se deitando colheradas alternadas de ambas as misturas, no final faça movimentos circulares com um garfo para conferir ao bolo o aspecto marmorizado.
Leve ao forno previamente aquecido a 190º durante 45 minutos, antes de retirar faça o teste do palito.
Deixe arrefecer um pouco antes de desenformar.

Notas:

Comentário de aperciação da
"piolha":
Bem... a laranja sabe mesmo bem com o chocolate!
Pode decorar o bolo com um glacê feito com sumo de laranja e açúcar de pasteleiro, e por cima fios de chocolate derretido.
Pode substituir o rum por leite, ou a laranja por limão.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Tres cabeças amarelas

Como a minha querida Migas desvendou o mistério mas se esqueceu de dizer que a “Casa das caralhotas”onde almoçamos uma cada um e ficamos bem aconchegados, encerra ás segundas-feiras, aqui está a informação ali mesmo em cima da cabecinha amarela nº 3, a minha “piolha”, a cabeça amarela nº 2 é esta vossa amiga eu mesmo, e por exclusão de partes a numero 1 a blogueira do Migas com gindungo.
Suponho que devem de estar para aí a pensar: “mas que raio de coisa é aquela que elas dizem que comeram, e que têm aquele nome que-eu-me-recuso-a-pronunciar?”

Eu digo-vos:

Caralhotas são pães caseiros de formato individual, esses pães quando bem recheados de carne grelhada na brasa e molho de alho e manteiga, têm o mesmo nome.
Claro que isto só acontece e se diz por aqui por Almeirim.

Um dia tiro foto para vos mostrar.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Carne de porco à alentejana

Mais um prato típico português, que me lembrei especialmente por causa do meu amigo secreto que recebeu de presente um pote de massa de pimentão e não sabe o que fazer com ele. Por isso deixo aqui um apelo, passem pelo prato fundo e deixem as vossas sugestões ao Vítor Hugo. Tenho a certeza que ele agradece e vocês vão adorar a visita.

Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui

Usei:

600g de lombo de porco
½ Chouriço de carne ou umas fatias de paio
1 Kg de amêijoas com casca
6 Batatas grandes cortadas em cubos
Massa de pimentão para envolver a carne
4 Dentes de alho
2 Folhas de louro
Cominhos moídos
1 Copo de vinho branco
1 c sopa de banha de porco
1 fio de óleo
1 limão

Fiz assim:

Corta-se a carne em cubos, e numa tigela envolve-se na massa de pimentão.
Junta-se os alhos cortados e laminas, as folhas de louro partidas ao meio, polvilha-se com os cominhos e rega-se com o vinho.
Deixa-se assim a carne a marinar durante 8 a 12 horas.
Coloque as amêijoas de molho em água com um pouco de sal, retire as que estão abertas.
Frite as batatas em óleo quente, polvilhe com sal fino e reserve.
Leve ao lume uma frigideira larga e funda, (pode ser um wok) com a banha e o óleo.
Frite ligeiramente o chouriço cortado ás rodelas, junte a carne com a marinada e deixe alourar bem.
Junte as amêijoas escorridas e lavadas, reduza o lume e tape para as amêijoas abrirem.
Envolva depois as batatas fritas, e sirva com gomos de limão.

Notas:

Descarte sempre as amêijoas abertas quando cruas e fechadas depois de cozinhadas.Não se indica na receita o uso de sal, pelo motivo de a massa de pimentão e o enchido já serem temperados com este, aconselha-se assim a rectificar o tempero a gosto.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Bolo de laranja com sementes de papoila


Esta fantástica receita que diferente de tudo o que poderão imaginar, é da minha amiga Pipoka, uma das contribuidoras do apetitoso blog: Three fat ladies.
Já vos disse várias vezes que gosto muito de usar sementes nos meus ensaios culinários, por isso como resistir a esta maravilha.
No entanto tenho de referir uma falha, o bolo tem um defeito: não se auto regenera, por isso quando acaba temos de ir para a cozinha e fazer outro!

Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui

Usei:

4 c sopa de sementes de papoila
1 laranja
1 iogurte natural (125g)
185 g de manteiga amolecida
220g de açúcar branco
3 ovos
250g de farinha para bolos com fermento

Fiz assim:

Misturar as sementes de papoila com 3 c sopa do sumo da laranja e o iogurte.
Deixar esta mistura repousar durante 1 hora.
Bate-se a manteiga com a raspa da laranja até ficar uma mistura de aspecto parecido com maionese, clara e fofa.
Ir juntando o açúcar aos poucos batendo sempre. Adicionar depois os ovos um a um batendo entre cada adição.
Alterna-se depois entre a adição da farinha peneirada e a mistura de iogurte e sementes.
Levar ao forno pré aquecido a 180º, em forma untada, durante 35 minutos.
Após este tempo, desliguei o forno e deixei ficar o bolo durante mais 10 minutos.
Voltei a forma sobre uma grade até amornar e assim desenformar.
Esperei arrefecer antes de cortar, mas a tentação foi grande tal era o aroma.

Notas:

Nada a acrescentar a tão nobre receita, por isso aqui ficam as palavras da autora:
“ O segredo deste bolo é bater bem todos os ingredientes, de preferência sem usar máquina.
Mas vejam as coisas pelo lado positivo, quanto mais calorias gastarem a bater a massa, mais fatias podem comer!"
Receita original
aqui!



sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Broa de milho e centeio

De algum tempo para cá tenho vindo a realizar ensaios na tentativa de conseguir recrear a deliciosa e tradicional broa de milho.
A primeira experiência correu muito bem em termos de sabor mas não se aproximou do resultado pretendido, pois graças a uma desatenção usei farinha de milho pré cozida e a massa não levedou.
A receita que abaixo apresento é uma das versões tradicionais, ainda não é a broa amarelinha que procuro, mas é muito boa, cá em casa já ganhou adeptos o que quer dizer que vai ser feita mais vezes.

Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui



Usei:

3 Chávenas de farinha de milho integral
2 Chávenas de farinha de trigo para pão
1 Chávena de farinha de centeio
25 g de fermento fresco
sal & água q.b.
mais um pouco de farinha de trigo para juntar ao fermento
sêmola de milho para polvilhar

Fiz assim:

Dissolvi o fermento num pouco de água morna, juntei um pouco de farinha e misturei até ficar com consistência de massa mole.
Deixei a repousar até formar bolhas.
Coloquei água a aquecer com o sal, para este dissolver e deixei amornar.
Num alguidar deitei as farinhas, abri cova ao meio e deitei o fermento, fui misturando a farinha no fermento alternando com água temperada de sal até obter uma massa moldável.
Amassa-se muito bem e quando estiver macia, forma-se uma bola, traça-se uma cruz na massa e deixa-se repousar em lugar aquecido com o alguidar coberto até a cruz desaparecer.
Volta-se a amassar mais um pouco, tendem-se as broas do tamanho pretendido, achatam-se um pouco e com uma faca faz-se uns cortes, pincela-se o topo com água e polvilham-se com sêmola.
Colocam-se as broas em tabuleiro polvilhado e deixam-se repousar mais um pouco.
Pré aquece-se o forno ao máximo. Quando estiver quente borrifa-se com água e coloca-se o pão.
Passados 10 minutos, reduz-se a temperatura do forno para 180º, o pão está cozido quando ao bater na base provoca um som oco.

Notas:

Não é aconselhável fazer este pão na máquina, pois as farinhas resultam numa massa muito pesada.
O fermento fresco pode ser substituído por fermento seco, neste caso é adicionado à farinha sem necessidade de ser dissolvido.
Esta receita rende 2 broas.
Por curiosidade: A minha avó ao fazer a cruz no pão, (para saber quando é que a massa estava finta), dizia a seguinte oração:
“Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Deus te acrescente no forno e a graça de Deus cresça pelo mundo fora.”


quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Caldeirada de bacalhau


Bacalhau é sinónimo de Portugal, (isto parece um spot publicitário), é dos ingredientes mais versáteis na nossa cozinha. por isso livros inteiros são dedicados a receitas apenas de bacalhau.
Por motivos de gosto pessoal, os sabores que acompanham o bacalhau devem ser básicos, e foi por isso que me lembrei desta caldeirada.

Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui


Usei:

4 postas de bacalhau demolhado
2 cebolas
3 dentes de alho
1 pimento vermelho
1 lata de tomate pelado
1 folha de louro
1 copo de vinho branco
6 ou 8 batatas
Sal & pimenta
Azeite
½ ramo de salsa

Fiz assim:

Corte cada uma das postas de bacalhau em 2 ou 3 pedaços.
Descasque as batatas e corte em rodelas grossas, corte o pimento em tiras, a cebola em rodelas e o alho em fatias.
Num tacho de fundo largo, deite um pouco de azeite e em camadas disponha: as cebolas, os alhos, o pimento, o bacalhau, as batatas e o tomate. Tempere com a folha de louro, o sal (atenção ao sal do bacalhau) e a pimenta. Regue com o vinho e tape o tacho.
Deixe cozinhar lentamente em lume brando, abanando o tacho de vez em quando para não pegar ao fundo.
Antes de servir, polvilhe com a salsa picada, ou coentros se preferir.

Notas:

È preferível confeccionar este prato em tacho anti aderente.
Pode também usar a cataplana ou um wok largo com tampa.
Substitua as tiras de pimentão por uma colher de sopa de massa de pimentão desfeita no vinho.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Cuscuz com grão e legumes crocantes

Como resistir quando uma tentativa de reciclar sobras se torna num prato versátil, saudável e delicioso?
O cuscuz é assim, versátil, saudável, delicioso e melhor ainda: rápido!
Esta receita pretende ser mais do que uma receita a tomar nota, mas sim uma sugestão pois os ingredientes podem ser tão variados como a sua imaginação ou o conteúdo do frigorífico.
Atrevam-se, e não vão querer outra coisa!

Versão de impressão e arquivo desta receita aqui.


Usei:

1 Chávena de café de cuscuz
1 Courgete
1 Cenoura
1 Chalota


1/2 Pimento vermerlho
1 Punhado de grão cozido
Azeite
Cominhos
Pimenta
Sal
Sementes de ½ romã

Fiz assim:

Hidratei o cuscuz num pouco de caldo, usei caldo do cozido. Reserve.
Prepare os legumes a seu gosto, neste caso cortei em juliana fina retirando a parte das sementes à courgete para que não ficasse muito húmido.
No wok, coloque um fio de azeite e deixe alourar ligeiramente a chalota picada, coloque os legumes e vá salteando até alourarem. Junte o grão e os cuscuz, e deixe incorporar os sabores.
Tempere com os cominhos, a pimenta e o sal. Envolva bem e abafe um pouco antes de soltar os grãos de cuscuz com um garfo.
Passe para o prato de servir e junte as sementes de romã.

Notas:

Pode hidratar o cuscuz com qualquer caldo a seu gosto, usar a água de cozer o grão ou simplesmente água quente.
Se gostar, tempere o cuscuz com uma colher de sopa de tahine, (pasta de sementes de sésamo).



Confeccione este prato com bulgur, ou arroz selvagem pois fica igualmente saboroso.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Frango assado no sal

Esta é daquelas receitas que estava em lista de espera na minha cozinha há imenso tempo.
Porque é que fui adiando? Talvez um pouco de cepticismo, ou o facto de o frango ser um ingrediente tão versátil e logo haver 1001 maneiras de o confeccionar, ou de nem sempre ter na dispensa 1,5 kg de sal disponível…
O que importa é que a receita lá foi testada e melhor ainda, aprovada!
O frango fica muito suculento, e ao contrário do que possa parecer, não fica salgado.

Versão de impressão e arquivo desta receita aqui.


Usei:

1 Frango inteiro
1,5 kg de sal grosso
3 Dentes de alho
1 Limão
½ Chávena de margarina
Ervas frescas a gosto
1 Clara de ovo

Fiz assim:

Amassei a margarina com o alho e as ervas picadas.
Separei a pele do frango na zona do peito, e barrei por dentro com a margarina.
Coloquei o limão cortado em quartos dentro da cavidade do frango e atei as pernas.
No fundo de um recipiente fundo que vá ao forno coloquei parte do sal, em cima coloca-se o frango.
Mistura-se o resto do sal com a clara de ovo e cobre-se o frango de maneira uniforme pressionando bem.
Leva-se a forno quente até formar uma crosta dourada.
Retira-se, deixa-se repousar um pouco e parte-se a crosta de sal para servir.

Notas:

Se tiver dúvidas em relação ao tempo de cozedura, coloque no forno ao mesmo tempo do frango uma batata grande, quando esta estiver assada e de aspecto estaladiço, o frango estará assado.
As carnes assadas no forno devem repousar entre 20 a 30 minutos antes de serem servidas, para que estejam mais suculentas e saborosas.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Xadrez de baunilha e chocolate

O casamento entre a baunilha e o chocolate é o que se pode chamar uma união perfeita, não há ninguém que não se tenha deliciado com estes sabores juntos, por isso não é por aí que estas bolachas são inovadoras, mas sim pela sua forma de se apresentarem, e foi isso que me levou a fazê-las, espero que gostem!
Tentarei explicar o melhor possível, através das fotos, as voltas a dar à massa, mas qualquer duvida é só dizer que eu tento explicar melhor, ok?

Versão de impressão e arquivo desta receita aqui.



Usei:

175g de manteiga
100g de açúcar de pasteleiro
1 + ½ c chá de essência de baunilha
300g de farinha
50 a 75g de chocolate de culinária derretido
Clara de ovo ligeiramente batida para unir as massas

Fiz assim:

Bater a manteiga amolecida com o açúcar até obter uma consistência cremosa.
Adiciona-se a baunilha, e bate-se mais um pouco para incorporar.
Depois é só ir adicionando a farinha até obter uma massa moldável.
Divide-se a massa ao meio, e a uma das metades junta-se o chocolate necessário até ter a cor pretendida, aqui pode ser ou não necessário acrescentar mais um pouco de farinha.
Envolva separadamente as duas massas em película aderente, e leve ao frigorífico durante, pelo menos, 30 minutos.

A partir daqui, vêm a parte divertida!

Com a massa envolvida na película, espalme-a um pouco.
Use como molde uma forma rectangular, coloque dentro a massa, (sempre envolvida na película), e vá espalmando para adquirir a forma pretendida, volte ao contrário, e espalme até ficar um rectângulo perfeito. Retire a película e reserve a massa sobre a bancada de trabalho.


Faça o mesmo para a outra metade.
Bata ligeiramente a clara de ovo, e pincele a parte de cima de um dos rectângulos, coloque por cima o outro rectângulo, e pressione ligeiramente para unir.
Com uma faca afiada, ou um fio de pesca, corte a massa no sentido do comprimento e assim ficar com duas tiras.
Volte uma delas ao contrário, pincele o lado cortado com mais um pouco de clara de ovo, e volte a unir pressionando um pouco.
Agora é só cortar fatias da massa, ir colocando num tabuleiro não untado, (use uma folha de papel vegetal), e levar ao forno pré aquecido a 180º durante 10 ou 15 minutos.
Deixe arrefecer um pouco no tabuleiro, antes de passar para uma grade.
Guarde em recipiente hermético para manter as bolachas estaladiças.

Notas:

Use chocolate em pó em vez de chocolate em barra, para garantir a consistência da massa, o chocolate em barra contém óleo que, conforme a sua qualidade, pode ou não influenciar a mesma.
Em vêm de fazer o xadrez, pode estender as duas massas separadamente com o rolo, depois de sobrepostas, enrolar e cortar, ficando assim com um efeito em espiral.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Medalhinhas agridoces

Este prato é originalmente confeccionado com bifes da perna de porco, mas na minha opinião resulta melhor com lombinhos pois são mais tenros e suculentos.
O pessoal cá em casa não é muito adepto do sabor agridoce, mas estas medalhinhas foram saboreadas com prazer, é para repetir!
Combina com qualquer acompanhamento, no meu caso servi com legumes salteados.

Versão de impressão e arquivo desta receita aqui.


Usei:

600g de lombinhos de porco
1\2 copo de molho de soja
1 c sopa de gengibre em pó
1 c sopa de sherry
sal
pimenta
óleo de sésamo
1 alho francês fatiado (só parte branca)
1\2 casca de laranja fatiada muito fina
1 c sopa de açúcar mascavado

Fiz assim:

Corte os lombinhos em fatias não muito finas.
Tempere de sal e pimenta.
Faça uma marinada com o molho de soja, o gengibre e o sherry. Coloque dentro a carne, tape e leve ao frigorífico peno menos durante 30 minutos.
Deite no tacho um pouco óleo de sésamo ou girassol e aloure a carne, e deixe cozer durante 10 minutos.
Junte o alho francês e a casca de laranja, deixe apurar.
Misture o açúcar com um pouco da marinada e junte um pouquinho de água.
Deite este preparado sobre a carne, tape e deixe cozer em lume muito brando, se necessário vá deitando mais um pouco da marinada diluída num pouco de água, a fim de ficar com molho a gosto.
No final pode retirar a carne, e engrossar o molho com uma colher de sopa de farinha.
Sirva a carne coberta com o molho.

Notas:

Use um saco plástico, (pode ser daqueles de congelação com fecho hermético), para marinar os alimentos, assim estes ficarão totalmente cobertos pelos líquidos, e os odores não são transferidos para o interior do frigorífico.
Se pretender um sabor mais pronunciado, use casca de laranja cristalizada.



Chaleiras, bules, cafeteiras e outros "cacarecos"

Em conversa virtual com a Neide do Come-se, chegámos à conclusão que ambas temos algumas colecções em comum, os almofarizes e os bules.
Desafiámo-nos assim mutuamente para mostrar as nossas colecções.


A minha colecção de almofarizes já foi mostrada aqui, vejam a colecção da Neide.

Coincidência engraçada é que para além dos almofarizes partilhamos o gosto por bules e chaleiras, no blog da Neide já está exposta há algum tempo a sua fantástica colecção, eu mostro-vos hoje a minha, algumas não me tinha dado conta até começar a agrupar.




Atrás vêm as cafeteiras de café e os acessórios de chá.
O que não tenho ainda, mas fica aqui o registo de que o desejo mesmo, é um samovar.



Outra mania, são os utensílios de cozinhar a vapor
Os espremedores de citrinos…

Os raladores…

E sabe-se lá mais o quê!

Na próxima arrumação tenho a certeza que encontro mais algum cacareco!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Molhos para salada

Simples acompanhamento, requintada entrada ou refeição ligeira, as saladas deviam ser presença constante nas nossas mesas.
Caímos muitas vezes na rotineira salada de alface temperada com azeite e vinagre, quando na verdade quase tudo se pode transformar em salada, quente ou fria, salgada ou doce, de carne ou peixe, de frutas ou legumes, de massa ou arroz, sei lá… uma infinidade de combinações.
Para ajudar a “vestir de festa” simples ingredientes, seguem-se algumas sugestões de temperos.



Versão de impressão e arquivo desta receita aqui.


Molho base

50 ml de vinagre de vinho branco
1 gema de ovo
125 ml de azeite virgem extra
1 pitada de mostarda em pó
1 c café mostarda de Dijon
sal e pimenta q.b.

Colocam-se todos os ingredientes num frasco de tampa, agita-se energicamente e usa-se.
O que sobrar é guardado no frigorífico, volta-se a agitar antes de usar novamente.

Molho de anchovas

2 dl de azeite
½ dl de sumo de limão
4 filetes de anchova esmagados
½ c café de colorau
½ c café de pimenta
1 c café de açúcar

Procede-se como no molho base.
Usa-se em saladas cozidas.

Molho aromático

2 dl de azeite
1 dl de vinagre
2 gemas
2 dentes de alho
2 c sopa de ervas frescas picadas
1 pitada de alecrim seco
½ c chá de pimenta
mostarda, sal e açúcar q.b.

Esmagam-se os alhos e deixam-se a marinar no azeite durante 2 horas. Retiram-se.
Juntam-se os restantes ingredientes ao azeite e procede-se como no molho base.
Usa-se em saladas de tomate ou mistas.

Molho de azeitonas

2 dl de azeite
½ dl de sumo de limão
12 azeitonas verdes picadas
½ c café de colorau
½ c café de pimenta
1 c café de açúcar
sal q.b.

Procede-se como no molho base.
Usa-se em saladas cruas.

Molho de caril

2 dl de azeite
½ dl de sumo de limão
1 c café de pó de caril
½ c café de pimenta
1 c café de açúcar
sal
piripiri

Procede-se como no molho base.
Para saladas cozidas.

Molho de cebolinho

2 dl de azeite
1 dl de vinagre
2 c sopa de picles muito picadinhos
1 ovo cozido picado
1 molho de cebolinho picado
2 c chá de orégãos secos
1 c chá de açúcar
½ c café de pimenta
sal q.b.

Procede-se como no molho base.
Para saladas de peixe.

Molho se cebolinho e azeitonas

2,5 dl de azeite
1 dl (mal medido) de vinagre
1 c café de sal
1 c chá de açúcar
½ c chá de colorau
1 c sopa de molho de tomate
12 azeitonas picadas
2 c sopa de cebolinho picado
mostarda q. b.

Procede-se como no molho base.
Para saladas cruas ou cozidas.

Molho de chili

2,5 dl de molho base
2 c sopa de pasta de chili (ou pimentão)
1 c chá de açúcar

Procede-se como no molho base.
Para saladas de ervilhas, de carnes ou de mariscos.

Molho cor-de-rosa

2,5 dl de molho base
2 c sopa de polpa de tomate
2 c chá de cebola muito picada (ou só o sumo)
½ c café de pimenta da Jamaica

Procede-se como no molho base.
Para saladas de peixe ou marisco.

Molho de creme fofo

2 c sopa de molho base
1 dl de natas
2 c sopa de sumo de limão
2 c sopa de açúcar

Procede-se como no molho base.
Para saladas frias de peixe ou marisco e legumes cozidos.

Molho de ervas aromáticas

2 dl (mal medidos) de azeite
½ dl de vinagre
8 c sopa de ervas frescas (a gosto) picadas
¼ c chá de mostarda em pó

Procede-se como no molho base.
Para saladas mistas, com legumes crus ou cozidos.

Molho Lorenzo

1 dl de azeite
½ dl de vinagre
1 c chá de molho inglês
½ c chá de molho de chili
1 c sopa de agriões picados
mostarda
sal
pimenta

Procede-se como no molho base.
Para saladas cozidas.

Molho Melburne

½ pimento verde picado
1 cebola pequena picada
5 c sopa de azeite
6 c sopa de sumo de laranja
2 c sopa de vinagre
1 dente de alho esmagado
sumo de limão (a gosto)
sal
pimenta
açúcar

Depois da cebola e do pimento estar muito bem picado (podem passar-se pela picadora), procede-se como no molho base.
Para saladas cruas.

Molho de ovos

2,5 dl de molho base
1 molhinho de salsa picada
1 c sopa de azeitonas pretas picadas
1 c sopa de cebolinho picado
1 c sopa de picles picados
2 ovos cozidos picados

Procede-se como no molho base.
Para saladas de legumes crus.

Molho de paprika

2 dl de azeite
1 dl (mal medido) de sumo de limão
1 c chá de paprika (ou colorau)
1 c café de açúcar
1 c café de pimenta
sal

Procede-se como no molho base.
Para saladas cruas.

Molho de pepino

1 dl de molho base
3 pepinos maduros
4 c sopa de leite de coco
1 cebola pequena picada
sal
pimenta
sumo de limão

Descascam-se os pepinos gelados, partem-se em pedaços e batem-se no triturador com os restantes ingredientes também gelados. Emulsiona-se tudo e tempera-se.
Para saladas frias de peixe ou batatas.


Molho picante

2 dl de maionese
2 ovos cozidos picados
½ c chá de mostarda em pó
1 c sopa de salsa picada
2 c chá de pasta de anchovas
1 cebola pequena ralada
1 pimento verde assado e picado
4 azeitonas picadas
pimenta de caiena (a gosto)
molho inglês q.b.
sal

Incorpore na maionese os restantes ingredientes, sirva imediatamente.
Para saladas de peixe ou de marisco.

Molho de picles

6 c sopa de azeite
2 c sopa de picles picados
2 c sopa de vinagre
½ c café de mostarda em pó
sal
pimenta
açúcar

Procede-se como no molho base.
Para saladas mistas

Molho de pimentos

½ dl de azeite
2 c sopa de vinagre
2 c sopa de molho inglês
1 cebola
1 pimento verde assado e pelado
1 pimento vermelho de conserva
2 c chá de açúcar mascavado
4 c sopa de polpa de tomate
sal

Corta-se o pimento verde em pedacinhos e o vermelho em tiras. Pica-se a cebola e bate-se com o azeite, juntam-se todos os outros ingredientes e tempera-se.
Para saladas cozidas ou carne grelhada.

Molho de queijo

Molho base
Queijo Roquefort em migalhas

Emulsione tudo.
Para saladas cruas ou de batata.

Molho de tomate

2,5 dl de molho base
1 c sopa de polpa de tomate
orégãos
1 cebola pequena ralada
1 dente de alho esmagado

Procede-se como no molho base.
Para saladas quentes ou frias, de legumes ou peixe.

Molho verde

2 dl de azeite
½ dl de vinagre aromatizado com estragão
½ dl de creme fraiche
2 c sopa de ervas frescas picadas
1 c sopa de cebola picada
sumo de limão
1 c chá de pasta de anchovas
1 gema de ovo
1 dente de alho espremido

Procede-se como no molho base.
Para praticamente todas as saladas.

Molho vermelho com cravinho

2 dl de azeite
½ dl de molho de tomate
6 c sopa de vinagre
1 c sopa de cebola espremida
6 grãos de pimenta
1 cravinho esmagado
½ folha de louro

Procede-se como no molho base, passa-se por um passador e usa-se.
Para saladas mistas cruas.

Molho vermelho com mostarda

2,5 dl de azeite
1 c sopa de vinagre
1 c sopa de polpa de tomate
½ c café de mostarda em pó
½ c chá de pimenta de caiena
pimenta branca
alho em pó
sal
açúcar

Procede-se como no molho base.
Para saladas de peixe cozido.


Notas:

Improvise um shaker para molhos com um frasco de tampa de enroscar, e uma bola de rato de computador.
Na foto: Salada de feijão Azuki, rucula, tomate e romã.


Inspiração: "O livro de Pantagruel"

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Amigo secreto Natal 2007

Não poderia haver melhor maneira de inaugurar o ano novo.
A iniciativa de fazer a brincadeira do amigo secreto foi da
Laila do blog: Comidinhas do bem, e não poderia ter corrido melhor, foi uma “paródia” intercontinental onde o denominador comum era a língua e o gosto pela culinária.
Fomos 41 participantes, 40 mulheres e um homem, o
Vitor Hugo do Prato fundo, que recebeu o meu presente.

No meio de tanta gente e dispersa por esse mundo, a minha amiga secreta de codinome Framboesa, está bem mais perto, em Gaia no norte do país, estou a falar-vos da
Joana do blog: Chef Haruki, que onde para além de fantásticas receitas podemos desfrutar também de fotos maravilhosas.

A minha amiga conseguiu atingir-me no “nervo”, ela percebeu a minha paixão pelo chocolate, pelas especiarias, pela leitura, enfim… uma verdadeira amiga.
Obrigada Joana pelas tuas palavras, a tua carta efectivamente fez com que as lágrimas rebolassem pela minha face, de tão sensível e sincera, um beijo para ti e muitos mimos ao Haruki.

Vamos aos presentes:

Tudo embrulhado com muito carinho e bom gosto



Um pano bordado a ponto cruz, com o meu nome, o nome do blog e da minha amiga. Dentro do pacotinho, dois cortadores de bolachas com formas natalícias.



Um spray desmoldante para bolos, e agora pergunto-me, como é que a Joana adivinhou que eu DETESTO untar formas!!!




Edição especial da revista Gula, e biscoitos de chocolate café e nozes, DELICIOSOS e feitos pela Joana, vejam a receita aqui.


E bolinhas efervescentes para banho com aroma de chocolate, UAU!!!

E ainda: Pimenta da Jamaica em grão, pasta de tamarindo, rebuçados de gengibre, carne de caranguejo, vermicelli de soja e aperitivos Tailandeses.

Obrigada Joana!

Obrigada a todos os participantes do Amigo secreto, por terem feito deste Natal um Natal verdadeiramente Mágico.

E agora, e para que a minha AS não fique triste, (pois fazia parte da minha lista de desejos), mostro-vos o presente que o meu irmão me trouxe de Londres:


Pois é pessoal, a família inteira do Gingerbread men!!!