sexta-feira, 13 de junho de 2008

Arrepiados de Almoster

Conta-se que, em tempos, as monjas do Convento de Almoster se preparavam para bem receber uns fidalgos de nomeada.
Na cozinha, a azáfama era grande e descascavam-se as amêndoas necessárias à confecção de uns deliciosos docinhos. Foi então que uma das monjas lembrou: "Atenção, olhem que as clarissas (monjas do Mosteiro de Santa Clara) fazem uns bolos muito bons!"
(Acho que as monjas se referiam aos celestes, mais um bolinho típico da cidade de Santarém).Mas a resposta foi pronta: "Não te preocupes! Os nossos doces serão tão bons que os fidalgos ficarão ARREPIADOS!"E assim nasceram os bolinhos regionais de amêndoa de Almoster, os deliciosos Arrepiados.

Clique aqui para a versão de impressão e arquivo desta receita


Usei:

500g de miolo de amêndoa laminada fina e com pele
500g de açúcar
1 c chá de canela em pó
raspa de ½ limão
5 claras

Fiz assim:

Batem-se as claras em castelo firme, aos poucos vai-se misturando o açúcar e a canela até ficar um merengue duro.
È melhor fazer na batedeira pois demora um pouco e terá que ser batido sempre para o mesmo lado.
Incorpora-se depois a amêndoa e a raspa de limão.
Deite colheradas de massa num tabuleiro forrado em papel vegetal ou com tapete de silicone, e leve a forno brando (100ºC) durante 50 minutos, ou até secar.
Deixe arrefecer antes de retirar do tabuleiro.

Notas:

Tradicionalmente os tabuleiros são untados com azeite, mas acho que se as monjas tivessem um tapete de silicone ou até mesmo papel vegetal não hesitariam em fazer a mesma substituição que eu fiz.
Veja outro bolo típico de Santarém, os
pampilhos.

29 comentários:

  1. Bonito blog.
    En España se llaman "arrepiñados".

    ResponderEliminar
  2. Ora aí estão os docinhos típicos da minha terra :) Sabes que por aqui não se usa pôr canela? Mas gostei do toque e ficaram lindos. Uma vez tentei fazer mas não correram muito bem quando foram ao forno a cozer.
    Tenho imensas saudades de quando era criança e a minha avó fazia estes bolinhos no forno a lenha...

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  3. Obrigada por contar a história, pois eu pensava que o nome era devido ao aspecto "arrepiado" dos bolinhos.

    Adoro isso! :-)

    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  4. as receitas ficam sempre mais interessantes quando se sabe a história, na cozinha tradicional algarvia há uma outra versão destes biscoitos
    bjs

    ResponderEliminar
  5. Conheço os bolinhos deliciosos, embora nunca os tenha feito, mas gostei msmo foi de conhecer a sua história...
    Beijinhos e bom Sto. António.

    ResponderEliminar
  6. OS arrepiados são muito saborosos,já os comprei nessa linda terra e comi naturalmente,e são muito bons de se fazer.Bjto.

    ResponderEliminar
  7. acho que são parecidos aos arrepiados de amêndoa do Algarve.
    mas adorei saber da história dos arrepiados.
    e quem está arrepiada agora sou eu por não poder comer um bolinho desses.

    ResponderEliminar
  8. Menina eu quero um desses Arrepiados nunca comi, mas deve ser uma maravilha. Um bjo. Natércia...

    ResponderEliminar
  9. hummmmm que delíiicia!
    quero um arrepiado desses :)

    ResponderEliminar
  10. k história maravilhosa marizé...jinhos grandes amiga..manda para mim pelo correio pleassssseeee

    ResponderEliminar
  11. Marizé, um detalhe que realmente me fascina na culinária portuguesa são esses doces, feitos por religiosas. acho muito bacana. Agora, se as monjas usassem silpats quebraria toda a visão romantica que eu tenho delas! ;-))

    super beijo e enjoy your weekend!

    ResponderEliminar
  12. adoro receita com historia, me deu ate vontade de provar, vou anotar a receita ! beijinhos

    ResponderEliminar
  13. Seguramente as freiras adeririam à modernidade. Que interessante a origem do nome.

    ResponderEliminar
  14. Sempre que venho aqui conheço algo novo e extraordinário!!!

    Arrepiados de almoster é uma grande descoberta para mim!

    Bjundas

    ResponderEliminar
  15. Também cá fiquei eu arrepiado por provar um destes. Fácil, não! Ah, se não fossem os conventos o que seriam dos doces!!!!

    até
    Alessander
    www.cuecasnacozinha.com

    ResponderEliminar
  16. Aiii a minha mãe fazia estes arrepiados de Almoster quando eu era miúda...xiiiii, agora deu-me umas saudades!!! E estes estão com uma cor tão linda, não mandas aqui uns quantos???!!

    ResponderEliminar
  17. Ora aí esta um doce que já ouvi falar mas nunca tive o prazer de degustar!!!!!!!!!

    ResponderEliminar
  18. Marize, que bom voltar aqui aos tachos de onde sempre saem ensaios divinos, hehehe deu certo com esses docinhos das religiosas. Estava com saudades.
    Beijos e bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  19. Gosto imenso de conhecer as histórias por trás das receitas. Não conhecia estes bolinhos, mas fiquei bastante curiosa, estão com um aspecto óptimo.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  20. Valha-me... os doces regionais são a minha perdição. Só isso me dá vontade de me enfiar num convento eh eh ;
    Bom fim de semana...

    ResponderEliminar
  21. Estes arrepiados devem ser muito bons!!!!!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  22. Divinos! Adorei conhecer a história dos docinhos... Bj

    ResponderEliminar
  23. Adorei tudo...história, receita, fotografia....uma delícia. Bom demais aprender tanto contigo.
    Bjs.

    ResponderEliminar
  24. Que gracinha de historinha...adorei, e os doces parecem ser divinos.
    bjs

    ResponderEliminar
  25. Não conhecia esses docinhos, mas já fiquei fã dos arrepiados.
    Adorei saber a origem deles.
    Bjks

    ResponderEliminar
  26. Como sempre. Um maravilha. Parabens!
    Parabens e beijos

    ResponderEliminar
  27. Que arrepiados maravilhosos!
    Devem ter um sabor sem igual...
    Kisss^^

    ResponderEliminar
  28. Danada de gostosa essa receitahein ??

    ResponderEliminar

Regras:
- Os comentários de spam e publicidade serão imediatamente apagados.
- Os comentários anónimos são permitidos mas moderados.
- Os comentários não reflectem a opinião dos administradores do blog.
- As questões colocadas serão exclarecidas via e-mail se o mesmo for disponibilizado pelo comentador.
- A sua opinião é importante para nós.