Este prato clássico e delicioso, tem a fama de ser de confecção complicada e demorada.
Não é! Asseguro-vos. O truque é ter as coisas planeadas e preparadas com tempo.
De véspera, juntam-se os ingredientes da marinada, parte-se o galo, e pronto, não se pensa mais nisso até ao dia seguinte.
Depois, prepare o pão frito, cortando-o da forma que quiser e fritando-o em óleo, ou azeite ou manteiga clarificada, fica ao seu critério.
Depois é só dar dois passos simples e “voilá”!
È verdade!... Guarde o caldo que sobrar e eventualmente alguma carne e legumes, logo, logo mostro-vos o que fazer com as sobras…
Usei:
Marinada
1 Cebola picada
1 Cenoura em pedacinhos
5 Bagas de zimbro
10 Grãos de pimenta preta (ou mistura de branca e preta)
1 Cravinho
1 Dente de alho picado
1 l de vinho tinto
1 Cálice de conhaque
1 Cálice de vinagre de vinho tinto
1 Ramo de cheiros (bouquêt garni)
1 Galo do campo (+- 2 kg)
Manteiga clarificada ou óleo
1 c sopa de farinha
500 ml de caldo de galinha
Sal & pimenta
100g de bacon em cubinhos
100g de cebolinhas pérola
150g de cogumelos cortados em quatro
Pão frito para servir
Fiz assim:
De véspera, corte o galo em pedaços.
Misture todos os ingredientes da marinada, e deite sobre a carne. Cubra e reserve no frigorífico.
Retire o frango da marinada, seque-o com papel absorvente e reserve.
Coe a marinada, reservando o líquido, os legumes e o ramo de cheiros.
Aqueça um pouco de manteiga clarificada ou óleo num tacho largo e que possa ir ao fogão e ao forno, e salteie o frango em lume esperto, começando pelo lado da pele.
Adicione os legumes e as ervas da marinada e deixe cozinhar durante 5 minutos mexendo ocasionalmente.
Polvilhe com a farinha e mexa bem para envolver, adicione o líquido da marinada, o caldo quente, sal e pimenta.
Cubra o tacho com papel vegetal, e por cima coloque a tampa do tacho.
Leve ao forno pré aquecido a 180º durante 45 minutos, ou até a carne estar bem cozinhada.
Entretanto, frite o bacon na sua própria gordura até estar estaladiço, junte as cebolinhas e os cogumelos e salteie até dourarem.
Retire o tacho do forno, e se necessário retire algum excesso de gordura da superfície do molho.
Coloque o frango num recipiente refractário, junte o bacon, as cebolinhas e os cogumelos, e regue com parte do molho.
Mantenha no forno para que se mantenha quente até servir.
Sirva com fatias de pão frito e o restante molho à parte.
Notas:
Para ajudar a caramelizar pode juntar uma colher de chá de açúcar amarelo ás cebolinhas.
Use sacos de congelação de fecho hermético para marinar alimentos, para além destes ficarem no vácuo e em perfeito contacto com o liquido, não libertam odores no frigorífico.
Use a panela eléctrica de cozedura lenta em vez do forno.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Coq au vin
20 comentários:
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Nunca fiz! E se calhar por causa desse estigma do "ser complicado". Ainda bem que tenho amigas talentosas que desmistificam estas coisas e nos deixam com vontade de ir cozinhar os clássicos :) Ficou um prato com um delicioso aspecto de Outono!
ResponderEliminarBeijoca *
Mariana
Sabe que eu também nunca fiz esse prato mas sempre me encanto quando vejo a foto dele em livros de receitas, mas agora que vi o seu fiquei realmente tentada a fazer a receita pois pela foto me parece realmente muito saboroso!
ResponderEliminarwww.saboresdalica.blogspot.com
Marizé, querida, tudo o que vc faz é de uma perfeição... ficou lindo esse frango... sabe q morro de vontade de fazer este prato numa ocasião especial?
ResponderEliminarVc me encorajou muito, com a simplicidade que descreveu a receita.
Beijos querida.
Também sou daquelas que nunca fez este prato por achar que é de difícil preparo mas se tu dizes que é fácil de preparar é porque é mesmo. Hei-de fazer pois tanto a tua foto como a descrição me abriram o apetite e curiosidade.
ResponderEliminarbeijinhos
Marizé, realmente não é nada complicado de fazer, é uma questão de organização. Achei curiosa a referência ao forno ou à panela de cozedura lenta. Quando faço é sempre em tacho de barro o de fundo com alguma inércia térmica e fica na posição 1 da vitroceramica. É efectivamente um prato de grande efeito. Só uma pergunta: onde foi parar o sangue?
ResponderEliminarMarizá, que bom q vc desmistificou esse prato !!
ResponderEliminarbj
Pois, tiro no pé. Curiosamente, em todas as receitas portuguesas que vi, antes de servir, junta-se sempre um pouco de sangue misturado com vinagre e é assim que sempre fiz. Reconhecendo o rigor das propostas que apresentas fui passear por alguns sites franceses e confirmei que o sangue não é utilizado. Vi que a "receita" usada é muito parecida com uma que vi, inclusivamente no modo de preparação. Mais uma vez aprendi a não dar nada como certo (neste caso a aposição do sangue)...
ResponderEliminarTambém não acho complicado. Vale á pena gastar umas horinhas a mais para preparar um prato tão saboroso.
ResponderEliminarBjs!
Faz é tempo que não cono um coq au vin bem preparado!!!! hum...
ResponderEliminarbjo
Também nunca fiz... até porque um bom galo custa umas boas coroas :)
ResponderEliminarMas que deve ser bom... ai não há dúvida que sim!
Eu pertenço ao grupo das que também nunca preparou esta delícia :(. Nem tenho idéia da quantidade de vezes que já estive com a receita na mão e por um motivo ou outro acabei por colocá-la de lado. Até parece que sinto o cheirinho aqui... =)
ResponderEliminarBeijinhos!
Mas que aspecto delíciosoooo e pela descrição da receita, devia estar com um saborzinho maravilhoso!:)
ResponderEliminar...Mais uma receita para apontar!:)
Marizé ficou perfeito e com galo e tudo hehe beijinho
ResponderEliminarUau que delícia!!!Dá água na boca!!!
ResponderEliminarbjs
Incrível esse prato, tão chique e tão simples. E incrível também essa tua capacidade de deixar as coisas simples^^
ResponderEliminarKisss!
Marizé, só uma palavra: Bravo! (Claro que tem que ser com acento francês, ou seja 'brávô') ;-)
ResponderEliminarBj grande
Como sempre uma ótima dica...Da água na boca só de olhar...
ResponderEliminarbjssssssss
Taí um prato que nunca fiz.... as fotos demonstram que deve ter ficado delicioso.... anotei o passo-a-passo.
ResponderEliminarBeijinhos
Puxa, do jeito que você explicou realmente parece simples! Hum, quero fazer!
ResponderEliminarPois é, uma grande receita e sem as fantasias "cabidelas" que se vão usando tanto por cá e que desfiguram este prato ímpar.
ResponderEliminarE, já agora, além de tudo o que aqui deixou bem dito a Marizé, uma última dica: Nunca, mas mesmo nunca, tentem fazer fazer este "Coq" com "poullet", praga que também ocorre cada vez com mais frequência e que fica o guisadinho mais desenxabido que se pode imaginar. "Coq" é galo, velho, duro e com esporão!