quarta-feira, 29 de abril de 2009

4 por 6 - Bolinhos de peixe

È a minha primeira refeição de peixe neste desafio, infelizmente o peixe é bem mais caro que a maioria das carnes, mas não é impossível fazer refeições económicas incluindo o peixe, o congelado é uma boa opção e neste caso os filetes para além de económicos poupam-nos o tormento das espinhas.
Os bolinhos foram festejados cá em casa, principalmente pela piolha que pela sua guerra às carnes vermelhas abre sempre um sorriso ás refeições de peixe.


O menu para hoje é o seguinte:
Como entrada este delicioso
creme de ervilhas, para segundo prato os bolinhos que servi com uma colherada de maionese temperada de limão e funcho, e a acompanhar um sempre bem-vindo arroz de cenouras.
Com o que sobra do orçamento de 6 Euros sugiro umas fatias de meloa salpicadas de vinho do Porto.
Bom apetite!




Usei:

750g de filetes de pescada
500g de batatas
3 Fatias de pão duro
1 Ovo
Sal & pimenta
Azeite para pincelar

Fiz assim:

Coloque as fatias de pão no processador de alimentos e pique até obter migalhas.
Escalde os filetes em água fervente, tape e deixe em infusão.
Coza as batatas, escorra e esmague grosseiramente.
Escorra os filetes e esmague-os também, misture com as batatas e envolva.
Tempere de sal e pimenta, junte ½ chávena de migalhas de pão e o ovo batido.
Misture bem até obter uma massa moldável, corrija com mais um pouco de migalhas de pão se necessário.
Molde os bolinhos e passe-os pelo restante pão ralado.
Pincele uma chapa antiaderente com azeite e cozinhe os bolinhos durante 4 minutos de cada lado, (+ ou -) ou até estarem dourados.



Arroz de cenoura

Refogue a cebola picada num fundo de azeite, junte a cenoura em juliana, tape, baixe o lume e deixe estufar.
Junte o arroz e envolva bem para absorver os sabores.
Regue com caldo de legumes, rectifique o sal e deixe cozer.

Notas:

Aproveitar o pão seco para fazer pão ralado é uma óptima maneira de poupar.
Pode aproveitar e moer junto com pão os temperos de que mais gosta, ou então fazer vários tipos diferentes.
Combine especiarias, ervas ou malaguetas secas para obter sabores diversificados.
Guarde em frasco hermético, ou congele em sacos de congelação.



Quanto custou?






Adaptado de: Donna Hay magazine nº 44 Abr/Mai 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pá no forno com molho de legumes caramelizados

O molho de legumes caramelizados deste assado é uma maravilha e no entanto tão simples de confeccionar, aliás, as receitas do J.O. primam pela facilidade, e embora tenha 3 livros dele não costumo fazer muitas das suas receitas.
Desta vez decidi inspirar-me no jovem chefe e gostei bastante do resultado, a carne ficou muito tenra e a desfazer-se e o molho a acompanhar é realmente muito bom.
No dia seguinte as sobras foram transformadas num risotto que me confortou corpo e espírito.

Usei:

½ Pá de porco com osso
4 Hastes de alecrim
Sal grosso
4 Dentes de alho
1 c sopa de sementes de funcho
2 Cebolas
2 Talos de aipo
1 Cabeça de nabo
2 Cenouras
1 Bolbo de funcho
Azeite
Vinagre balsâmico

Fiz assim:

No almofariz pise as sementes de funcho com um pouco de sal grosso, junte as agulhas de duas hastes de alecrim picadas e misture bem.
Pincele a peça de carne com um pouco de azeite e esfregue toda à volta com a mistura de funcho e alecrim.
Descasque e corte grosseiramente os legumes. Coloque-os no fundo de um tabuleiro de alumínio, regue com azeite e vinagre balsâmico e tempere de sal, misture bem até todos os legumes estarem bem envolvidos.
Por cima do tabuleiro coloque uma grelha e em cima coloque a carne.
Leve ao forno a assar em temperatura moderada, se a carne começar a ficar demasiado dourada cubra com folha de alumínio, deixe ficar no forno o máximo tempo possível para a carne assar lentamente.
Retire do forno e mantenha a carne quente envolvendo-a com folha de alumínio.
Com um esmagador de batatas, esmague os legumes.
Coloque o tabuleiro com os legumes esmagados sobre o lume do fogão e junte um pouco de água. Deixe fervilhar, coe e sirva a acompanhar a carne.

Notas:

Pode usar outros legumes de acordo com o que no momento tiver disponível.
Pode também usar lombo em vez da peça na receita, no entanto o lombo tem tendência a ficar uma carne mais seca e não tão saborosa como a pá.

Adaptado de “Na cozinha com Jamie Oliver”

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Tronco gelado de chocolate

Como não podia deixar de ser, um dos livros da minha biblioteca culinária é o “Pettit Larousse du chocolat”, e um dia destes sem me conseguir decidir que receita de chocolate fazer, (pois por mim fazia todas) pedi ao pessoal cá de casa para folhear o livro e me ajudar. Este foi o eleito por ser gelado.
A receita é enorme mas isso não quer dizer que seja difícil, a meu ver o que poderá ser mais complicado é medir as quantidades de água em centilitros, mas tirando isso nada mais se complica e a preparação deste tronco está ao alcance de todos.
O gelado de creme e bolo é uma delícia.

Usei:

(biscoito)
100g de chocolate negro (70% cacau)
100g de manteiga amolecida
4 Ovos separados
40g de açúcar amarelo
50g de farinha

(xarope)
7 cl de água
75g de açúcar branco granulado fino
10g de cacau amargo em pó

(creme)
100g de chocolate meio amargo (54%)
30 cl de água
5 Gemas
4 cl de água
45g de açúcar branco granulado fino

(chantilly)
100g de chocolate negro
20 cl de natas
20g de açúcar em pó

Fiz assim:

(biscoito)
Prepare um tabuleiro forrando-o com papel vegetal e untando-o com manteiga.
Pré aqueça o forno a 180º.
Pique o chocolate e funda-o em banho-maria, retire e junte a manteiga e as gemas, mexa e reserve.
Bata as claras em castelo até estarem firmes e incorpore-as delicadamente no creme de chocolate. Junte a farinha e envolva.
Coloque a massa no tabuleiro, (deve ficar com 1 cm de altura), e leve ao forno durante 12 minutos.

(xarope)
Leve ao lume a água com o açúcar até entrar em ebulição. Junte o cacau e misture bem. Retire do lume e deixe arrefecer.

(creme)
Pique o chocolate e fundo-o em banho-maria. Reserve.
Bata as natas até ficarem firmes. Reserve.
Leve ao lume a água com o açúcar e deixe ferver 2 minutos.
Bata as gemas, e quando começarem a aclarar verta-lhes o xarope em fio batendo sempre até que fiquem fofas. Usando uma espátula incorpore no creme de gemas as natas e o chocolate fundido.

(chantilly)
Pique o chocolate e funda-o em banho-maria.
Bata as natas com o açúcar até ficarem fofas.
Envolva as duas misturas, deite num saco de pasteleiro de bico largo e reserve no frigorífico.

Montagem:
Forre uma forma de bolo inglês com película aderente.
Corte o biscoito de chocolate em duas tiras, uma delas a caber na forma e a outra a formar uma tampa e que será a base do tronco.
Pincele as duas partes do biscoito com o xarope.
Cubra o fundo da forma com metade do creme de chocolate, por cima coloque uma tira de biscoito, pincele com mais um pouco de xarope e cubra com o restante creme, coloque a outra tira de biscoito por cima e pincele com o restante xarope.
Guarde no congelador até gelar.
Retire um pouco antes de servir, desenforme para o prato de serviço e decore com o chantilly de chocolate. Para cortar passe uma faca por água quente.

Notas:

Não é fácil medir 7 e 4 centilitros de água, para o fazer usei uma pipeta graduada em mililitros, mas em conversa com amigas surgiu a ideia de aproveitar os copinhos de xarope para a tosse ou do elixir que têm graduação também em mililitros.
Fonte: “Petit larousse du chocolat” Le cordon bleu

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ervilhas à francesa

Não me canso de encontrar novas formas de incluir os legumes nas refeições do dia-a-dia, e nisso o Livro de M. Lurdes Modesto “Cozinhar com vegetais” é uma das minhas mais preciosas ferramentas.
Os legumes para nós cá em casa são cada vez mais o prato principal sem que isto queira dizer que não gostamos de carne e peixe, mas certo é que conseguimos ser sempre surpreendidos por um prato de legumes enquanto que com a carne e peixe já não há muito a acrescentar.
Estas ervilhas foram feitas para acompanhar um assado no forno, mas no dia seguinte e com o que sobrou serviu de almoço com uns ovos a acompanhar.
Usei:

500g de ervilhas
½ Chouriço de carne picado (ou bacon)
2 c sopa de manteiga
1 Cebola picada
1 Alface
1 c café de açúcar
Sal & pimenta

Fiz assim:

Aloure o chouriço numa c sopa de manteiga, junte a cebola e deixe amolecer.
Junte depois as ervilhas e deixe transpirar.
Forre o fundo de um tacho pesado com metade da alface, deite por cima as ervilhas e o chouriço e cubra com a restante alface.
Tempere de sal, pimenta e açúcar, tape o tacho e deixe cozer em lume muito brando durante 45m sacudindo o tacho de vez em quando.
Na altura de servir junte a restante manteiga e envolva.

Notas:

Para as ervilhas não secarem durante a cozedura, volte a tampa do tacho ao contrário e encha de gelo ou água gelada.

Ligeiramente adaptado de: “Cozinhar com vegetais” de Maria de Lurdes Modesto

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Risotto de beterraba

As plantas do meu jardim têm um temperamento forte. O ano que passou não consegui que nenhuma das plantas de coentros vingasse, este ano são tantas, tantas que parece praga.
Por outro lado e enquanto os
bolbos de funcho são gordos e grandes, as beterrabas são em miniatura, mas não deixam de ser uma delicia.
Asseia-as no forno e enquanto algumas foram para
esta deliciosa salada, outras embarcaram neste ensaio de risotto que me surpreendeu pela positiva.
Sabor e cor no prato, uma maravilha!
Usei:

2 Beterrabas assadas ou cozidas
Sal & pimenta
Azeite q.b.
1 Cebola pequena picada
1 Chávena de arroz de grão curto
1 Copo de vinho branco
Caldo de legumes q.b.
¼ Chávena de parmesão ralado
1 c sopa de manteiga

Fiz assim:

Reduza as beterrabas a puré e tempere de sal e pimenta.
Aqueça o caldo de legumes.
Deite o azeite no tacho e quando estiver quente refogue a cebola ligeiramente até estar macia e transparente.
Junte o arroz e envolva bem até começar a ficar translúcido, refresque com o vinho e mexa até evaporar. Junte depois o puré de beterraba e uma concha de caldo. O puré vai borbulhar e secar um pouco, a partir daí é só ir deitando conchas de caldo depois da anterior ter sido absorvida. Vá mexendo com colher de pau, e perto do final da cozedura do arroz deite o queijo e a manteiga.
Rectifique o sal e sirva de imediato com folhas de rucula.

Notas:

Pode usar outros legumes e assim obter outras cores e sabores, espinafres para a cor verde, abóbora para o amarelo ou cenoura para a cor laranja.
Costumo assar as beterrabas no forno envolvidas em folha de alumínio.

Adaptado de: “Cozinha para quem não tem tempo” de Mafalda Pinto Leite

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Bolo de algodão (aproveitamento de claras)

Não é muito vulgar eu acumular claras, mas de vez em quando lá acontece, depois vem a indecisão sobre como as usar. Este bolo foi uma surpresa tão boa que já o repeti mais duas vezes e numa dessas vezes usei as claras de propósito vindo depois o problema ao contrário: o que fazer com as gemas. Num dos bolos juntei pepitas de butterscoth que ficaram todas no fundo fazendo com que o bolo ficasse com uma base húmida e deliciosa.
Deixando o bolo cozer mais um pouco fica mais esponjoso dando-lhe uma consistência maravilhosa para trifles de fruta e creme.



Usei:

250g de farinha
200g de açúcar
70g de açúcar baunilha do (feito em casa) ou
270g de açúcar + 1 c chá extracto de baunilha
150g de manteiga amolecida
4 dl de leite
1 c café de cremor tártaro ou ½ c chá de sal
1 c sopa de fermento
5 Claras

Fiz assim:

Batas as claras em castelo firme com o cremor tártaro ou o sal. Reserve.
Peneire a farinha com o fermento. Reserve.
Bate-se a manteiga com os açúcares.
Misture alternadamente o leite e a farinha peneirada e continue a bater até fazer bolhas.
Por fim envolva delicadamente as claras batidas.
Deite a massa numa forma de anel bem untada e forrada com papel vegetal.
Coloque no forno pré aquecido a 180º durante mais um menos 45m.
Retire o anel com cuidado e deixe arrefecer antes de cortar.
O bolo fica húmido no centro e um pouco na base, se o deixar cozer mais tempo fica mais seco e esponjoso.

Notas:

Para ter açúcar baunilhado caseiro, coloque as vagens de baunilha depois de usadas, lavadas e secas, dentro de um frasco com açúcar.
Pode usar a mesma técnica para outros aromas como, canela, cardamomo, anis, alfazema. Para obter açúcar aromatizado com casca de citrinos, o método é diferente, pois a humidade da casca faz o açúcar aglomerar-se, falarei disso mais em pormenor numa publicação sobre o tema.

Receita adaptada do Livro de Pantagruel

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Asinhas de frango crocantes

Esta é uma alternativa mais saudável ao delicioso (pelo menos para mim), frango frito.
Gosto muito da textura estaladiça do exterior em contraste com o interior macio, é também uma óptima sugestão para almoços de lancheira ou lanches ao ar livre.
A marinada de leite talhado faz com que a carne fique tenra e absorva melhor o tempero da crosta, bem, vamos à receita que é o que interessa…



Usei:

400g de asinhas de frango separadas
5 Fatias de pão (pode ser duro), ou 1 chávena de pão ralado
1 Chávena de leite talhado (buttermilk)
1 c sopa de molho picante, ou pimenta de caiena a gosto
Sal & pimenta
¾ Chávena de parmesão ralado
1 c sopa de tomilho seco ou uma haste fresca

Fiz assim:

Comece por preparar o leite talhado colocando o leite num copo com um “esguicho” de sumo de limão. Deixe em repouso até engrossar.
Tempere as asinhas com o sal e com o molho picante, deite por cima o leite talhado, coloque no frigorífico pelo menos durante 1 hora.
Coloque na picadora o pão, o tomilho, o queijo e a pimenta. Moa até obter migalhas.
Retire o frango da marinada e passe pelo preparado de pão.
Disponha numa grelha sobre um tabuleiro, e leve a forno quente até estarem assadas e douradas.
Sirva com limão.


Notas:

Em vez de apenas temperar as migalhas de pão com o tomilho, use a sua erva preferida ou até uma mistura de várias.
Aproveite o pão duro para fazer o ser próprio pão ralado e guarde em sacos herméticos no congelador.
Adaptado de:
Everyday food.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Polenta frita em manteiga de sálvia

Hoje a polenta é considerada gourmet, mas para a minha avó e para a minha mãe eram apenas chamadas papas de milho, que podiam ser comidas salgadas e a acompanhar carne frita conservada na banha, ou podiam ser consumidas na sua versão doce com leite. Eram comida de pobre no Alentejo.
Não fui “criada” a papas de milho como a minha mãe, já fiz parte da geração privilegiada onde abundam as farinhas lácteas e os iogurtes, mas é para mim um privilégio maior ter esta memória do que ter sido das primeiras crianças a comer iogurtes “vigor” e farinhas “Cerelac”.



Usei:

500ml de água
125g de farinha de milho para polenta (semolina pré cozida)
Sal
1 c sopa de manteiga mais um pouco para fritar
¼ Chávena de parmesão ralado
4 a 6 folhas frescas de sálvia

Fiz assim:

Leve a água ao lume com o sal, quando levantar fervura junte a semolina de uma só vez.
Mexa continuamente até espessar, reduza o lume e junte a manteiga e o queijo.
Mexa mais um pouco e retire do lume.
Deite a polenta num tabuleiro e reserve até arrefecer.
Depois de fria, desenforme a polenta e corte-a em cubos ou outra forma a gosto.
Leve uma frigideira ao lume com a restante manteiga até esta ficar dourada, junte as folhas de sálvia e deixe-as crepitar um pouco, depois é só colocar os cubos de polenta e deixar dourar de ambos os lados.
Sirva quente como acompanhamento ou entrada.

Notas:

O tempo de cozedura da farinha depende do tipo de cada uma, deve por isso seguir as instruções da embalagem, a que usei demora cerca de 10 minutos, mas se não for pré cozida pode demorar até 45 minutos.
A polenta fica deliciosa se cortada em tiras e grelhada sobre as brasas.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Profiteloles

Sou uma pessoa impaciente, e é para mim muito difícil ter calma na maior parte das situações do dia-a-dia, de facto o pior que me podem dizer é: “tem calma…” o resultado é desastroso, ou seja, fico pior ainda. Mas quando estou a cozinhar ou a fazer doces transformo-me completamente, aí sou a pessoa mais paciente do mundo e tenho uma calma de santa. Gosto de esperar pelo que vale a pena e pelo que está sob o meu controlo.
Com isto não quero dizer que esta sobremesa seja complicada, não é, mas é um exercício de relaxamento para mim, e no final é um prazer pelo qual vale a pena esperar.




Usei:
(massa cozida)

175g de farinha
75g de manteiga
2,5dl de água
1 Tira de casca de limão
1 Pitada de sal
4 a 5 ovos

(recheio)

2dl de natas
1c sopa de açúcar em pó

(molho)

225g de açúcar amarelo
1oog de chocolate amargo (70% cacau)
2c sopa de cacau em pó não açucarado
300ml de água


Fiz assim:

Massa cozida (fartos):
Leve ao lume um tacho com a água, o sal e a casca de limão.
Assim que a água levantar fervura, retire o tacho do lume e junte a farinha peneirada de uma só vez. Bata a massa energicamente com uma colher de pau, de moldo a formar uma bola e desprender do fundo do tacho, se tal não acontecer coloque o tacho sobre lume brando a fim de secar um pouco a massa. Retire do lume e deixe arrefecer um pouco.
Bata 4 ovos, e reserve o 5º ovo.
Coloque a massa na batedeira de preferência com o gancho em K, ou então com o gancho de massa. (Pode também fazer esta operação de forma manual usando colher de pau).
Comece a bater a massa e vá juntando os ovos batidos pouco a pouco batendo sempre. A porção seguinte deve ser adicionada depois do ovo anterior ter sido absorvido.
Se no final a massa ficou demasiado seca, bata o ultimo ovo, e junte-o pouco a pouco.
Pré aqueça o forno a 200º.
Coloque a massa num saco de pasteleiro, ou com uma colher deite porções de massa num tabuleiro forrado com papel vegetal ou tapete de silicone.
Leve ao forno bem quente durante 10 minutos, reduza a temperatura para 170º e deixe a massa secar mais 5 minutos aproximadamente.
Retire do forno, e deixe arrefecer sobre uma grade.

Molho de chocolate:
Pique o chocolate e reserve.
Retire um pouco aos 300ml de água e dissolva o cacau. Reserve.
Leve ao lume a restante água com o açúcar, quando o açúcar dissolver, retire do lume e junte o chocolate, mexa até fundir. Junte o cacau dissolvido e volte a colocar em lume mexendo até levantar fervura, reduza o lume e deixe fervilhar até espessar um pouco.
Retire e deixe amornar.

Recheio de chantily:
Bata as natas (que devem estar bem frias) com o açúcar até ficarem fofas e volumosas.
Reserve no frigorífico até servir.

Montagem:
Usando uma tesoura, abra um golpe nos profiteloles, com um saco de pasteleiro recheie com as natas batidas. Coloque no prato de servir e regue com o molho morno.



(Coloque um pouco de molho no fundo do prato para fixar os profiteroles).


Notas:

A massa cozida é a típica massa de sonhos, depois de cozida no forno ou frita deve ficar enfolada, seca por fora e oca por dentro.
O molho de chocolate por não levar lacticínios pode ser guardado no frigorífico durante uma semana.
Em vez do recheio indicado pode usar gelado a gosto ou creme de pasteleiro.

Fonte: Receitas escolhidas de Maria de Lurdes Modesto (massa) e Le cordon bleu (molho).

quarta-feira, 8 de abril de 2009

4 por 6 - Frango assado com hortelã

A minha contribuição para o 4 por 6 desta semana é tão fácil e tão barata que quase merece o Óscar da poupança em euros e em tempo.
Não me aventurei muito no acompanhamento, é verdade, mas quem é que não gosta de batatinhas fritas super crocantes com um frango assado?! De qualquer forma, a margem de manobra que o custo final nos proporciona pode ser usada para outro acompanhamento a gosto, ainda pensei em aproveitar o forno para fazer uns legumes assados, mas depois decidi-me pelos legumes crus afinal a Primavera começa a dar o ar da sua graça, e frango assado com chips é comida a lembrar o Verão. Sirvam a salada não como acompanhamento mas sim como entrada, desta forma o contraste de sabores e texturas será mais evidente e no final vão ver que não consomem tantas batatas fritas.
Em relação à sobremesa continuo a sugerir fruta, experimentem umas bananas da madeira em rodelas e polvilhadas com canela.

Bom apetite!







Usei:

1 Frango (1.400Kg)
1 Limão grande
1 Molho de hortelã
Sal
Azeite

Fiz assim:

Pique a hortelã e junte o sumo de metade do limão. Pique na picadora ou esmague no almofariz até obter uma pasta, junte um pouco de sal e um fio de azeite e moa mais um pouco.

Prepare o frango retirando-lhe as pontas das asas e as gorduras supérfluas e barre por dentro e por fora com a pasta de hortelã.
Pique a outra metade do limão e coloque na cavidade abdominal do frango.
Ate as pernas para ajudar a manter a forma, e leve ao forno pré aquecido a 180º.
A meio pode ser necessário regar com mais um fio de azeite, ou com o liquido que se vai formando, nesta altura pode tapar com folha de alumínio para evitar queimar as pontas, retire um pouco antes de terminar a assadura para dourar a pele.

Retire do forno e deixe repousar uns minutos antes de trinchar, desta forma os sucos não se escapam mantendo a carne mais suculenta.

Acompanhe com batatas fritas e salada de alface, cenoura, tomate e maçã.

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Notas:

A hortelã embora considerada nas contas, veio do meu jardim.
A hortelã é das ervas a mais fácil de manter num vaso mesmo dentro de casa, até mergulhada num copo de água ela se mantêm, é então esta a minha dica de poupança, reserve uma floreira para salsa, coentros, cerefólio ou outra erva sazonal a seu gosto, e mantenha um vaso à parte para a hortelã e suas sub espécies pois é uma erva invasora.
Numa outra floreira mantenha tomilho, alecrim, sálvia e rosmaninho que são plantas perenes.
Desta forma e para além do prazer de manter um jardim aromático, terá condimentos sempre frescos e muito económicos.

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Quanto custou?

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pastéis de requeijão e espinafres

Já passaram por este blog várias receitas usando a dupla: espinafres & queijo. È de facto uma dupla que não me deixa indiferente e que por si só pode constituir uma refeição.
Estes pastéis aparecem no livro de onde tirei a receita como entrada, mas quando os fiz foi com a intenção de servirem de almoço ligeiro e não me arrependi, são deliciosos ao sair do forno acompanhados com umas fatias de pão caseiro e umas azeitonas pretas.



Usei:

1 Molho de espinafres
1 Requeijão
3 Gemas
60g de farinha
Sal & pimenta
Noz-moscada a gosto
3 c sopa de manteiga
60g de parmesão
1 Fio de azeite

Fiz assim:

Lave os espinafres e retire as folhas.
Coza-os em água a fervente durante 3 minutos, escorra, passe-os por água fria e volte a escorrer muito bem sobre um passador. Pique-os finamente com uma faca e reserve.
Desfaça o queijo com um garfo, misture as gemas e a farinha. Junte os espinafres e envolva muito bem até obter uma massa, tempere de sal, pimenta e noz-moscada.
Com as mãos enfarinhadas forme bolas do tamanho de almôndegas pequenas.
Num tacho, leve água com sal e um fio de azeite a ferver, coloque os pastéis e deixe cozinhar durante 6 a 8 minutos, (quando estão prontos sobem à superfície).
Retire com uma escumadeira, deixe escorrer e coloque num recipiente de forno untado com manteiga. Disponha por cima o parmesão ralado e leve ao forno a gratinar.

Notas:

Se usar espinafres ultra congelados não há necessidade de os cozer, pois a acção do gelo já os amaciou o suficiente.
Pode substituir o requeijão por ricotta, deverá para isso ajustar a quantidade de farinha dependendo da consistência do queijo.

Ligeiramente adaptado de : “Antipasti” da: Naumann & Göbel

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Tarte dourada de noz

A noz é o meu fruto seco preferido. Quando era criança havia no recreio da escola uma nogueira enorme que eu adorava trepar. Assim que os frutos começavam a aparecer eu nem esperava que amadurecessem e o resultado era ficar com a língua “encortiçada” pela aspereza dos frutos verdes.
Há tempo estive perto dessa nogueira e não é tão gigantesca como eu a recordava, afinal era eu que era pequenina…






Usei:
(massa)

115g de manteiga amolecida
15g de açúcar branco areado fino
1 Gema de ovo (reserve a clara)
160g de farinha
15g de farinha de milho

(recheio)

250g de miolo de noz picado grosseiro
75g de manteiga amolecida
2 c chá de farinha
75g de mel claro, mais um pouco para regar no final
75g de açúcar amarelo
3 Ovos
2 c chá de vinho do Porto

Fiz assim:

(massa)
Amasse a manteiga com o açúcar até obter uma pasta, junte a gema, as farinhas e uma pitada de sal. Trabalhe a massa com as pontas dos dedos só o suficiente para agregar os ingredientes. Molde uma bola e reserve no frigorífico durante 30 minutos.
Pré aqueça o forno a 180º.
(Se usar o processador de alimentos trabalhe os ingredientes na função intermitente).
Forre o fundo e os lados de uma tarteira, espalmando a massa ou usando um cilindro, se a massa abrir fendas feche-as pressionando com os dedos.
Pique a massa com um garfo, cubra com papel vegetal e coloque os pesos em cima.
Leve ao forno durante 20 minutos.
Retire os pesos e o papel e pincele o fundo da tarte com a clara de ovo desmanchada para impermeabilizar. Volte a colocar no forno até dourar.

(Recheio)
Misture a manteiga, o mel, a farinha e o açúcar até obter uma pasta. Junte os ovos batidos a pouco e pouco e envolva até ficar com uma massa líquida e de aspecto talhado. Por fim junte o miolo de noz e o vinho do Porto.
Distribua o recheio sobre a base e leve ao forno durante 20 minutos.
Retire, regue com um fio de mel e deixe arrefecer.

Notas:

Pode usar pecans mas o recheio ficará mais seco.
A massa pode ser feita em maior quantidade e congelada em doses individuais, para descongelar deixe no frigorífico de um dia para o outro.

Adaptado de: WAITROSE FOOD ILUSTRATED de Novembro de 2008

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sopa de funcho


O meu funcho está lindo e até as formigas são atraídas pelo aroma doce da rama exuberante e dos bolbos anafados.
Antes de retirar os bolbos da terra, (confesso que pensar nisso me dá pena) vou usando a rama em 1001 receitas e normalmente como tempero ou finalização, mas não podia deixar escapar a oportunidade de usar a rama de funcho como ingrediente principal, e esta maravilhosa receita açoriana da
Pipoka foi o mote.
Uma delícia exótica é como descrevo esta sopa.


Usei:

300g de feijão branco demolhado
2 Fatias de bacon
1 Cebola
2 Dentes de alho
1 Folha de louro
1 Pau de canela
1 Ramo de funcho
Sal

Fiz assim:

Coze-se o feijão com o bacon, a cebola, o alho, o louro e o pau de canela.
(para maior economia de tempo, pode usar a panela de pressão).
Depois de cozido, retira-se o bacon, o louro e o pau de canela e reduz-se a puré.
Lave o funcho e corte-o em juliana não muito fina.
Coloque o puré de feijão novamente ao lume e rectifique a consistência adicionando mais caldo se necessário. Assim que levantar fervura junte o funcho e rectifique de sal.
Deixe levantar fervura novamente espere 2 ou 3 minutos e retire do lume.

Notas:

Na versão do livro “Cozinha tradicional portuguesa” da Verbo, é indicado o uso de banha ou toucinho em vez do bacon.
Tenha em atenção o sal, pois o bacon já é salgado, e não o adicione ao feijão durante a sua cozedura pois dessa maneira o feijão não amolece tão facilmente.


Fonte: Three fat ladies