quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

4 por 6 - Salsichas enroladas com mel e mostarda + Puré de batata + Creme de legumes com juliana de couve





Foi impossível ficar indiferente a esta receita quando a vi num dos livros de Mafalda Pinto Leite.
O essencial da receita é o mesmo das
coxas de frango no forno com mel, bacon e soja, onde apenas as salsichas entram no lugar das coxas e a mostarda substitui o molho de soja.
Como eu gosto muito das coxas com mel, como o prato é tão simples de preparar, e é sabido que mostarda e mel se dão muito bem, deitei mãos à obra e vá de fazer contas para ver se a refeição encaixava no
4 por 6, e não é que resultou!?
Uma delicia rápida e económica!
Está então na mesa o menu de hoje.









Usei:

8oog de salsichas frescas
200g de bacon fatiado
25g de mostarda *
25g de mel *

* Ou mais, conforme o gosto pessoal

Fiz assim:

Pré aqueça o forno a 200º e forre um tabuleiro com papel vegetal.
Misture o mel com a mostarda até incorporar bem.
Enrole cada uma das salsichas numa fatia de bacon e coloque no tabuleiro.
Pincele com metade do preparado de mel e mostarda e coloque no forno durante 20 minutos.
Passado esse tempo, volte as salsichas e pincele com o restante molho e deixe no forno durante mais 10 minutos.









Puré de batata



Cozem-se as batatas em água temperada de sal. Escorrem-se e esmagam-se.
Volta ao lume e incorpora-se a manteiga e o leite, tempera-se com pimenta e noz-moscada a gosto.



Creme de legumes com juliana de couve



Corte a couve em juliana e reserve.
Coza os restantes legumes em água temperada de sal e com um fio de azeite até estarem macios.
Triture, os legumes e rectifique a consistência com mais ou menos caldo.
Retome a panela ao lume, junte a couve e deixe fervilhar até estar macia.




Vamos a contas:








Dica de poupança:

Há nas lojas de loiças e material de cozinha, umas bolas metálicas para cozinhar alimentos por imersão. (São normalmente usadas para cozinhar o arroz no cozido à portuguesa).
Ao preparar sopas como esta, pode com essa bola cozer a couve ao mesmo tempo dos outros legumes e assim poupar em tempo e energia.
Coza os legumes em mais água que o necessário, ficando assim com caldo de legumes pronto a usar em outras receitas.

Prato principal ligeiramente adaptado de: “Cozinha para quem quer poupar” de Mafalda Pinto Leite.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Entrecosto grelhado no forno

Gosto muito de entrecosto grelhado, mas grelhar entrecosto na brasa é uma chatice porque os pedaços são pequenos e requerem cuidados redobrados e eu chateia-me estar ali a queimar os dedos tempo sem fim, por isso quando descobri esta receita da Laranjinha fui logo a correr comprar uma bela aba de entrecosto, e sabem uma coisa? È melhor ainda que grelhado na brasa e não dá trabalho nenhum!



Usei:

1,5Kg de entrecosto com a aba
Azeite
Malagueta seca em flocos a gosto
Sal
Sumo de limão


Fiz assim:

Coloque uma folha de papel vegetal a forrar o tabuleiro de forno, e pré aqueça o forno a 200º (se possível com função grill).
Corte o entrecosto em tiras e coloque num recipiente.
Tempere com o sal e a malagueta. Regue com o sumo de limão e azeite e envolva bem usando os dedos.
Disponha o entrecosto no tabuleiro forrado e leve ao forno até estar dourado e estaladiço.
Mais ou menos 35 minutos.


Notas:

Pode tornar necessário voltar o entrecosto a meio da assadura.
Se a carne secar demasiado regue com um pouco mais de sumo de limão e não azeite, pois irá “fritar” a carne em vez de grelhar.

Receita original no
Cinco quartos de laranja.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Bolo de manteiga

Dias frios, chuvosos, escuros e de preguiça são convite a uma caneca de chá fumegante e uma fatia de bolo fofo, simples e ao mesmo tempo com muito requinte como este da famosa escola do “Le cordon bleu”.
A cobertura dá-lhe personalidade e afina-lhe a textura.
Mais palavras para quê?! Este bolo é perfeito!


Usei:

100g de manteiga sem sal à temperatura ambiente
100g de açúcar
3 Ovos
Raspa de 1 limão
100g de farinha
1 c chá de fermento
90g de amêndoas moídas

(cobertura)

150g de farinha
100g de manteiga fria em cubos
100g de açúcar

Fiz assim:

Pré aqueça o forno a 180º e forre uma forma de bolo inglês com papel vegetal. (O bolo desenforma facilmente mas o papel é para evitar voltar a forma devido à cobertura).
Bata a manteiga com o açúcar até obter um creme, à parte bata ligeiramente os ovos e vá adicionando gradualmente ao creme de manteiga enquanto continua a bater, de vez em quando raspe os lados da tigela para incorporar bem.
Junte depois a raspa de limão e envolva. Por fim adicione a amêndoa e a farinha peneirada com o fermento e mexa até ligar.
Verta a massa para a forma e alise o topo.

Para preparar a cobertura, peneire a farinha e junte a manteiga. Usando as pontas dos dedos, esfregue a manteiga na farinha até obter aspecto de migalhas, junte 75g açúcar e proceda igual até estar tudo incorporado.
Espalhe a cobertura sobre a superfície da massa e polvilhe com o restante açúcar.
Leve ao forno durante 35 minutos até a cobertura dourar, verifique a cozedura com um palito e se sair seco retire do forno e deixe arrefecer durante 5 minutos até retirar da forma.

Notas:

Para um resultado com mais requinte, misture à cobertura raspa de 1 limão, casca de limão cristalizada cortada em juliana muito fina ou miolo de amêndoa moida.
Fonte: "Le Cordon Bleu"

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Pasteis de massa tenra

Pastéis de massa tenra são o meu salgadinho preferido, como-os como se fossem guloseimas e de preferência já frios.
São uma óptima solução para sobras de carne cozinhada, ou para fazer em quantidade e manter no congelador para as emergências.
Estendi a massa com a máquina de massa fresca o que fez que ficassem deliciosamente finos e sem se encharcarem em óleo.
Sirva-os com arroz e salada para uma refeição completa.

Versão de impressão e arquivo

Usei:

Massa tenra

200g de carne para guisar
½ Chouriço
1 Cebola picada
4 c sopa de polpa de tomate
1 Folha de louro
Sal, pimenta e noz-moscada
Azeite q.b.

Óleo para fritar

Fiz assim:

Amoleça a cebola num fio de azeite quente e junte o chouriço em rodelas. Deixe refogar um pouco até o chouriço começar a largar a sua gordura.
Junte a carne em pedaços, a polpa te tomate e a folha de louro, envolva até selar a carne.
Junte um pingo de água e reduza o lume. Deixe fervilhar um pouco e tempere de sal, pimenta e noz-moscada.
Vá juntando pingos de água até a carne amaciar.
Retire do lume, retire a folha de louro e pique a carne, que deve ficar húmida.

Estenda a massa com um rolo, (para que a massa ficasse fina, usei a máquina de massa fresca), e com uma faca ou com um corta massa, corte quadrados.
Disponha um pouco de recheio num dos lados, dobre e sele as pontas passando com o dedo molhado em água entre as dobras e pressionando depois com um garfo.

Frite os pastéis em óleo quente deitando colheradas de óleo por cima para que fiquem “enfolados”.
Escorra sobre papel absorvente.

Notas:

Prepare os pastéis com sobras de carne cozinhada.
Pode congelar os pastéis antes de fritar, e ter assim refeições prontas para qualquer imprevisto. Frite sem descongelar.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Feijoada de choquinhos

Feijoada de chocos ou feijoada de búzios são pratos típicos da costa Vicentina de onde sou natural, (uma metade…), e onde muito feliz passei a minha infância.
Não são pratos que a minha avó confeccionasse, pois a não ser um polvo que habilmente caçasse com uma cana, a minha avó não tinha possibilidades de adquirir frutos do mar para a alimentação da família, por isso só provei feijoada de chocos já adolescente e em restaurantes improvisados à beira mar.
Uma delicia que aqui reproduzo com algumas alterações.
Usei:

1 Kg de choquinhos limpos sem tinta
400g de feijão encarnado cozido
½ Chouriço de carne
1 Cebola picada
1 Folha de louro
200g de tomate pelado picado
2 Cenouras em cubos
Piripiri a gosto
Salsa picada
Azeite
Sal & pimenta
½ Chávena de vinho branco
1 Chávena de miolo de camarão (opcional)

Fiz assim:

Amoleça a cebola no azeite quente. Deite o chouriço em rodelas e envolva até começar a deitar cor. Junte o tomate e deixe reduzir um pouco, junte depois os choquinhos, a cenoura e o louro e deixe refogar um pouco até os choquinhos ficarem opacos.
Regue com o vinho e tempere de sal, pimenta e piripiri. Reduza o lume e deixe fervilhar até os choquinhos amaciarem.
Adicione o feijão, a salsa e o camarão. Envolva e deixe tomar gosto.
Sirva bem quente, polvilhado de salsa e acompanhado de arroz branco.


Notas:

Se Precisar de adicionar algum liquido à cozedura, use um pouco de água da cozedura do feijão.
Pode confeccionar este prato com choco grande ou lulas, nesse caso corte-os em pedaços.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sem mãos!

Fui demasiado optimista e julguei que iria ser capaz, enganei-me redondamente!!!
Com um pé fora de circulação fico sem mãos para poder transportar seja o que for, e estar de pé mais de 3 minutos é tarefa impossível.
Estou oficialmente fora da cozinha....
Volto assim que conseguir, prometo!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

White russian panna cotta

Já vos tinha contado que houve uma altura em que eu gostava muito de preparar bebidas, acontece que uma das minhas preferidas eram o black e o white russian, (deixo nas notas finais a maneira de os preparar), logo, assim que descobri esta panna cotta abri um sorriso e fiquei muito curiosa sobre como resultaria esta versão do cocktail em forma de sobremesa.
Fiz, e gostei muito, não posso dizer que foi uma das minhas preferidas mas estas experiências são sempre muito divertidas e fiquei logo a pensar em outros cocktail com potencialidade de serem transformados em algo comentivel.



Usei:

(panna cotta)

1 c sopa de água
1 c chá de gelatina granulada neutra
¼ Chávena açúcar
1 + 1/2 Chávena de natas
1 c chá de extracto de baunilha

(geleia de café)

2 c sopa de vodka
6 c sopa de licor de café
½ c chá de gelatina neutra granulada

Fiz assim:

Comece por preparar a geleia de café.
Hidrate a gelatina numa c sopa de vodka, reserve durante uns minutos.
Leve um pequeno tacho com água ao lume, e quando a água estiver bem quente mergulhe o fundo do recipiente ande está a gelatina e mexa até dissolver bem.
Se preferir pode fazer esta operação levando a gelatina ao microondas durante uns segundos, mas nesse caso a maior parte do álcool vai evaporar.
Junte a restante vodka e o licor de café e mexa até estar bem incorporado.
Deite a geleia no fundo de compôs de shot e reserve no frigorífico durante umas horas.

Para a panna cotta:
Hidrate a gelatina na água e reserve.
Leve ao lume as natas com o açúcar e mexa até aquecer e o açúcar dissolver.
Leve a gelatina ao microondas durante uns segundos para fundir.
Adicione a gelatina e o extracto de baunilha, mexa bem e retome ao lume brando até querer fervilhar.
Retire do lume e deixe amornar.
Deite a panna cotta nos copos por cima da geleia de café e reserve no frigorifico durante pelo menos 2 horas antes de servir, melhor ainda, de um dia para o outro.


Notas:

Para fazer o cocktail “Black russian” Deite num copo tipo old fashion uma dose de licor de café e ½ de vodka e sirva com mito gelo.
Para o “White russian” junte um pouco de natas.

Adaptado de: Baking obsession

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

4 por 6 Pescada no papilotte e marmelos assados

Tenho tentado muito a sério incluir o peixe nas sugestões do 4 por 6, é mais difícil mas não é impossível. Esta sugestão apesar de simples é muito boa e foi muito apreciada por aqui.
Senti-me na obrigação de colocar o papel vegetal nas contas, pois não pode ser reutilizado e assim sendo decidi incluir o seu valor no custo da refeição.
Pode tentar fazer a receita num recipiente com tampa e assim evitar o uso do papel.
Para enriquecer o prato pode também incluir umas cenouras no papelote.
Para a sobremesa, um fruto da época que colhi da beira da estrada e que me traz muitas boas recordações de infância.
Está então servido o 4 por 6 desta semana. Bom apetite!




Usei:

750g de pescada para cozer (8 postas nº3)
400g de batata
Salsa q.b.
2 Folhas de louro
4 c sopa de polpa de tomate
½ dl de vinho branco
Sal & pimenta
Azeite q.b.

Fiz assim:

Corte 4 quadrados de papel vegetal.
Em cada um dos quadrados coloque 2 postas de peixe, distribua as batatas cortadas em rodelas e meia folha de louro em cada papelote.
Tempere de sal e pimenta e coloque 1 c sopa de polpa de tomate em cada um deles, polvilhe com salsa picada e regue com um pouco de vinho branco e azeite.
Feche o papelote atando as pontas com um fio e coloque no forno quente (180º) durante mais ou menos 35minutos.
Abra com muito cuidado por causa do vapor e sirva no papelote para aproveitar o molho.


Marmelos assados



Corte os marmelos em quartos, retire o caroço e coloque em palelotes com o pau de canela.
Polvilhe com um pouco de açúcar e canela, feche bem e leve ao forno ao mesmo tempo que assa o peixe.


Vamos a contas...


Dica de poupança:

Compre batatas na época e em produtores locais.
Reserve um canto da despensa ou outro local abrigado, espalhe-as sobre jornais.
Faça o mesmo com cebolas e alhos, que também podem ficar penduradas se estiverem entrançadas.

Receita principal adaptada de “ Blue Cooking” Outubro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bolachinhas de parmesão

Assim que li a receita no Ardeu a padaria soube imediatamente que tinha de fazer estas bolachas, são deliciosas para acompanhar uma sopa, um petisco ou simplesmente comer sem motivo.
Tal como o JP usei a máquina de massa fresca e as bolachinhas ficaram deliciosamente estaladiças.
Sem duvida, uma receita a repetir vezes sem conta.


Usei:

250g de farinha
1 c chá de sal
100g de manteiga sem sal
100 ml de natas
60g de parmesão ralado fino
2 c chá de orégãos

Fiz assim:

Misture a farinha com o parmesão, os órgãos e o sal.
Junte a manteiga cortada em cubos e trabalhe com as pontas dos dedos até ter uma consistência areada, junte depois as natas e amasse até ter uma consistência macia, forme umas bola, envolva em película e reserve no frigorífico durante 30 minutos.
Pré aqueça o forno a 180º e prepare 2 tabuleiros forrando-os com papel vegetal ou tapete de silicone.
Estenda a massa o mais fino possível usando um rolo enfarinhado, corte as bolachas com um cortador ou um copo de bordos finos e leve ao forno até dourar.

Notas:

Opcionalmente pode polvilhar as bolachas com sementes antes de as levar ao forno.
Guarde em recipiente hermético para manter as bolachas estaladiças.
Receita original de Mark Bittman retirada do blog
Ardeu a padaria.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Bolo ce chocolate, café e cardamomo

Este bolo é uma bomba calórica, mas é também uma perdição. Por este motivo foi mantido em espera para depois servir de base ás 15 velinhas da “piolha”.
São 2 aromas fantásticos que ligam com o chocolate como se assim estivesse desde sempre destinado, não aconselhável a chocodependentes em recuperação este bolo foi, durante as 2 fatias que me calharam, o céu!






Usei:

12 Vagens de cardamomo abertas
180 ml de café forte
200g de chocolate amargo
200g de manteiga sem sal
3 Ovos
80 ml de leite talhado
400g de açúcar amarelo
170g de farinha
1 c chá de bicarbonato
30g de cacau amargo em pó

(cobertura)

400g de chocolate amargo
100g de manteiga sem sal
1 c chá de golden syrup

Fiz assim:

Prepare uma forma de anel com 22 cm de diâmetro, forrando-a com papel vegetal e untando bem.
Pré aqueça o forno a 160º
Coloque o café e as vagens de cardamomo num pequeno tacho e leve a lume brando até reduzir um pouco, mais ou menos 10 minutos.
Derreta o chocolate com a manteiga em banho-maria. Assim que fundir, mexa e junte o café passado por um passador, volte a mexer para homogeneizar.
Bata os ovos com o leite talhado e o açúcar só até misturar. Junte o creme de chocolate e misture.
Incorpore a farinha peneirada com o cacau e o bicarbonato.
Coloque na forma e leve ao forno durante 45 a 50 minutos.
Retire do forno e deixe arrefecer dentro da forma e sobre uma grade antes de desenformar.
Funda todos os ingredientes da cobertura em banho Maria e deixe arrefecer até ter consistência para barrar, ou então, volte a colocar o anel em volta do bolo mas com a mola aberta, e deite a cobertura de maneira a escorrer um pouco pelos lados do bolo.
Deixe solidificar e retire o anel depois de passar com a lâmina de uma faca aquecida.



Notas:

Para o leite talhado: coloque um pouco de sumo de limão num copo e complete com leite.
Se pretender rechear este bolo terá de o deixar cozer durante 1:30H.

Adaptado de: "Olive" Outubro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Almondegas de atum

Gosto demais de fritos, sejam eles doces ou salgados, no entanto tal como tanta gente que conheço, fujo deles como “o diabo da cruz” mas de vez em quando perdoo-me a mim mesma e lá vai um frito para matar saudades.
Estas almôndegas que no original são de bacalhau, são óptimas e inclusivamente podem ser feitas de véspera e guardadas no frigorífico até confeccionar.
Servi com esparguete e um
molho de tomate bem simples.


Usei:

1 Lata de 385g de atum
1 Fatia de pão
Leite q.b. para amolecer o pão
1 Dente de alho picado
1 Ramo de salsa picado
1 Ovo batido
2 c sopa de polpa de tomate
Sal & pimenta
Farinha q.b.

(para panar)

Farinha
Ovo batido
Pão ralado

Fiz assim:

Escorra o atum e esmague com um garfo.
Amoleça o pão no leite e desfaça-o.
Numa tigela junte o atum, o pão, e os restantes ingredientes, vá adicionando farinha até ligar a massa.
Com as mãos enfarinhadas molde bolas não muito grandes, passe cada uma delas por farinha, depois ovo batido e por fim pelo pão ralado.
Deixe repousar um pouco no frigorífico e depois frite em óleo quente até dourar.
Escorra sobre papel absorvente.


Notas:

Em vez de almôndegas, forme “pequenos discos” e leve ao forno colocando por cima pequenas nozes de manteiga ou regando com um fio de azeite.

Adaptado do livro: “As minhas receitas de bacalhau” de Herman José

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Creme de abóbora, mostarda e tomilho

Este creme foi um sucesso enorme, eram horas do lanche e estávamos com uma tigela fumegante das mãos de tão bem que nos soube.
A mostarda e o tomilho fazem de um simples creme algo sublime e surpreendente, foi sem duvida a melhor sopa dos últimos tempos, e que saudades que eu tinha de sopa…


Usei:

300g de abóbora descascada e em cubos
150g de batata descascada e em cubos
1 Cebola picada
700ml de água
2 c chá de sementes de mostarda amarela
1 Haste de tomilho (folhas)
Sal
Azeite q.b.

Fiz assim:

Aqueça um fio de azeite e refogue ligeiramente a cebola com o tomilho e a mostarda.
Junte a abóbora e a batata e deixe amolecer um pouco durante mais ou menos 5 minutos, vá juntando pingos de água de vez em quando.
Adicione a restante água e deixe fervilhar lentamente até estar os legumes estarem bem macios.
Triture e rectifique a consistência a seu gosto juntando para isso mais líquido.
Sirva bem quente polvilhado com tomilho e com uma colher de café de mostarda.

Notas:

Sirva este creme com iogurte batido com uma colher de mostarda.
Adaptado
daqui.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Rolinhos de pecan, maçã e caramelo

Manhãs frias e preguiçosas pedem pantufas, sofá e bolinhos quentes… Eu gosto tanto de dias assim, dias que parecem passar a correr quando afinal vi dois filmes, fiz uma fornada de bolos, e ainda dei um avanço no actual livro de mesa-de-cabeceira.
Quando me lembrei de fazer estes rolinhos não me conseguia decidir sobre o recheio, ora era maçã canela ou pecans caramelo, por isso saiu esta misturada e ainda bem…



Usei:

(massa)

½ Chávena de leite morno
2 c chá de fermento de padeiro seco
2 c sopa de açúcar amarelo
1 Ovo batido
2 + ½ Chávena de farinha
1 Pitada de sal

(recheio)

2 Maçãs
Açúcar & canela a gosto
1 Chávena de pecans picadas (reserve algumas para a cobertura)

(fundo)

½ Chávena de manteiga
½ Chávena de açúcar

Fiz assim:

Misture os ingredientes secos e abra uma cova ao meio.
Deite a manteiga derretida, o leite e o ovo e amasse bem até ter uma massa macia e elástica. (Pode usar a batedeira com o gancho para massas pesadas).
Faça uma bola e deite numa tigela untada, cubra e deixe a levedar em lugar abrigado durante 40 minutos, ou até dobrar o volume.
Descasque e corte as maçãs em cubos pequenos, polvilhe de açúcar e canela e deixe a repousar.
Derreta a manteiga com o açúcar numa frigideira até alourar e ficar com aspecto de areia. Deixe arrefecer um pouco e depois desfaça até obter torrões pequenos, deite a maior parte desses torrões numa forma e reserve.
Deite a massa na bancada e espalme-a, volte a formar uma bola e depois estenda com o rolo até obter um rectângulo.
Espalhe o recheio de maçã e a maior parte das pecans, enrole como se fosse uma torta mas não muito apertado, e corte fatias com mais ou menos 2 cm.
Disponha as fatias na forma, pincele com um pouco de gema batida com leite, e polvilhe com as restantes pecans e os torrões reservados do fundo.
Tape e deixe repousar durante mais 30 minutos.
Pré aqueça o forno a 180º e coloque os rolinhos a assar durante mais ou menos 30 minutos ou até dourarem.
Retire do forno e sirva morno.

Notas:

Versão maquina do pão: Coloque na cuba da máquina primeiro os líquidos e depois os secos, programe a máquina no programa massa e a partir daí continue com a preparação a partir do estender e rechear.

Adaptado de: “Cozinha para quem quer poupar”

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Rolo de bacalhau

Não se passavam muitas semanas sem que a minha mãe me pedisse: “Oh filha, não queres fazer rolo de bacalhau para o jantar?!” A principio eu ficava toda orgulhosa, expulsava a minha mãe da cozinha, arregaçava as mangas e demorava uma tarde inteira a fazer o rolo de bacalhau. Depois lá para os meus 20 anos comecei a fartar-me e desde aí nunca mais fiz… até agora.
Não tenham medo, esta receita não demora uma tarde inteira e não enjoa, é de facto rápida se as coisas estiverem organizadas, e muito boa.

Versão de impressão e arquivo

Usei:

2 Postas de bacalhau
½ kg de batatas
2 c sopa de manteiga
3 Cebolas
1 Dente de alho
Azeite q.b.
Sal & pimenta
Molho bechamel a gosto

Fiz assim:

Coza as batatas e o bacalhau. Retire a pele e as espinhas ao bacalhau e desfie.
Esmague as batatas, junte a manteiga e tempere de sal e pimenta.
Refogue as cebolas picadas e o alho num fundo de azeite, junte o bacalhau e envolva muito bem a tomar gosto, junte depois a batata e misture bem até ficar com uma bola de massa.
Deite a massa de bacalhau numa forma e desenforme para dentro de um prato de forno, ou se preferir, dê-lhe a forma de rolo.
Cubra com o molho bechamel, e leve ao forno quente a gratinar.
Sirva com legumes.


Notas:

Pode fazer esta receita com sobras de bacalhau cozido.
Opcionalmente, decore com ovos cozidos, azeitonas, ou salsa picada.
Fonte: “O mestre cozinheiro”

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Estufado lento de pá de porco com crumble de limão e ervas

Para o leitor mais atento não é novidade o facto de eu ser adepta deste modo de confeccionar a carne. Fica macia e com um sabor muito apurado, o molho é sempre uma tentação e o facto de poder ser feito com atecedencia é uma mais valia nos dias que correm.
O toque do crumble ao servir, e o aroma do funcho faz a diferença entre este prato e um outro qualquer.
Deliciem-se como eu me deliciei e usem o caldo que sobrar para confeccionar um risoto sublime.






Usei:

1 kg de pá de porco sem osso e cortada em cubos
1 Cebola grande cortada em rodelas finas
2 Dentes de alho picados
3 c chá de vinagre de xerez
250 de chouriça em rodelas
1 c chá de sementes de funcho grosseiramente esmagadas
400g de tomate pelado em cubos
2 Pimentos em tiras
Azeite q.b.
1 Copo de vinho branco

(para o crumble)

2 Fatias de pão duro ralado
Raspa de 1 limão
1 Ramo pequeno de salsa picada
Azeite q.b.

Fiz assim:

Aqueça um pouco de azeite no wok e salteie a carne até dourar. Retire a carne e na mesma gordura refogue a cebola e o alho até amolecer, junte o vinagre e assim que começar a borbulhar adicione a chouriça, mexa até começar a largar cor.
Junte as sementes de funcho e a carne, tempere de sal e junte o tomate e o pimento.
Deixe frigir um pouco e regue com o vinho.
Pré aqueça o forno a 140º
Quando o estufado retomar a fervura, tape e coloque no forno durante 2 horas, passado esse tempo, destape e deixe ficar mais 30 minutos.

Para o crumble:

Salteie as migalhas de pão num pouco de azeite quente, junte o limão e a salsa e envolva.

Sirva a carne bem quente polvilhada com o crumble.

Notas:

Para um sabor mais intenso, em vez de saltear o pão, pode torrar ligeiramente as fatias de pão pinceladas com um fio de azeite, antes de ralar.
Adaptado de: “Olive” Outubro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pausa forçada

Hoje é dia de receita no Tachos de Ensaio, e eu aqui a escrever sobre algo que nada tem a ver com instruções para criar pratos.

As minhas ausências este ano tem sido uma constante, são pausas forçadas e necessárias ora à minha vida profissional ora à minha vida pessoal.
Pois é estou a anunciar-vos mais uma que será breve.
Motivo: problemas técnicos relacionados com o bom funcionamento do corpo humano, que segundo os especialistas serão facilmente resolvidos se eu me portar bem.
Vou aproveitar para finalmente colocar em dia a leitura das revistas que se vão acumulando em cima das mesas, e sei que vou ficar cheia de vontade de cozinhar coisas novas e diferentes.

Volto já!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Bolinhos mornos de chocolate


Quando a Suzana nos fez o seu relato de um almoço em Nova Iorque eu fiquei de nariz colado ao monitor, depois e como se isso não bastasse para me picar, ela conta que o provador disse que este era o melhor bolo de chocolate do mundo, ora aí é que eu não me segurei e fui a correr untar forminhas, derreter chocolate e misturar ovos com açúcar.
Acompanhei com gelado de baunilha e fingi estar em Nova Iorque a almoçar com a Suzana.





Usei:



115g de manteiga sem sal
2 c sopa de farinha
120g de chocolate amargo (70% cacau)
2 Ovos inteiros + 2 gemas
¼ Chávena de açúcar



Fiz assim:



Unte com manteiga e polvilhe com cacau 6 formas de queques.
Pré aqueça o forno a 220º.

Derreta o chocolate com a manteiga em banho-maria. Reserve.
Bata os ovos com as gemas e o açúcar, até obter uma mistura fofa e esbranquiçada, junte o chocolate fundido e misture bem. Junte a farinha e misture rapidamente.
Divida a massa pelas formas e coloque no forno durante 6 ou 7 minutos, até a massa estar fixa nas bordas mas o centro húmido.
Retire do forno, inverta cada uma das formas num prato, deixe repousar um minuto e depois desenforme e sirva imediatamente.


Notas:


Ao usar cacau para polvilhar as formas evita que o bolo fique com manchas brancas depois de pronto.
Receita original: Jean-George’s warm chocolat cake

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bagels




Os bagels têm uma consistência que eu gosto bastante, o seu miolo é compacto e a crosta lisa e brilhante.

Perto da casa onde mora o Gaston em Londres, há uma loja que serve os melhores bagels que já comi, este fim de semana e num ataque de saudades decidi fazer esta receita da Nigella e digo-vos que não me desiludiu, bem pelo contrário ficaram deliciosos.
A receita indicada dá para mais ou menos 15 bagels.










Usei:



1 Kg de farinha para pão
1 c sopa de sal
7 g de fermento de padeiro seco
2 c sopa de açúcar
1 c sopa de óleo de girassol ou outro sem sabor
500 ml de água morna
2 c sopa de malte em pó ou açúcar para escaldar os bagels
Sementes várias para polvilhar (opcional)



Fiz assim:


Misture a farinha com o sal e com o fermento.
Junte o açúcar e o óleo à água morna, abra uma cova nos ingredientes secos e deite aí os líquidos à medida que vai misturando tudo numa massa.
Amasse bem durante uns 10 minutos até obter uma massa elástica.
A massa é um pouco dura mas é mesmo assim.
Forme uma bola, coloque numa tigela untada, cubra com película e deixe levedar durante 1 hora.
Espalme a massa algumas vezes e depois divida-a em 3, forme um rolo com cada um dos pedaços de massa e volte a dividir cada rolo em 5 pedaços.
Com esses pedaços mais pequenos, volte a formar um rolo e depois uma argola.
Coloque as argolas em tabuleiros forrados com papel vegetal e ligeiramente untados, cubra com um pano e deixe levedar durante mais 45m.
Entretanto coloque ao lume uma panela de água a ferver com o malte ou o açúcar.
Pré aqueça o forno a 220º.
Deite um bagel de cada vez na água a ferver, vire-o e volte a colocar no tabuleiro, (esta operação demora 1 minuto por cada bagel).
Polvilhe com sementes, (sésamo, papoila, linhaça ou outras), e leve ao forno quente durante 15 ou 20 minutos.
Retire e deixe arrefecer sobre uma grade.



Notas:

Versão maquina do pão: Use a máquina para amassar e levedar, e siga a receita a partir do momento de moldar os bagels.
Pode também amassar a massa na batedeira usando para isso o gancho de massa pesada.


Ligeiramente adaptado de: “How to be a domestic goddess” de Nigella Lawson

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Coxas de frango no forno com bacon mel e soja



Foi quase há um ano que a Pipoka publicou esta receita, o que quer dizer que foi há mais de um ano que tivemos aquela conversa sobre receitas fáceis e infalíveis.
Depois dessa conversa testei a receita para um jantar de 8 pessoas e confirmou-se o sucesso deste prato.
Fácil, delicioso, diferente e rápido, digo-o com conhecimento de causa, pois já repeti este prato várias vezes, vale a pena tomar nota desta receita.








Ingredientes:



12 Coxas de frango sem pele
12 Fatias de bacon
9 c sopa de molho de soja*
3 c sopa de mel*
Sementes de sésamo para polvilhar



*Quantidades aproximadas costumo usar 3 partes de soja para 1 de mel.





Preparação:



Prepare o molho misturando bem o mel com o molho de soja. Reserve.
Forre um tabuleiro com papel vegetal e pré aqueça o forno a 200º.
Enrole cada um dos pedaços de frango numa fatia de bacon e coloque no tabuleiro.
Pincele com o molho de mel e salpique com sementes de sésamo.
Leve ao forno durante mais ou menos 45 minutos, ou até o frango estar bem cozinhado.
No início convém cobrir com folha de alumínio para não queimar o bacon e perto do final destapar para alourar.



Notas:

A carne de aves deve ser consumida bem passada, para saber se o frango está assado espete um palito na zona do osso, se sair um liquido ensanguentado deve deixar assar mais um pouco, se o liquido for límpido, o frango está no ponto.

Receita original no Three fat ladies

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Bolo de creme de coco


Na minha cozinha o coco é mais usado em pratos salgados do que doces, a minha mãe fazia um molho de caril com coco seco ralado pelo qual eu me perdia, agora que falo nisso… tenho de lhe pedir a receita.

Voltando à receita de hoje, este bolo que também serve para aproveitar claras tem um sabor a coco muito suave e uma textura maravilhosa, eu não gosto de bolos muitos secos por isso reduzi um pouco o tempo de forno, mas acredito que ficaria muito bom regado com uma infusão morna de leite e coco ralado ligeiramente doce.
Como o meu mano R. completa hoje mais um aniversário este bolo é para ele, com mil beijocas da mana.




Usei:


2 + ¼ Chávena de farinha
1 Ovo + 5 claras
1 Chávena de creme de coco
¼ Chávena de água
1 c chá extracto de baunilha
1 + ½ de açúcar
1 c sopa de fermento
1 Pitada de sal fino
180g de manteiga sem sal amolecida



Fiz assim:


Desmanche o ovo e as claras com um garfo, junte a água, o extracto de baunilha, o creme de coco e misture bem. Reserve.
Na tigela da batedeira, coloque a farinha peneirada com o fermento, o açúcar e o sal, ligue a batedeira em velocidade baixa e junte a manteiga aos poucos. Adicione depois um pouco da mistura de ovo, aumente a velocidade e junte o restante.
Deite a massa numa forma muito bem untada e polvilhada, e leve ao forno pré aquecido a 180º durante 20 minutos. Faça o teste do palito antes de retirar do forno.
Deixe arrefecer durante 10 minutos antes de desenformar para uma grade e arrefecer assim por completo.



Notas:


Se tiver dificuldade em encontrar o creme de coco, use 1 iogurte com aroma de coco e junte um pouco de coco ralado.
Se fizer este bolo em forma sem buraco forre o fundo com papel vegetal.
Adaptado de: “Cozinha para quem não tem tempo” de Mafalda Pinto Leite.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Conchas recheadas de batata doce sálvia e requeijão



Já recebi no correio o nº 47 da Donna Hay Magazine e ainda estou a explorar o número anterior, aquele que me encheu as medidas, lembram-se?
Esta entrada tanto pode ser servida no prato como em colheres de degustação ou até como canapés (finger food).
Gosto muito de batata-doce assada, quando era criança a minha avó assava as batatas-doces no forno do pão e eu delirava com aquele sabor, esta entrada trouxe-me essas boas recordações e a satisfação de um prato diferente e delicioso.






Usei:



18 Conchas
1 Batata-doce grande (+ ou – 200g)
Azeite q.b.
1 Requeijão de 200g
4 c sopa de leite
¾ Chávena de parmesão ralado na hora + um pouco para servir
1 Dente de alho esmagado
2 c sopa de raspa de limão
2 c sopa de sumo de limão
100g de manteiga
18 Folhas de sálvia



Fiz assim:



Descasque a batata-doce e corte-a em cubos.
Pincele um tabuleiro com azeite e coloque por cima a batata-doce. Leve ao forno quente até a batata ficar macia.
Leve ao lume as conchas em bastante água fervente com sal, assim que estiverem ao dente escorra e reserve.
Esmague a batata-doce com o requeijão, o leite, a raspa de limão, ½ chávena de parmesão e o alho.
Unte um recipiente de forno e com uma colher encha as conchas com a mistura de batata-doce e coloque uma folha de sálvia em cada uma delas.
Derreta a manteiga com o sumo de limão e regue as conchas, reservando um pouco para servir, salpique com mais um pouco de parmesão e leve ao forno a gratinar.
Sirva regado com molho de manteiga e salpicado com parmesão.


Notas:


Usei requeijão em vez de ricotta conforme pede a receita original.
Se preferir servir este prato como prato principal, cubra com molho bechamel para ficar mais húmido e substancial e sirva com uma salada de legumes crus.


Adaptado de “Donna Hay magazine” nº 46

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Gelado de baunilha



Assim que vi este gelado no Gourmets amadores tive a certeza absoluta que era o gelado de baunilha perfeito.

Fiz, provei, combinei-o com outras coisas boas e a certeza tornou-se absoluta e inabalável.
Obrigada Suzana, nunca mas mesmo nunca mais eu como outro gelado de baunilha a não ser este.
Estou já a renovar o repertório de receitas para aproveitamento das claras que irei armazenar.







Usei:



250ml de leite
1 Pitada de sal
¾ Chávena de açúcar
1 Vagem de baunilha
500ml de natas
5 Gemas



Fiz assim:


Abra a vagem de baunilha ao meio e raspe as sementes com a ponta de uma faca.
Leve ao lume o leite, o sal e o açúcar, junte as sementes e a vagem de baunilha e deixe aquecer até querer ferver. Retire do lume.
Retire a película que reveste as gemas e bata-as à medida que vai adicionando o leite quente a pouco e pouco.
Volte a colocar a mistura na caçarola e retome ao lume mexendo com colher de pau até engrossar um pouco e cobrir as costas da colher.
Retire do lume, deixe arrefecer completamente e reserve no frigorífico durante umas horas, o ideal será de um dia para outro.
Bata as natas até espessarem e junte ao creme de baunilha, retire a vagem e envolva muito bem.
Coloque na sorveteira ou leve ao congelador num tabuleiro de alumínio retirando de 2 em 2 horas e desfazendo os cristais de gelo com um garfo até estar completamente solidificado.


Notas:


Lave e seque a vagem de baunilha e coloque-a dentro de um recipiente com açúcar ou num frasco com vodka, desta forma terá açúcar baunilhado e extracto de baunilha sempre pronto.

Receita original no Gormets Amadores.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Tarte de batata cebola e sálvia


Os pratos simples e com poucos ingredientes agradam-me bastante para as refeições do dia-a-dia, por isso quando vi esta tarte marquei logo a receita.
È uma tarte para ser comida fria, mas morna é muito boa também, o único problema é que ao cortar se desmancha, para isso terá de ser servida dentro do recipiente de forno.
Acompanhe com uma salada de legumes crus e um vinagrete bem aromático.






Usei:


2 Cebolas médias cortadas em laminas
100g de manteiga
800g de batatas em rodelas muito finas (com pele)
120g de queijo chedar ralado
1 Punhado de folhas de salvia
Sal & pimenta



Fiz assim:


Amoleça a cebola em metade da manteiga e tempere de sal e pimenta. Reserve.
Unte um pirex redondo, ou use uma forma de anel forrada com papel vegetal.
Pré aqueça o forno a 180º.
Forre o fundo do recipiente com uma camada de batata, sobreponha algumas rodelas para cobrir o fundo completamente.
Disponha depois um pouco da cebola amolecida e algumas folhas de salvia, mais ou menos 4, parte do queijo e regue com um pouco de manteiga derretida.
Repita as camadas até esgotar os ingredientes terminando com rodelas de batata.
Pincele com manteiga e cubra com folha de alumínio.
Leve ao forno durante 1 hora, destape e deixe alourar bem.
Retire do forno e deixe arrefecer.

Sirva com salada.



Notas:


Usei a mandoline para fatiar as cebolas e as batatas em laminas muito finas.
As melhores batatas para esta receita são as de pele vermelha.
Fonte: Revista “Olive” Junho de 2009.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Salada Capri



Conforme vos tinha prometido, esta é outra receita que costumo fazer com as bases frango e legumes assados, uma outra é a tarte de frango, basta para isso fazer um creme de ovos e natas ou leite e deitar sobre o frango e os legumes dispostos sobre uma base de massa da vossa preferência.
Decidi chamar-lhe salada Capri porque na última vez que estive fora de casa em formação costumava ir comer uma salada de massa em jeito de lanche ajantarado num restaurante com este nome.
Doidinha por massas como eu sou, delicio-me com este petisco.



Usei:



1 Peito de frango assado
1 + ½ Chávena de legumes assados
200g de penne
½ Chávena de azeitonas descaroçadas e cortadas ás rodelas
1 Chávena de bocconcini (mini mozzarella)
2 Dentes de alho (grandes) esmagados
Azeite a gosto
Orégãos secos para servir



Fiz assim:


Coza a massa em água a ferver temperada de sal até ficar ao dente ou siga as instruções da embalagem. Escorra, mantenha quente e reserve. Reserve também parte da água da cozedura.
Aqueça o azeite no wok e quando estiver quente deite o alho esmagado, use o esmagador e não a lâmina da faca.
Deixe fritar, junte depois o frango desfiado, os legumes e as azeitonas e salteie tudo muito bem. Adicione a massa e se necessário rectifique com um pouco de água da cozedura. Quando estiver bem quente junte a mozzarella e envolva. Retire do lume e sirva polvilhado de orégãos.



Notas:


Para um sabor mais acentuado e rústico use massa integral.
Uma boa ideia é, congelar um frango assado em doses individuais e já desfiado e livre de pele e ossos é, sem margem de dúvida, um bom desenrasca para 1001 receitas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Bolo de figos

Todos os anos é assim, chega a época dos figos ao fim e eu sem conseguir fazer nenhuma receita com eles.

Vou comendo um aqui outro ali e quando dou por mim já não há. Felizmente este ano e com as figueiras a dar os últimos aos passarinhos e aos insectos, eu graças a uma amiga que me trouxe uns figos lindos, deliciosos e fresquíssimos consegui em boa hora fazer este bolo.
O quadrado que aparece cortado na foto foi comido na hora e ainda morno, uma delícia.



Usei:


12 Figos cortados ao meio
225g de manteiga sem sal amolecida
3 Chávenas de açúcar
6 Ovos
2 Chávenas de farinha
2 c chá de fermento
1 Chávena de sêmola de milho fina
1 Chávena de amêndoa moída
1 c chá de canela em pó
Raspa de 1 limão

(para finalizar)


1/2 Chávena de doce de figo (usei doce de figos secos)
¼ Chávena de água



Fiz assim:


Unte uma forma, forre com papel vegetal e volte a untar. (Usei uma forma de silicone).
Corte os figos ao meio e disponha no fundo da forma, voltados para baixo.
Pré aqueça o forno a 180º.
Bata a manteiga com o açúcar até obter um creme, junte os ovos batendo entre cada adição.
Junte a raspa de limão e a canela e envolva na massa as farinhas, (trigo, sêmola e amêndoa) com o fermento.
Coloque na forma, alise com uma espátula e leve ao forno durante 50 minutos.
Leve o doce de figo ao lume com a água até dissolver.
Deixe o bolo arrefecer um pouco e depois de desenformar pincele com a calda de doce de figo.


Notas:


Usei sêmola de milho, o que em conjunto com a amêndoa conferiu textura ao bolo.
Pode se preferir usar farinha de milho integral.
O bolo não fica seco, nem cresce muito. È um bolo robusto mas sem ser pesado.

Adaptado daqui.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Costoletas com salva laranja e cabeça de nabo


O projecto 4 por 6 tem sido um exercício com óptimas consequências na minha cozinha, entre o poupar e o variar, a introdução de outros sabores em ingredientes tão banais como por exemplo as costoletas e o nabo tem sido muito bem recebidos pelos comensais e muito gratificantes para a cozinheira.


Este menu dá as boas vindas ao Outono e aos dias frescos e de luz fraca, dias de Outono que me deixam muito bem disposta e cheia de vontade de “torturar” o fogão e o forno.


Vamos então ao menu do dia:








E para prato principal a carne que já vem com acompanhamento.




Bom apetite.











Usei:





1,2 Kg de costoletas do lombo
800g de cabeça de nabo (pequenas)
2 Laranjas (sumo e raspa)
1 Cebola picada
Azeite q.b.
Salva a gosto



Fiz assim:


Descasque o nabo, corte em quartos e ferva-os durante uns minutos em água a ferver temperada de sal. Reserve.

Leve ao lume o azeite, e quando estiver quente amoleça a cebola. Retire e coloque no fundo de um recipiente de forno.

Frite rapidamente as costoletas no mesmo azeite, tempere de sal e pimenta e junte o nabo.

Salpique com a raspa de limão, junte as folhas de salva e deixe absorver os sabores.

Coloque a carne e o nabo por cima da cebola.

Deite o sumo de laranja na frigideira quente e raspe os sucos da frigideira com uma espátula, deite este molho sobre a carne e leve ao forno quente durante 20 ou 30 minutos.





Vamos a contas:






Notas:


A salva veio do meu jardim, e ao fazer a pesquisa do preço para a incluir nas contas fiquei ainda mais feliz por a ter à disposição, o preço é realmente muito elevado.
A salva é uma planta perene e todo o ano tem folhas que podem ser usadas na cozinha.
Dá-se muito bem num vaso, gosta do nosso clima e a única coisa a ter em atenção é a geada.


Por lapso não inclui a cebola das costoletas nas contas por isso ao custo total deveremos considerar mais 0,5€.


Fonte: Suplemento da revista OLIVE de Outubro de 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mojito


Hoje é feriado por isso vamos todos relaxar e tomar uma bebida que é uma das minhas top 10.
Já houve uma época em que eu era uma verdadeira self-made-barmaide e gostava de preparar cocktails quando recebia pessoas em casa, depois com o tempo esse gosto esmoreceu, mas na minha biblioteca culinária continuam a repousar muitos livros sobre o tema.
Este por ser um clássico e com doses meio “a olho” já nem me lembro onde o aprendi, quando a hortelã começa a querer espigar, um mojito é uma boa opção para as folhas menos tenras.






Usei:



1 Dose de rum branco (+ ou – 1 copo de shot)
1 c sopa de açúcar
Sumo de 1 lima
1 Ramo de hortelã (+ ou – 10 folhas)
Água com gás
Gelo picado



Fiz assim:



Coloque o açúcar e a hortelã num copo, esmague com um pilão até a hortelã estar desfeita, junte o sumo de lima e mexa.
Encha o copo até 2/3 com gelo picado e complete com água gaseificada.
Sirva com palhinha estilo caipirinha e decore com folhas de hortelã.



Notas:

Seja responsável, beba com moderação!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Bavaroise de chocolate com praline de avelãs

Esta é uma receita velhinha, velhinha daquelas que eu prometi a mim mesma passar do meu caderno manuscrito de criança para este arquivo virtual.
Não resisti no entanto a fazer-lhe uma pequena alteração, que foi substituir as amêndoas raladas da receita tal como estava escrita, pelo praliné de avelã, por isso reduzi um pouco o açúcar e ficou uma delicia com os pequenos crocantes do praliné a desfazerem-se na língua.

Usei:

200g de chocolate amargo
5 dl de leite
100g de açúcar branco fino
2 c chá de gelatina neutra granulada
4 Gemas
2 dl de natas
½ Chávena de praliné de avelã moído fino

Fiz assim:

Bater as gemas com o açúcar até obter uma mistura fofa e esbranquiçada, juntar ½ dl de leite e misturar bem.
Leve o restante leite ao lume com o chocolate em pedaços, e mexa até o chocolate fundir, retire do lume antes de ferver.
Deite o leite quente com o chocolate em fio sobre as gemas mexendo sempre, leve este preparado a lume brando e vá mexendo até o creme cobrir as costas da colher. Retire do lume.
Demolhe a gelatina em 2 c sopa de água, e funda-a no microondas durante uns segundos, junte depois ao creme de chocolate e misture bem.
Deixe o creme arrefecer até à temperatura ambiente e depois envolva o praliné e as natas batidas.
Coloque numa forma previamente passada por água fria e guarde no frigorifico pelo menos durante 4 horas antes de desenformar.
Sirva bem frio polvilhado de praliné.

Notas:
Pode substituir o praliné por amêndoas, avelãs ou nozes picadas, neste caso aumente um pouco a quantidade de açúcar.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Risotto de frango com legumes assados


São duas receitas base que nos proporcionam uma infinidade de pratos e das quais eu uso e abuso.
Gosto muito de assar alimentos usando um saco específico para o efeito, os alimentos ficam tenros e deliciosos, o caldo é aproveitado a 100%, não se corre o risco do assado secar e nunca se suja o forno. Se preferir pode retirar o frango (neste caso) do saco, separar o caldo e voltar a colocar a peça no forno para alourar.
O tempero também pode variar conforme o gosto pessoal e a disponibilidade no momento.
Nesta receita usei a carne junto dos ossos, na próxima semana apresentarei uma salada com a carne branca e os restantes legumes.






Usei:


½ Frango assado
2 Chávenas de legumes assados
Caldo do frango
1 Chávena de arroz arbóreo
½ Cebola picada
Azeite
1 Chávena de vinho branco
1 c sopa de manteiga
Sal a gosto



Fiz assim:


Asse o frango e os legumes em separado usando para o efeito um saco de forno para alimentos. (Esta etapa pode ser feita de véspera).
Retire o frango do saco, e coe todo o molho para um tacho, dilua com um pouco de água e mantenha quente.
Retire a pele e os ossos ao frango e desfie grosseiramente.
Leve ao lume o azeite e quando estiver quente coloque a cebola e deixe amolecer, junte o arroz e envolva bem até ficar translúcido.
Regue com o vinho e mexa até evaporar, vá adicionando conchas do caldo do assado e mexendo entre cada adição. Coloque o caldo após o anterior ter sido absorvido.
Antes da última adição junte o frango desfiado e os legumes, envolva delicadamente e antes de secar junte a manteiga, rectifique de sal e retire do lume.
Deixe repousar uns escassos minutos e sirva.



Notas:

Os sacos para cozinhar alimentos no forno, encontram-se nas grandes superfícies comerciais, na zona dos papeis de cozinha, (alumínio, vegetal, película…), e estão classificados como “sacos multi-usos” pois servem para guardar, congelar e cozinhar no forno e microondas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Atum de cebolada à moda antiga



Esta é mais uma daquelas do meu velho caderno de receitas e da qual e já nem me lembrava.
Já disse aqui várias vezes que gosto muito de atum, mas em relação ao atum fresco é preciso comprar onde se tem extrema confiança, já me aconteceu comprar em supermercados e depois não o conseguir comer, por isso e se forem como eu, (facilmente enganada porque não reconheço a frescura do peixe à vista só ao paladar), comprem na vossa peixaria de confiança e depois deliciem-se com esta receita de temperos modestos mas muito boa.







Usei:



4 Postas de atum
2 Cebolas grandes
4 Tomates
2 Dentes de alho
1 Chávena de vinho branco
Azeite q.b.
Sal & pimenta a gosto
1 Folha de louro



Fiz assim:


Corte as cebolas em anéis não muito finos.
Prepare os tomates cortando-os em quartos e retirando-lhe a maior parte das sementes.
Aqueça o azeite e junte o alho esmagado, deixe alourar e depois junte a cebola. Deixe amolecer.
Coloque o atum por cima da cebola, deixe suar um pouco e depois vire-os, junte o tomate, a folha de louro e deixe libertar os sucos com o tacho tapado.
Quando começar a secar junte o vinho e tempere de sal e pimenta, deixe fervilhar em lume brando até o atum estar macio.


Notas:


Quantidades para 4 pessoas.
Acompanhe com batata cozida ou salteada na frigideira.
Se o estufado secar em demasia junte pequenos golos de água quente.
Confeccionei esta receita no tacho de barro.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Trifle de frutos silvestres

A primeira vez que fiz este doce foi para levar para um almoço partilhado com os meus colegas músicos. Tinha sido apanhada de surpresa e eram 19horas do dia anterior quando caí na realidade de que no dia seguinte ás 8,00h eu teria de ter uma sobremesa para um grupo enorme de gente.
No congelador:
claras, e frutos silvestres, alguns do meu jardim, outros oferecidos e outros que foram sobrando daqui e dali. Camada de bolo, frutos, creme e coulis e estava o assunto resolvido! A segunda vez fui mais cuidadosa com a apresentação, desta vez o grupo de comensais seria recebido em minha casa, e eu já não me podia esconder no anonimato que é levar um doce para colocar numa mesa comum onde já estão mais um dúzia deles.
Felizmente para mim entre os convidados haviam bons fotógrafos por isso, e só desta vez as fotos não são minhas mas sim do R. e da S. Obrigada malta, o problema é que acabei de elevar a fasquia da qualidade fotográfica deste blog a um nível que não vou conseguir manter.



Versão de impressão e arquivo


Usei:

1 Bolo de claras, ou outro a gosto
300ml de natas
250g de mascarpone
½ Chávena de açúcar em pó
¼ Chávena de licor de groselhas negras (cassis)
1 Chávena de açúcar branco granulado
1 Chávena de água
+ Ou – 250g de frutos silvestres (groselhas, framboesas, mirtilos, amoras, morangos)
Mais um pouco para o coulis
Açúcar a gosto (usei 1 chávena de fruta e 1/3 chávena mal cheia de açúcar gelificante)


Fiz assim:

Prepare o bolo numa forma de bolo inglês forrada com papel vegetal.
O bolo fica húmido, por isso deixe arrefecer antes de desenformar.
Bata as natas com o açúcar em pó até ficarem fofas, junte o mascarpone e bata mais um pouco. Reserve no frigorífico.
Prepare uma calda com o açúcar branco e a água, levando ao lume até atingir a consistência de xarope. Retire do lume e junte o licor.
Corte o bolo em fatias e pincele com o xarope, volte as fatias e pincele novamente.
Disponha parte das fatias de bolo numa taça, por cima deite um punhado de frutos e depois cubra com parte do creme. Repita a operação até chegar ao topo da taça e terminando com o creme de mascarpone. Reserve no frigorífico.
Com os restantes frutos e o açúcar prepare um coulis: leve a fruta com o açúcar ao lume brando até quase derreter os frutos e os morangos ficarem brancos.
Retire do lume, triture e deixe arrefecer completamente antes de deitar por cima do trifle.
Sirva bem fresco.

Notas:

O creme pode ser apenas de natas batidas com açúcar, o licor pode ser substituído por outro a seu gosto, ou para combinar com outras frutas que se usem. Assim como pode usar um outro bolo como base, claro que convêm que tenha um sabor suave para não interferir com a fruta.
Enfim, esta não é uma receita rigorosa mas sim um guia para se poder usar a gosto de cada um.