quarta-feira, 30 de julho de 2008

Magret (peito de pato) com molho de framboesa

O meu arbusto de framboesa está doente. Cortei umas folhas amarelecidas e levei-as à loja agrícola para mostrar ao engenheiro que para tristeza minha me disse que a planta tinha sido atacada pelo míldio e eu teria de a curar com um químico xpto qualquer, eu muito triste (mais parecia que estava no veterinário com um animal), disse-lhe: “mas eu não quero usar químicos e venenos nas minhas plantas.” Resposta do Sr. Eng.º : ” Mas toda a gente usa!” Eu: “Toda a gente não, eu não uso. A natureza vai ter de seguir o seu rumo natural.” E vim embora tristinha. O Sr. Engenheiro ficou indiferente, embora não tivesse vendido os químicos para curar o míldio, tinha a certeza que para a próxima Primavera eu voltaria para comprar um novo arbusto de framboesa.
Felizmente antes de adoecer a planta deu frutos suficientes para eu armazenar e fazer esta maravilha.

Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui.


Usei:

2 Peitos de pato
3 c sopa de vinagre de framboesa ou de frutos silvestres.
+- 1 chávena de framboesas frescas ou congeladas
2 c sopa de compota de framboesa
1 c sopa de manteiga
sal grosso
pimenta preta moída

Fiz assim:

Faça cortes cruzados na pele do magret sem chegar à carne.
Coloque uma mão cheia de sal grosso numa frigideira, e quando estiver quente, coloque os magrets sobre o sal com a pele para baixo. Mantenha-os em lume médio durante 7 minutos, tempere com pimenta moída na hora.
Retire os magrets, descarte o sal e a gordura que se formou.
Volte a colocar a frigideira no lume, e coloque novamente os magrets desta vez do lado da carne, deixe selar durante 3 ou 4 minutos. (mais se gostar bem passado).
Retire os magrets e deslace os sucos com o vinagre. Junte as framboesas e esmague-as com um garfo, junte a compota, a manteiga e os sucos que entretanto os magrets libertaram, mexa até estar bem ligado. Rectifique o sal.
Sirva os magrets fatiados com o molho.

Notas:

Se gosta do magret mais bem passado, embrulhe-o em folha de alumínio e leve ao forno pré aquecido a 180º durante 7 minutos.
Para eliminar o gosto excessivo da gordura, esfregue a pele com um limão cortado ao meio.
Fonte: sentido do gosto.
Veja a receita do vinagre de frutos silvestres.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Cataplana de atum fresco

A cataplana é um dos meus tachos de ensaio.
Parente da tajine, é na realidade duas panelas côncavas que unem na perfeição e permitem cozinhar rápido, com muito pouco liquido e gorduras mantendo o sabor dos alimentos.
Esta receita é da revista Saberes & sabores que no mês de Junho publicou um artigo sobre a cataplana e uma série de receitas para nela serem confeccionadas.
Só vos digo que o atum e a cataplana entendem-se muito bem, e esta foi uma refeição deliciosa.



Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui.


Usei:

500g de batatinhas novas
Sal a gosto
600g de tomate maduro
2 Cebolas
½ Pimento verde
½ Pimento vermelho
Azeite q.b.
1 Folha de louro
1 Malagueta vermelha
400g de atum fresco (lombo cortado em medalhões)
1,5 dl de vinho branco
Orégãos

Fiz assim:

Coza as batatas no vapor, ou se preferir em água temperada de sal.
Escalde e pele os tomates, retire-lhes as sementes, e corte em pedaços pequenos.
Descasque as cebolas e corte em meias luas.
Corte os pimentos em tiras, retirando as membranas e as sementes.

Deite o azeite na cataplana, junte a cebola, a folha de louro e a malagueta. Cozinhe em lume brando até a cebola amolecer.
Disponha por cima as tiras de pimento e o atum, tempere de sal e por cima espalhe o tomate, regue com o vinho, feche a cataplana e deixe cozinhar durante 15 minutos.

Abra a cataplana, deite as batatinhas e sacuda, polvilhe com os orégãos, volte a tapar e deixe suar 5 minutos.

Retire do lume e sirva.

Notas:

Se optar por cozer as batatas na cataplana junto com os outros ingredientes, corte-as ao meio.
Veja também:
Cataplana de peixe.
Fonte: Saberes & Sabores – Junho 2008

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Gelado de plátano com nozes caramelizadas

As minhas tias que vivem no Canadá costumam trazer-me este delicioso néctar que é o xarope de plátano ou xarope de bordo, vulgarmente conhecido como maple syrup.
A maneira como vulgarmente o usamos é sobre crepes ou talassas (waffles), e ninguém pode negar que se trata de uma generosa e deliciosa dádiva da natureza.
A receita que hoje vos proponho é de um gelado escandalosamente delicioso, digo-vos que fiz o gelado num dia para o jantar e no dia seguinte já não restava nada para contar a história.
Pode facilmente encontrar o xarope de plátano à venda em lojas de produtos naturais.


Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui.


Receita para 4 doses


Usei:

1 dl de xarope de plátano (maple syrup)
3 gemas
2 dl de natas pasteurizadas (min. 30% gord.)
60 g de miolo de noz
açúcar branco granulado q.b.


Fiz assim:


Pique as nozes grosseiramente.
Numa frigideira antiaderente deite o açúcar, (a quantidade suficiente apenas para cobrir o fundo com uma camada fina), e leve ao lume. Quando começar a caramelizar deite as nozes e envolva com colher de pau, retire do lume antes que escureça. Deixe arrefecer.
Deite o preparado depois de frio numa tábua de cozinha, e parta em pedaços pequenos. Reserve.

Num tacho não muito pequeno, ferva o xarope de plátano durante 3 ou 4 minutos.
(Este procedimento vai fazer que o xarope fique mais espesso depois de frio).
Retire do lume e reserve.
Bata as gemas em banho-maria até ficarem volumosas, vá deitando o xarope morno e em fio, e continue a bater até ficar com cor de caramelo claro.
Retire do Banho-maria, transfira para outra tigela, e continue a bater até arrefecer. Para ajudar o arrefecimento pode colocar a tigela sobre uma outra com gelo.
Bata as natas e junte-as delicadamente ao preparado das gemas como o xarope.
Adicione as nozes caramelizadas (reserve algumas para servir) e envolva.

Se tiver sorveteira:
Coloque o preparado na sorveteira até o gelado atingir a consistência desejada.

Método tradicional:
Coloque o preparado em caixa com tampa e leve ao congelador.
Este gelado não precisa ser batido, nem retirado com antecedência do congelador antes de servir. Fica sempre cremoso.

Notas:

È importante caramelizar as nozes em frigideira anti-aderente, caso contrário o caramelo depois de frio fica colado ao fundo e não sai. A opção é transferir o caramelo quente para a pedra da bancada ligeiramente untada de óleo, deixar arrefecer e depois partir.

Veja também: Iogurte gelado de banana e mel.
Fonte: Gelados & sorvetes – Bernice Hurst

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Peru marinado em laranja e ervas

A vantagem de cozinhar alimentos marinados é que com apenas uns minutos de preparação prévia, confeccionam-se pratos deliciosos de uma forma rápida, e se a confecção for no forno, como neste caso, dispensa também a vigilância deixando tempo para a preparação de um acompanhamento diferente, ou uma sobremesa mais elaborada.
Mais uma vez as ervas frescas representam o papel principal nesta receita, a companhia da laranja realça o sabor sem disfarçar o aromas das “verdinhas”.


Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui.

Usei:

1 perna e coxa de peru

Marinada:

1 c sopa de manjerona fresca picada
1 c sopa de tomilho fresco picado
1 c sopa de alecrim fresco picado
sumo de 2 laranjas
1 dl de vinho branco
3 c sopa de azeite
3 dentes de alho pisados
sal e pimenta preta de moinho

Fiz assim:

Retire a gordura e corte os tendões da perna de peru.
Coloque-a num saco de congelação ou num recipiente.
Misture muito bem todos os ingredientes da marinada, e deite sobre a carne.
Deixe marinar pelo menos durante 4 horas, melhor ainda: de um dia para o outro.
Mantenha no frigorífico.
Retire a carne da marinada, e coloque em recipiente de ir ao forno.
Coloque em forno quente (200º).
Volte a peça a meio da coacção, e se necessário vá regando com o liquido da marinada.
O tempo de forno vai depender do tamanho da peça, pelo menos 45 a 50 m.
Desligue do forno, e deixe repousar 20 minutos antes de servir, para apurar os sabores.

Notas:

Marinada quase universal, pode ser usada em carne, peixe, aves e legumes.
Acompanhe com
batatinhas salteadas ou grão de bico e cenourinhas especiais.
Inspirei-me
nesta receita do blog: Garfo e copo.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Salada de bulgur com arandos secos

Depois de ter feito os queques de arando e laranja, sobrou uma mão cheia de arandos secos, (dry cramberries), depois do ensaio doce, queria agora provar os arandos numa receita salgada.
Decidi-me por uma salada, pois nesta altura do ano elas são presença constante à mesa.
Ainda bem, gostei muito, ao ponto de não vos ser capaz de dizer se a minha preferência vai para o doce ou para o salgado.
Não coloquei nenhum molho, pois para mim ficou perfeito assim, apenas o sabor do azeite com as cebolinhas e o sumo de limão a temperar os frutos secos e bulgur que esteve quase a ser trocado pelo trigo-sarraceno.

Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui.

Usei:

1 Chávena de café de bulgur
½ Chávena de chá de arandos secos
2 c sopa de pinhões
2 c sopa de nozes
1 Cebolinha nova
Sal & pimenta
Sumo de ½ limão
Azeite

Fiz assim:

Hidratar o bulgur juntamente com os arandos em caldo quente da sua preferência, ou apenas em água, durante pelo menos 4 horas, (se for mais não faz mal).
Escorrer e reservar.
Numa frigideira de fundo espesso e de preferência anti-aderente, torrar ligeiramente os pinhões e as nozes picadas de forma grosseira. Retire do lume e reserve.
Na mesma frigideira, deitar um fio de azeite, quando estiver bem quente, deitar a cebolinha picada e deixar murchar.
Junte o bulgur e os arandos e salteie durante uns minutos, até os sabores incorporarem.
Tempere com um pouco de sal e pimenta preta acabada de moer, e incorpore os frutos secos.
Regue com o sumo de limão, envolva e sirva morno.

Notas:

Se não encontrar arando seco, substitua por passas de uva, não é que seja parecido em sabor mas tem quase a mesma consistência e combina muito bem com o bulgur, as nozes e os pinhões.
Caldos caseiros,
aqui.
Outras saladas com sêmolas:
Couscous com grão de bico, bulgur com sementes e legumes, quinoa com especiarias.
Adaptado daqui.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Bolo cremoso de cenoura

Este bolo é mais uma das receitas antigas do meu caderninho de infância.
Foi dada à minha mãe por uma amiga da família, no entanto a minha mãe nunca a colocou em prática, na altura deve ter desconfiado dos ingredientes pois a cenoura não era ainda usada com frequência para doces, mas eu com a minha curiosidade inata deitei mãos à obra e fiz o bolo, o sucesso foi tal que ainda hoje é "O bolo de cenoura" cá de casa.
As pepitas e a cobertura são opcionais, não preciso de vos explicar o porquê de comigo serem obrigatórias, não é?!


Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui.

Usei:

3 cenouras
3 ovos
½ chávena de óleo de girassol ou colza
1 iogurte natural
3 chávenas de açúcar amarelo
3 chávenas de farinha
1 c chá de canela
1 c chá de fermento para bolos
1 embalagem de pepitas de chocolate amargo (opcional)
Chocolate meio amargo em barra fundido para cobrir (opcional)


Fiz assim:

Ralar as cenouras.
No copo de batidos, ou com a varinha mágica, colocar a cenoura, os ovos, o óleo, e o iogurte. Triturar tudo até obter um preparado homogéneo.
Peneire a farinha com o fermento e a canela para dentro de uma tigela, e misture o açúcar.
Deite o preparado de cenoura e envolva muito bem sem bater com uma espátula de borracha.
Misture as pepitas de chocolate, e deite o preparado numa forma de buraco ao meio, devidamente untada e polvilhada.
Leve ao forno pré aquecido a 180º durante +- 45 m, (teste com o palito).
Desenforme depois de arrefecer.
A cobertura é o chocolate puro que depois de fundido em banho-maria é deitado de forma irregular sobre o bolo.

Notas:

A receita original não leva iogurte e canela, esses ingredientes foram adicionados por conta do meu gosto pessoal.
O bolo fica húmido e muito macio, convém desenformar só depois de ter arrefecido, se usar uma forma de silicone essa tarefa ficará muito facilitada.

Veja também:
delicias de legumes.

Micro pormenores

São 12.
São micro.
São cortadores de massa, de pasta de açúcar, de legumes…
São lindos!!!
E eu estou apaixonada e frustrada por não ser decoradora de bolos.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Filetes de linguado em papelotes de ervas

A técnica de cozinhar em papelotes é muito usada cá em casa, as vantagens têm sido aqui enumeradas à medida que as receitas vão aparecendo.
Hoje a sugestão é de filetes de linguado, mas isso não quer dizer que não resulte com outro peixe.
O meu jardim de ervas este ano foi muito generoso comigo, então tenho tentado usufruir dele ao máximo, o funcho é das ervas que melhor combinam com o peixe, combinado com citrinos confere um aroma e paladar fresco ideal para os dias de Verão.


Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui.

Usei:

6 filetes de linguado
mostarda à moda antiga (com grãos) a gosto
1 limão
1 c sopa de funcho
1 c sopa de tomilho
1 c sopa de cerofóleo
1 c sopa de cebolinho
pimenta preta de moinho
sal
azeite q.b.

Fiz assim:

Se os filetes forem muito compridos, corte-os ao meio.
Prepare os papelotes, cortando rectângulos de folha de alumínio suficientemente grandes para fechar hermeticamente cada pedaço de peixe.
Pincele cada um dos papelotes com a mostarda.
Pique as ervas finamente.
Disponha os filetes, um em cada papelote. Tempere de sal e pimenta, polvilhe com a mistura de ervas, por cima disponha uma rodela de limão e regue com um pequeno fio de azeite.
Feche o papelote, e leve ao forno (180º) durante 15 a 20 minutos.
Sirva com arroz de ervilhas.

Notas:

A combinação de ervas pode ser alterada conforme o gosto individual.
Tome cuidado ao abrir os papelotes, pois o vapor libertado pode provocar queimaduras.
Veja também:
misturas de ervas aromáticas.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Nós de alho amanteigados

Ao tempo que eu não fazia pão!
Fazer pão é algo que me relaxa e fascina. Relaxa-me o trabalhar a massa e fascina-me o processo de fermentação e o aroma do pão.
O alho é adorado ou odiado, eu faço parte dos que gostam muito, um dos meus petiscos preferidos é uma fatia de pão caseiro tostada e morna onde se esfrega um dente de alho, ou quem não conhece as famosas fatias de
pão de alho?! Ou a açorda alentejana?!
Pois é, alho e pão sabem bem juntos, por isso aqui fica esta sugestão para uma entrada ou petisco ou até como acompanhamento de uma sopa.
O formato de nó é apenas uma sugestão, podem muito bem ser moldados de outra forma.


Versão de impressão e arquivo desta receita: aqui

(Versão máquina do pão mais abaixo)
Receita para 18 pãezinhos pequenos

Usei:

Massa:

½ chávena de leite meio gordo
90g (6 c sopa) de manteiga sem sal
¼ cávena de água morna
½ c chá de açúcar + 1 c sopa (separadas)
1 c sopa de fermento em pó instantâneo ou 25g de fermento de padeiro fresco
1 ovo grande à temperatura ambiente
1 c chá de alho seco moído
3 chávenas de farinha de trigo s/ fermento (pode ser necessário mais um pouco)
1 c chá de sal

Para guarnecer:

Manteiga amolecida q.b.
3 ou 4 dentes de alho picados finamente

Fiz assim:

1. Leve ao lume o leite com a manteiga em pedaços, e deixe a manteiga fundir sem o leite ferver. Retire do lume e deixe amornar. Reserve.
2. Misture a água morna com o fermento e ½ c chá açúcar, (se usar fermento fresco desfaça-o na água), e deixe repousar por 5 minutos.
3. Bata o ovo com a c sopa de açúcar.
4. Peneire a farinha com o sal e o alho em pó para cima da bancada e faça uma cova no meio, deite o ovo batido e a mistura de fermento, vá envolvendo na farinha a pouco e pouco até incorporar. Amasse até obter uma massa fofa e elástica não muito seca. Se a massa estiver demasiado húmida, vá juntando colheres de farinha até atingir a consistência desejada.
Se tiver uma batedeira de gancho, use-a para amassar.
5. Com as mãos e a bancada enfarinhada, molde uma bola.
6.Unte uma tigela com manteiga, e dentro, coloque a massa fazendo-a rodar até ficar completamente untada na manteiga.
Cubra com película aderente e deixe repousar em locar abrigado até a massa dobrar de volume.
7. Passado esse tempo, espalme a massa e pincele-a com manteiga derretida, dobre a massa ao meio e pincele novamente e mais uma vez volte a dobrar.
Tape a massa com um pano e deixe repousar mais um pouco. (mais ou menos 45m).

Versão máquina do pão

Coloque na máquina os ingredientes seguindo a ordem:

- Leite
- Manteiga
- Ovo
- Farinha
- Açúcar
- Sal
- Alho moído
- Fermento

Programe a máquina no ciclo amassar e levedar.
Passe para o passo 7, e prossiga.

Moldar os nós

Vá retirando pequenas porções de massa e depois de formar um cordão, dê-lhe um nó. Ou então, estenda a massa com o rolo e com um cortador de pizza ou uma faca afiada corte tiras de massa, e molde os nós a partir daí.
Disponha os pãezinhos num tabuleiro forrado com papel vegetal separados entre si, cubra com um pano e deixe repousar enquanto o forno aquece a 200º.
Enquanto isso, derreta um pouco de manteiga, e pique o alho.
Pincele os pães com a manteiga e polvilhe com o alho picado.
Leve ao forno durante 15 a 20 minutos ou até que fiquem corados.

Notas:

Substitua a manteiga da receita por 2 c sopa de azeite.
Para além do alho, polvilhe com parmesão ou outro queijo a gosto e / ou ervas finas picadas.

Adaptado de: Bon appetit
Receita:
aqui.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Queques de arando e laranja

O arando ou uva-do-monte, (cramberry) não é um fruto vulgar entre nós e nunca o encontrei fresco, mesmo a sua versão em seco não é muito fácil de encontrar, no entanto a minha curiosidade sobre este fruto era grande e quando consegui encontrar um pacote de arandos secos quis saber o seu sabor em receitas doces e salgadas. Foi assim na versão doce que os provei a primeira vez e realmente as famosas bagas tem razões para o ser, pois são uma delícia, conferiram a estes queques um ligeiro travo de acidez muito agradável.

Versão de impressão / arquivo desta receita: aqui.
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Usei:

1 chávena de arandos secos
¼ chávena de sumo de laranja
2 chávenas de farinha
2 c chá de fermento para bolos
¼ c chá de sal fino
½ chávena de chá de manteiga (ou creme vegetal) à temperatura ambiente
raspa de ½ laranja
½ chávena de açúcar granulado
2 ovos grandes à temperatura ambiente
1 iogurte natural

Fiz assim:

Pré aqueça o forno a 180º.
Coloque 12 formas de papel dentro de formas de muffins / queques / empadas, e reserve.
Coloque os arandos dentro de um tacho pequeno com o sumo de laranja, e leve a lume brando até começar a querer levantar fervura. Retire do lume, escorra e reserve o líquido. Deixe arrefecer enquanto prepara a massa.
Na tigela da batedeira, coloque a manteiga, a raspa de laranja e o açúcar, bata durante mais ou menos 2 minutos ou até ficar uma mistura fofa e esbranquiçada. Raspe os lados da tigela com uma espátula e junte os ovos um a um batendo entre cada adição.
Retire a tigela da batedeira.
Peneire a farinha junto com o fermento e o sal.
Misture a farinha no creme de manteiga alternando com o iogurte e o sumo de laranja. Misture apenas até incorporar. Adicione os arandos e mexa para os espalhar pela massa.
Coloque a massa nas formas preparadas até 2/3 da sua capacidade.
Polvilhe o topo com um pouco de açúcar granulado, e leve ao forno durante mais ou menos 25 a 30 minutos.
Retire, e deixe arrefecer em cima de uma grade.

Notas:

Se usar manteiga com sal, não adicione o sal à receita, o mesmo acontece com a farinha, se usar farinha com fermento reduza a quantidade para 1 c chá.
A receita original refere ½ chávena de leite em vez do iogurte, e descarta o sumo de laranja.
Fonte

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Frango marinado em hortelã

Quem mais ordena no meu jardim de ervas aromáticas é a hortelã, em todas as suas subespécies ela invade tudo e teima em destacar-se de entre as outras habitantes do jardim, tanto em estatura como em aroma.
A menta chocolate está tão alta que os meus gatos escondem-se dentro dela em busca de frescura e de insectos.
Este frango reflecte a frescura da hortelã e combina-a com o limão.
Uma receita saudável, deliciosa e fácil q.b.



Versão de impressão / arquivo desta receita: aquiUsei:

1 Frango em pedaços
1 Ramo de hortelã
3 Dentes de alho
1 Limão (sumo)
Sal pimenta q.b.
1 Fio de azeite

Fiz assim:

Retirei as peles e gorduras mais grossas ao frango.
No almofariz pisei o alho com o sal, juntei a hortelã picada, pisei mais um pouco até fazer uma pasta e juntei o sumo de limão.
Coloquei o frango num saco de congelação, e por cima deitei a marinada. Envolvi bem e fechei o saco retirando-lhe o ar.
Reservar no frigorífico pelo menos durante 1 hora.
Coloquei os pedaços de frango num tabuleiro, reguei com a marinada e um fio de azeite, e foi ao forno pré aquecido a 180º até ficar assado.
Servi com batatas assadas.

Notas:

Para ver se o frango está assado, espete um palito numas das partes mais grossas, por exemplo a coxa, se sair um liquido claro é porque está pronto, se pelo contrário o liquido for ensanguentado, deixe passar mais um pouco.

terça-feira, 8 de julho de 2008

1º jantar virtual - Projecto Y


Chegou o dia de vos mostrar o resultado do já aqui divulgado projecto Y.
O projecto Y é no fundo uma extensão dos encontros inter-blogs do DCPV, só que desta vez não será só um jantar mas sim três em simultâneo, eu, o Luís e o Eduardo, cada um em sua cozinha e na sua mesa, ás voltas com o mesmo menu proposto por um de nós.
Neste primeiro jantar virtual Y, o menu foi proposto pelo Eduardo que se inspirou nas comemorações do centenário da emigração japonesa para o Brasil e assim propôs-nos uma refeição completa com a particularidade de ser toda preparada no wok.

O wok e eu somos amigos íntimos. Objecto anatomicamente perfeito para cozinhar, é ideal para saltear, fritar com pouca gordura e cozer em caldo ou em vapor ou das duas formas em simultâneo.
Uso-o quase diariamente, e costumo brincar dizendo que, quando estou na cozinha com o wok em punho alguma coisa sairá para a mesa.

Vamos então ao menu proposto

Entradas:

Castanhas de caju agridoces
Couve-flor picante




Tive de me conter para não me ficar só pelas entradas, tanto uma como outra foram servidas mornas e o crocante, picante, aroma e sabor foram uma experiência muito agradável.

A couve-flor e o caju completaram-se e funcionaram muito bem como parceiros de antecipação de refeição.


Acompanhei com uma bebida de fusão de duas culturas, a brasileira e a japonesa, preparei uma caipirinha com saquê e juntei-lhe o rubor doce dos morangos.
Chamei-lhe:

Saiquirinha gueixa corada


- 2 doses de saquê
- 1 lima
- 3 morangos
- 1 colher sopa de açúcar amarelo
- gelo picado

Macere o limão com os morangos e o açúcar, acrescente o saquê e complete com o gelo.
Decore com uma folha de hortelã.
Inspiração: saquekirin

Principais:

Espaguetini de arroz com frango e pimentos


Era suposto ser espaguetini de soja, mas nessa semana não encontrei e usei espaguetini de arroz, também deveriam ser pimentos vermelhos e amarelos mas por força das circunstâncias acabaram por ser vermelhos e verdes. Desculpem rapazes!



Um prato leve e delicioso, uma vez mais, e na minha opinião, a textura é um dos trunfos, o crocante dos legumes vs a maciez das tiras de frango e do espaguetini é muito agradável.

O aroma do gengibre marca o sabor de uma forma muito agradável e subtil.
Foi o prato preferido da minha “piolha”, e será repetido mais vezes.


Carne de porco com melão e manga

Na minha opinião, este prato foi “a estrela da noite”. Delicioso!
Verdadeiramente surpreendente. Os sucos libertados pelas frutas e o açúcar, pela carne e pela adição do molho de peixe e vinagre de cidra, (a esta hora os leitores estão a torcer o nariz), resultam num molho impossível de resistir, de aroma e sabor fantástico. Parabéns Eduardo, maravilhosa escolha.

Acompanhei com arroz basmati, mas nem era necessário pois as frutas já acompanham a carne na perfeição.

Para beber: uma “cevejola geladinha”.

Sobremesa:

Docinhos fritos de laranja com calda de especiarias

Aqui voltei a “aldrabar” no modo de preparação.
Coloquei sumo de laranja na calda, e adicionei uma estrela de anis.

A receita pedia para cortar a massa com a carretilha em rectângulos e depois fritar, mas eu não resisti em usar a máquina de massa fresca para estender e cortar.
Então os rectângulos transformaram-se em tagliatelle frito de laranja.

Adorei o crocante da massa frita e o aroma da calda.
Acompanhei com chá verde.

Obrigada Eduardo e Luís por esta experiência, senti-me em vossa companhia tanto na cozinha como sentada à mesa. Ergui várias vezes o copo num brinde a todos nós com votos de que um dia o projecto Y seja na realidade ao vivo e a cores, confeccionado a 6 mãos e degustado em pleno convívio real.

A responsabilidade para mim e para o Luís é grande, pois um de nós irá propor o próximo menu, lá para o final do Verão, aguardem-nos!

Para vocês caros leitores que estão habituados a ver aqui as receitas, elas irão aparecendo ao ritmo normal do Tachos de ensaio, 3 por semana.
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Notas bibliográficas:
Castanhas de caju agridoces: "A cozinha na panela Wok" pg. 24
Couve-flor picante: "Wok e fritadas" pg. 92
Espaguetini de soja com frango e pimentos: "A cozinha na panela wok" pg. 32
Carne de porco com melão e manga: "Wok e fritadas" pg. 82
Docinhos fritos de laranja com calda de especiarias: "A cozinha na panela wok" pg. 110

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Kufta

Um dos últimos livros de culinária que comprei foi um livro sobre gastronomia do médio oriente. O que a principio me chamou a atenção no livro é o facto de nos transportar numa viagem de tradições e histórias onde os costumes culinários nos são apresentados de uma forma muito informal. As receitas são fáceis e apelativas.
Esta foi feita para um petisco de fim-de-semana, é de confecção fácil e agradou a todos.

Versão de impressão / arquivo desta receita: aqui.

Usei:

1 Chávena de café de bulgur
1 Cebola grande
3 Dentes de alho
1 c sopa de massa de pimentão
1 c sopa de massa de malagueta
300g de carne de vaca picada
1 molho de salsa
1 c chá de cominhos moídos
Sal & pimenta

Fiz assim:

Deite o bulgur numa tigela e cubra com água quente ou caldo da sua preferência. Deixe hidratar durante pelo menos 4 horas.
Pique a cebola e os alhos e junte à carne picada. Escorra o bulgur e junte também. Misture bem.
Tempere com o sal, a pimenta e os cominhos, e junte a massa de pimentão e a malagueta. Pique a salsa e junte ao preparado.
Amasse muito bem até estar ligado. Molde bolas do tamanho de almôndegas e frite numa mistura de azeite e óleo. Escorra sobre papel absorvente.
Polvilhe com malagueta em flocos, e sirva.

Notas:

Se não conseguir ligar a massa, junte umas colheres do caldo de hidratar o bulgur.
Pode substituir a massa de pimentão por paprica, e a massa de malagueta por pimenta de caena, como estes ingredientes são secos pode ter de ajustar a massa com o caldo mencionado.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Geléia de canela

Há algum tempo recebi de presente de uma amiga querida, um livro de receitas maravilhosas. São 107 receitas com ervas aromáticas e especiarias, mas antes de passar ás receitas propriamente ditas, fiquei fixada numa nota que falava em geleia de canela.
Fiquei logo a imaginar em mil e uma utilizações para essa iguaria.
Lancei-me em pesquisas, e o único ingrediente que me fez tecer algumas considerações foi a pectina cítrica, ingrediente essencial para gelificar o xarope obtido pela fervura da água com o açúcar.
Pelo que a minha mãe me ensinou, quando queria fazer doces de frutos que não gelificavam bem, (como por exemplo o melão), bastava juntar uns caroços de marmelo ou maçã, frutos ricos em pectina. Como não estamos na época dos marmelos, chegou-se à frente a omnipresente maçã.



Clique aqui para a versão de impressão e arquivo desta receita
Usei:

30g de canela em pau (variedade casca rugosa)
20g de canela em pó
250g de açúcar
1 Litro de água
Casca e caroços de 2 maçãs
Sumo de ½ limão (amarelo)

Fiz assim:

Coloquei a canela em pau num pouco de água, e deixei em infusão num frasco tapado, durante 3 dias.
Coei a água, e acrescentei a restante até perfazer 1 litro. Juntei o açúcar e a canela em pó e mexi para dissolver.
Juntei depois as cascas e caroços das maçãs e o sumo de limão, e levei ao lume muito brando até reduzir o volume para 1/3.
Coar a geleia e deixar em repouso até acumular no fundo o restante pó de canela.
Filtrar através de um filtro de papel para café, e guardar em frascos esterilizados.

Notas:

Acompanha carnes assadas, queijos maduros e sobremesas.
Adoça iogurtes e saladas de fruta, e fica uma delícia sobre gelado, crepes, waffles ou french toast.
Dá um toque especial a frutas assadas, como: maçã, banana ou ananás.
“A última “pitada” fica por conta da sua imaginação.”

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Pescada gratinada com puré de legumes

Os miúdos (e alguns graúdos) costumam torcer o nariz ao peixe cozido com legumes, mas com alguma imaginação pode dar-se a volta a uma refeição tornando-a agradável à vista, saudável, saborosa e fácil de comer.
Foi o que aconteceu com este jantar, uma simples pescada, uma mão cheia de legumes, e um toque de inovação no puré fizeram da mesa uma festa.
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(Clique aqui para a versão de impressão e arquivo desta receita)
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Usei:

750g de pescada
3 Cenouras
1 Alho francês
1 Folha de louro
½ Ramo de salsa
½ Copo de vinho branco
Agua q.b.
500g de batatas
Sal & pimenta
Noz-moscada a gosto
1 Iogurte natural
2 dl de leite
Sementes de sésamo para polvilhar

Fiz assim:

Numa panela com água, coloquei a pescada, 1 cenoura, a rama verve do alho, o louro, a salsa, o vinho. Tempera-se com uns grãos de pimenta e sal, e vai ao lume até a pescada estar cozida.
À parte cozem-se as batatas em rodelas, as restantes cenouras raladas e a parte branca do alho cortada em rodelas finas.
Depois do peixe estar cozido, retira-se do caldo e limpa-se de pele e espinhas.
Desfaz-se em lascas grossas e reserva-se.
Unta-se um recipiente de ir ao forno e à mesa com um pouco de manteiga, no fundo dispõem-se algumas das batatas, por cima coloca-se o peixe.
As restantes batatas e os legumes depois de escorridos esmagam-se até ficarem em puré.
Mistura-se o leite e o iogurte bate-se bem e incorpora-se nos legumes, tempera-se de sal, pimenta e noz-moscada.
Cobre-se o peixe com este puré, salpica-se com sementes de sésamo, e leva-se ao forno a gratinar.

Notas:

Congele o caldo do peixe para utilizações futuras.
Pode ser salpicado com queijo ralado em vez das sementes.
Os legumes do puré podem ser alterados conforme o gosto pessoal e a necessidade.
As camadas de batata, peixe e puré podem ser intercalas com folhas verdes.