Quem visitar o México em Novembro, durante a celebração do dia de todos os santos, vai de certeza encontrar este pão, (Pão dos mortos).
È feito para celebrar a memória dos falecidos, que paradoxalmente não é um dia triste, mas antes de festa.
Todos visitam as campas dos seus familiares com piqueniques e vestindo roupas de cores vivas, levam velas, flores e este pão especial.
O pão pode ter formas variadas, mas frequentemente é branco, levedado com fermento e aromatizado com laranja e especiarias. Pode ser redondo ou circular e é muitas vezes decorado com pedaços de massa em forma de ossos, lágrimas ou ramos de flores.
Usei:
2 Estrelas de anis (para a calda)
4 c sopa de água (para a calda)
3 Chávenas de farinha
½ c chá de sal
4 c sopa de açúcar
75 ml de água
6 g de fermento de padeiro seco
2 Ovos pequenos
2 c sopa licor de laranja
50 ml de manteiga derretida
Fiz assim:
Leve as estrelas de anis ao lume com a água, deixe ferver até o volume reduzir para metade, cerca de 3 a 4 minutos. Retire o anis e deixe arrefecer.
Peneire a farinha, o sal e o açúcar para uma tigela, abra um orifício ao centro.
Dissolva o fermento na água morna e deite no centro da farinha.
Com as pontas dos dedos envolva um pouco da farinha circundante no fermento até ficar com uma massa mole, polvilhe um pouco de farinha por cima, tape com película aderente e deixe repousar em lugar abrigado durante 30 minutos, ou até começar a fazer bolhas.
Num recipiente à parte, bata os ovos, a calda, o licor e a manteiga derretida.
Junte este preparado à farinha e misture bem.
Transfira a massa para a bancada enfarinhada e amasse durante 5 ou 6 minutos, ou até a massa ficar macia e elástica.
Unte uma forma redonda com cerca de 22 cm, e coloque dentro a massa à qual deu a forma de bolacha.
Faça uma cruz no topo e cubra com película untada.
Deixe levedar de novo em local abrigado até dobrar de volume, cerca de 1 a 2 horas.
Pré aqueça o forno a 190º.
Retire a película que cobre o pão e leve ao forno durante 50 minutos.
Coloque sobre uma grade para arrefecer e polvilhe com açúcar.
Notas:
Versão máquina do pão:
Tenha os ovos à temperatura ambiente, e use sempre fermento desidratado.
Faça a calda de anis conforme se indica na receita.
Coloque primeiro os líquidos e depois os secos, sendo que a farinha deve criar uma barreira entre os líquidos e o fermento.
Escolha o programa de amassar e levedar se quiser cozer o pão em forma à sua escolha, ou então escolha o programa completo.
Peço desculpa pelo facto de alguns ingredientes estarem em chávenas e colheres e outros em mililitros e gramas, mas como fiz meia receita alguns ingredientes não davam conta certa ao converter para chávenas e vice versa.
Fonte: Manual do pão caseiro – Pães do continente americano
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Arroz à valenciana ou Paella
A fama deste prato típico de Valença e as suas várias interpretações e recriações, fez com que se junte a carne com o marisco, mas o certo é que ou é paella de marisco ou paella de carne, mas também é certo que eu gosto assim, gosto das misturas terra e mar!
Tenho uma paelleira que me foi oferecida pela minha mãe muito antes destas modernaças antiaderentes e de marcas carregadas de tradição, por isso é um pouco mais “chata” de usar, se não fosse por isso acho que pelo menos uma vez por mês comia paella!
Usei:
400g de arroz
3 Sobre coxas de frango em pedaços
100g de bacon em cubos
50g de presunto em cubos
1 Chouriço de carne
200g de carne magra de porco (lombo) em cubos
200g de lulas em rodelas
Marisco a gosto (gambas, amêijoas, patas de sapateira)
1 Chávena de ervilhas
Azeite
2 Pimentos assados cortados em tiras
1 Cebola picada
1 Chávena de tomate sem pele e sementes picado
Salsa
Uma pitada de açafrão
1 Folha de louro
2 Dentes de alho picados
Sal & pimenta
Água q.b.
Fiz assim:
Fritam-se no azeite as carnes o bacon e o presunto mexendo até dourar.
Junta-se a cebola e o alho e continua a mexer-se até refogar um pouco, junte um pouco de água (mais ou menos meia chávena), e quando retomar fervura junte o chouriço em rodelas, o pimento, a salsa, o tomate, o louro, o açafrão, as lulas e as ervilhas.
Tempere de sal e pimenta e deixe suar um pouco em lume brando, se necessário junte mais umas colheres de sopa de água.
Quando o frango estiver tenro, junte os mariscos e mais um pouco de água quente, deixe ferver mais ou menos 5 minutos e deite o arroz.
Mexe-se ocasionalmente com colher de pau, e se necessário vai-se adicionando água.
Salpique com salsa picada e deixe repousar 10 minutos antes de servir.
Notas:
Pode dar-se uma fervura aos mariscos e aproveitar o caldo para preparar o arroz.
Usei arroz carolino, mas neste caso um arroz de grão mais longo também não fica mal.
Se as lulas forem muito duras coza-as previamente e adicione-as à paella ao mesmo tempo do marisco.
Tenho uma paelleira que me foi oferecida pela minha mãe muito antes destas modernaças antiaderentes e de marcas carregadas de tradição, por isso é um pouco mais “chata” de usar, se não fosse por isso acho que pelo menos uma vez por mês comia paella!
Usei:
400g de arroz
3 Sobre coxas de frango em pedaços
100g de bacon em cubos
50g de presunto em cubos
1 Chouriço de carne
200g de carne magra de porco (lombo) em cubos
200g de lulas em rodelas
Marisco a gosto (gambas, amêijoas, patas de sapateira)
1 Chávena de ervilhas
Azeite
2 Pimentos assados cortados em tiras
1 Cebola picada
1 Chávena de tomate sem pele e sementes picado
Salsa
Uma pitada de açafrão
1 Folha de louro
2 Dentes de alho picados
Sal & pimenta
Água q.b.
Fiz assim:
Fritam-se no azeite as carnes o bacon e o presunto mexendo até dourar.
Junta-se a cebola e o alho e continua a mexer-se até refogar um pouco, junte um pouco de água (mais ou menos meia chávena), e quando retomar fervura junte o chouriço em rodelas, o pimento, a salsa, o tomate, o louro, o açafrão, as lulas e as ervilhas.
Tempere de sal e pimenta e deixe suar um pouco em lume brando, se necessário junte mais umas colheres de sopa de água.
Quando o frango estiver tenro, junte os mariscos e mais um pouco de água quente, deixe ferver mais ou menos 5 minutos e deite o arroz.
Mexe-se ocasionalmente com colher de pau, e se necessário vai-se adicionando água.
Salpique com salsa picada e deixe repousar 10 minutos antes de servir.
Notas:
Pode dar-se uma fervura aos mariscos e aproveitar o caldo para preparar o arroz.
Usei arroz carolino, mas neste caso um arroz de grão mais longo também não fica mal.
Se as lulas forem muito duras coza-as previamente e adicione-as à paella ao mesmo tempo do marisco.
Esta publicação foi previamente agendada para que mesmo não estando deste lado, hoje especialmente por ser o meu aniversário, não podia deixar o Tachos sem uma receita de festa.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Pá de porco com laranja
A laranja é sem margem de dúvidas a minha fruta preferida, maravilhosa simples e em sumo e versátil em pratos doces e salgados. Da laranja tudo se pode usar.
Neste caso foi protagonista de uma marinada e transformou uma peça de carne banal num delicioso repasto.
Prato fácil, sem vigilância constante e a combinar com legumes salteados ou cozidos no vapor.
Usei:
Uma pá de porco sem osso
Um fio de azeite
1 Cálice de uísque
(marinada)
Sumo e raspa de 2 laranjas
2 c sopa de massa de pimentão
3 Dentes de alho
1 Haste de alecrim
Pimenta preta em grão
Sal
Fiz assim:
Num almofariz, pise os alhos com o sal e os grãos de pimenta até obter uma pasta.
Junte a massa de pimentão e a raspa de laranja, mexa até incorporar.
Dilua com o sumo das laranjas.
Coloque a carne num saco de congelação e envolva na marinada. Deixe repousar no frigorífico de um dia para o outro.
Pré aqueça o forno a 200º.
Retire a carne da marinada e seque-a com papel de absorvente.
Num tacho de fundo pesado, aqueça o azeite e sele a carne de ambos os lados.
Retire a carne e coloque num tabuleiro ou pirex.
Deite o uísque no tacho para diluir os sucos caramelizados.
Regue a carne com os sucos e parte da marinada e por cima coloque a haste de alecrim.
Leve ao forno, e vá regando com a restante marinada até a carne estar bem passada.
Notas:
Pode substituir o uísque por conhaque ou brandy.
Pode também fazer esta receita com lombo, embora fique mais seca devido a ser uma carne magra.
Acompanhe com: cenourinhas especiais.
Neste caso foi protagonista de uma marinada e transformou uma peça de carne banal num delicioso repasto.
Prato fácil, sem vigilância constante e a combinar com legumes salteados ou cozidos no vapor.
Usei:
Uma pá de porco sem osso
Um fio de azeite
1 Cálice de uísque
(marinada)
Sumo e raspa de 2 laranjas
2 c sopa de massa de pimentão
3 Dentes de alho
1 Haste de alecrim
Pimenta preta em grão
Sal
Fiz assim:
Num almofariz, pise os alhos com o sal e os grãos de pimenta até obter uma pasta.
Junte a massa de pimentão e a raspa de laranja, mexa até incorporar.
Dilua com o sumo das laranjas.
Coloque a carne num saco de congelação e envolva na marinada. Deixe repousar no frigorífico de um dia para o outro.
Pré aqueça o forno a 200º.
Retire a carne da marinada e seque-a com papel de absorvente.
Num tacho de fundo pesado, aqueça o azeite e sele a carne de ambos os lados.
Retire a carne e coloque num tabuleiro ou pirex.
Deite o uísque no tacho para diluir os sucos caramelizados.
Regue a carne com os sucos e parte da marinada e por cima coloque a haste de alecrim.
Leve ao forno, e vá regando com a restante marinada até a carne estar bem passada.
Notas:
Pode substituir o uísque por conhaque ou brandy.
Pode também fazer esta receita com lombo, embora fique mais seca devido a ser uma carne magra.
Acompanhe com: cenourinhas especiais.
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Mini crepes com coração gelado de Nutella
A “mestra” dos crepes aqui em casa é a “piolha”, por força das circunstâncias foi praticando e hoje é uma “expert”, no passado ano lectivo no dia dedicado ao francês, teve a seu cargo uma banca de crepes e fez sucesso, mas teve de levar a tralha toda de casa pois só com a frigideira antiaderente, a concha que tem a medida certa de massa e a espátula para virar os crepes é que o show fica completo.
Não é meu costume fazer publicidade gratuita, mas neste caso tenho de chamar as coisas pelo nome. Estou a referir-me ao Nutella, podem fazer este gelado com outro creme de cacau e avelãs mas na minha opinião Nutella é Nutella.
Para os crepes
Ingredientes:
200g de farinha
5 dl de leite
2 Ovos
Uma pitada de sal
Preparação:
Bata os ovos com o leite, junte a farinha peneirada e o sal, e misture muito bem de maneira a não deixar grumos.
Tape e deixe repousar no frigorífico 30 minutos.
Pincele uma frigideira anti aderente com um pouco (muito pouco mesmo, use um pincel) de margarina liquida, e deixe aquecer.
Deite uma concha de massa na frigideira, espere até começar a formar bolhas e vire, espere mais um pouco e retire.
Mantenha os crepes quentes em prato aquecido.
Para o gelado de Nutella
Ingredientes:
380 ml de leite evaporado frio (mantenha no frigorifico até usar)
350g de Nutella (à temperatura ambiente)
Preparação:
Coloque o leite evaporado na taça da batedeira, e bata em velocidade alta até obter um liquido mais espesso e espumoso.
Junte o creme de chocolate e avelãs e bata até ficar homogéneo.
Transfira para formas de bombons e leve ao congelador de um dia para o outro.
Retire do congelador 15 minutos antes de servir.
Se usar uma outra forma, use uma de bolo inglês forre com pelicula, e no momento de servir desenforme e corte em fatias.
Este gelado mesmo na sorveteira ou batido enquanto congela, não se molda com a tipica colher de gelados, no entanto fica cremoso.
Aqui, a “piolha” em acção.
Conseguem ver onde está o crepe?
Notas:
Leite evaporado ou leite concentrado não açucarado é leite fresco cujos 60% da água foram removidos por evaporação. È depois homogeneizado, refrigerado, fortificado com vitamina D estabilizadores e esterilizado.
A versão inteira tem no mínimo 7,9% de matéria gorda.
O leite evaporado pode ser guardado à temperatura ambiente até ser aberto, depois disso deve ser passado para um recipiente de vidro, tapado e guardado no frigorífico, mas nunca mais de uma semana.
O leite condensado é feito da mesma maneira, mas com a adição de açúcar.
Substituição: Dissolver 7 c sopa de leite em pó numa chávena + 1 colher e meia de sopa de água, ou seja: 54g de leite em pó para 270 ml de água.
Guarde no frigorífico durante 12 horas.
Bata até dobrar de volume.
Fonte
Não é meu costume fazer publicidade gratuita, mas neste caso tenho de chamar as coisas pelo nome. Estou a referir-me ao Nutella, podem fazer este gelado com outro creme de cacau e avelãs mas na minha opinião Nutella é Nutella.
Para os crepes
Ingredientes:
200g de farinha
5 dl de leite
2 Ovos
Uma pitada de sal
Preparação:
Bata os ovos com o leite, junte a farinha peneirada e o sal, e misture muito bem de maneira a não deixar grumos.
Tape e deixe repousar no frigorífico 30 minutos.
Pincele uma frigideira anti aderente com um pouco (muito pouco mesmo, use um pincel) de margarina liquida, e deixe aquecer.
Deite uma concha de massa na frigideira, espere até começar a formar bolhas e vire, espere mais um pouco e retire.
Mantenha os crepes quentes em prato aquecido.
Para o gelado de Nutella
Ingredientes:
380 ml de leite evaporado frio (mantenha no frigorifico até usar)
350g de Nutella (à temperatura ambiente)
Preparação:
Coloque o leite evaporado na taça da batedeira, e bata em velocidade alta até obter um liquido mais espesso e espumoso.
Junte o creme de chocolate e avelãs e bata até ficar homogéneo.
Transfira para formas de bombons e leve ao congelador de um dia para o outro.
Retire do congelador 15 minutos antes de servir.
Se usar uma outra forma, use uma de bolo inglês forre com pelicula, e no momento de servir desenforme e corte em fatias.
Este gelado mesmo na sorveteira ou batido enquanto congela, não se molda com a tipica colher de gelados, no entanto fica cremoso.
Aqui, a “piolha” em acção.
Conseguem ver onde está o crepe?
Notas:
Leite evaporado ou leite concentrado não açucarado é leite fresco cujos 60% da água foram removidos por evaporação. È depois homogeneizado, refrigerado, fortificado com vitamina D estabilizadores e esterilizado.
A versão inteira tem no mínimo 7,9% de matéria gorda.
O leite evaporado pode ser guardado à temperatura ambiente até ser aberto, depois disso deve ser passado para um recipiente de vidro, tapado e guardado no frigorífico, mas nunca mais de uma semana.
O leite condensado é feito da mesma maneira, mas com a adição de açúcar.
Substituição: Dissolver 7 c sopa de leite em pó numa chávena + 1 colher e meia de sopa de água, ou seja: 54g de leite em pó para 270 ml de água.
Guarde no frigorífico durante 12 horas.
Bata até dobrar de volume.
Fonte
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quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Marizé, Marizé... por onde andas?
Há uma diferença abismal entre um blog e um outro qualquer sítio na Internet.
Um blog tem por trás uma pessoa real que viveu e experimentou o que publica.
Mas o que é que acontece quando a pessoa por um motivo pessoal fica impedida de estar “virtualmente presente”?
Quando não se trata de um blog intimista mas sim de um blog temático, como a culinária, há leitores anónimos que habituados ao ritmo das publicações, continuam a vir à procura de sugestões, ideias, dicas e receitas e se o blog está estático num post que diz: "Obrigada a ficar longe do Tachos e dos tachos", deixam de vir, perdem o hábito, sentem-se abandonados…
Mas também há os colegas; todos sabemos que os primeiros leitores de um blog são outros blogueiros, pessoas que nos lêem e comentam transmitindo-nos a sensação boa de que somos seguidos naquilo que fazemos.
Para esses as justificações das ausências fazem sentido, pois mesmo com o blog em modo de publicações agendadas, a nossa ausência faz-se sentir nos outros blogs.
Se vos tivesse dito que estive a recuperar de uma cirurgia a que fui submetida, tenho a certeza que todos vocês me teriam dado muita força e muito apoio, mas decidi não o fazer preferindo estar aqui e agora para vos dar boas noticias.
Estou de volta, “sã como um pêro” e já cozinhei!
No entanto…
Segunda-feira próxima vou viajar.
Irei para Londres visitar o meu irmão e com ele comemorar o meu aniversário.
Esta foi a prenda que dei a mim mesma este ano.
O Tachos de ensaio fica assim durante mais uma semana em “piloto automático”.
Voltarei a estar deste lado, ao vivo e a cores, a partir de 03 de Novembro.
Para todos vocês, colegas e anónimos, o carinho de uma blogueira agradecida pelas vossas visitas.
Um blog tem por trás uma pessoa real que viveu e experimentou o que publica.
Mas o que é que acontece quando a pessoa por um motivo pessoal fica impedida de estar “virtualmente presente”?
Quando não se trata de um blog intimista mas sim de um blog temático, como a culinária, há leitores anónimos que habituados ao ritmo das publicações, continuam a vir à procura de sugestões, ideias, dicas e receitas e se o blog está estático num post que diz: "Obrigada a ficar longe do Tachos e dos tachos", deixam de vir, perdem o hábito, sentem-se abandonados…
Mas também há os colegas; todos sabemos que os primeiros leitores de um blog são outros blogueiros, pessoas que nos lêem e comentam transmitindo-nos a sensação boa de que somos seguidos naquilo que fazemos.
Para esses as justificações das ausências fazem sentido, pois mesmo com o blog em modo de publicações agendadas, a nossa ausência faz-se sentir nos outros blogs.
Se vos tivesse dito que estive a recuperar de uma cirurgia a que fui submetida, tenho a certeza que todos vocês me teriam dado muita força e muito apoio, mas decidi não o fazer preferindo estar aqui e agora para vos dar boas noticias.
Estou de volta, “sã como um pêro” e já cozinhei!
No entanto…
Segunda-feira próxima vou viajar.
Irei para Londres visitar o meu irmão e com ele comemorar o meu aniversário.
Esta foi a prenda que dei a mim mesma este ano.
O Tachos de ensaio fica assim durante mais uma semana em “piloto automático”.
Voltarei a estar deste lado, ao vivo e a cores, a partir de 03 de Novembro.
Para todos vocês, colegas e anónimos, o carinho de uma blogueira agradecida pelas vossas visitas.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Limões em conserva ou limões confitados
Os limões em conserva, são uma especialidade de Marrocos, muito embora sejam usados em outras regiões do norte de Africa.
Tradicionalmente utilizados como condimento para carne, peixe e legumes, estes limões possuem um sabor característico, algo salgado que também vai bem em saladas, salsas, molhos para temperar e marinadas.
Esta conserva está no meu frigorifico há meses e quanto mais o tempo passa mais saborosa fica a casca do limão.
È no entanto importante salientar que para esta conserva deve usar limões não encerados, estes foram da árvore directamente para a minha cozinha.
Usei:
12 Limões não encerados
6 c sopa de sal marinho grosso
Fiz assim:
Cortam-se 6 dos limões em quartos no sentido do comprimento, mas ao cortar, não se vai até ao fundo para não separar o limão por completo, deixando-o preso pela extremidade inferior.
Abrem-se os limões com cuidado, e deita-se sobre a polpa que ficou à vista, uma colher de sopa de sal.
Volta-se a fechar os limões, e colocam-se num frasco de boca larga.
Em cima dos limões coloca-se um peso para os comprimir, pode ser uma pedra bem lavada.
Feche o franco, e deixe em repouso ao abrigo da luz directa e em lugar fresco.
Passados 2 ou 3 dias, os limões já terão libertado os sucos.
Esprema os restantes limões, e deite o sumo sobre a conserva cobrindo-a.
Deixe infundir durante 1 mês.
Depois de aberto, guarde no frigorífico.
Usa-se apenas a casca, descartando a polpa e as sementes.
Notas:
Se alguma parte de limão ficar em contacto com o ar, é possível que apareça um bolor branco inofensivo que se retira com água.
Conserva-se até um ano, e o sabor vai apurando com o passar do tempo.
Fonte: “A referência do cozinheiro” de Jill Norman
Tradicionalmente utilizados como condimento para carne, peixe e legumes, estes limões possuem um sabor característico, algo salgado que também vai bem em saladas, salsas, molhos para temperar e marinadas.
Esta conserva está no meu frigorifico há meses e quanto mais o tempo passa mais saborosa fica a casca do limão.
È no entanto importante salientar que para esta conserva deve usar limões não encerados, estes foram da árvore directamente para a minha cozinha.
Usei:
12 Limões não encerados
6 c sopa de sal marinho grosso
Fiz assim:
Cortam-se 6 dos limões em quartos no sentido do comprimento, mas ao cortar, não se vai até ao fundo para não separar o limão por completo, deixando-o preso pela extremidade inferior.
Abrem-se os limões com cuidado, e deita-se sobre a polpa que ficou à vista, uma colher de sopa de sal.
Volta-se a fechar os limões, e colocam-se num frasco de boca larga.
Em cima dos limões coloca-se um peso para os comprimir, pode ser uma pedra bem lavada.
Feche o franco, e deixe em repouso ao abrigo da luz directa e em lugar fresco.
Passados 2 ou 3 dias, os limões já terão libertado os sucos.
Esprema os restantes limões, e deite o sumo sobre a conserva cobrindo-a.
Deixe infundir durante 1 mês.
Depois de aberto, guarde no frigorífico.
Usa-se apenas a casca, descartando a polpa e as sementes.
Notas:
Se alguma parte de limão ficar em contacto com o ar, é possível que apareça um bolor branco inofensivo que se retira com água.
Conserva-se até um ano, e o sabor vai apurando com o passar do tempo.
Fonte: “A referência do cozinheiro” de Jill Norman
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Salada de grão-de-bico com romã
Os frutos que outrora eram dádiva da natureza são agora explorados e inflacionados, graças também à moda de cozinhar (ainda bem, a moda, não a inflação). Um desses frutos é a romã, no meu tempo de criança árvores de frutos como a romã, o figo ou o marmelo eram frutos de todos e de ninguém, estavam à beira do caminho ou na extrema dos quintais para que todos lhes chegassem, agora aparecem nas grandes superfícies a preços proibidos e com camadas de cera para que fiquem brilhantes.
Um destes dias o preço das romãs importadas da Índia era mais de €8.00 o kilo.
Felizmente no meu jardim tenho uma romãzeira adolescente ainda, e prometo que não negarei a ninguém os seus frutos.
Cheira a Outono! E eu feliz da vida, gosto das cores, dos cheiros da luz do Outono.
Para celebrar, uma salada simples, deliciosa e com um visual lindo.
Usei:
250g de grão-de-bico
4 c sopa de azeite
3 Dentes de alho picados
3 c sopa de melaço de romã
2 dl de água a ferver da cozedura do grão
1 Pitada de açafrão
Ervas frescas para servir (de preferência coentros)
1 Romã (sementes)
Sal & pimenta
Fiz assim:
Depois de demolhado, cozer o grão aproveitando a água da cozedura.
No wok aquecer o azeite e fritar ligeiramente o alho, juntar o grão escorrido, o melaço, a água a ferver e o açafrão.
Deixe ferver até evaporar a água, (mais ou menos 10 minutos), baixe o lume e deixe o grão caramelizar um pouco.
Temperar de sal e pimenta.
Servir morno ou frio polvilhado de ervas frescas picadas.
Notas:
Se não tiver a água da cozedura do grão, use água a ferver ou
caldo de legumes.
Se o grão for jovem não necessita de ser demolhado, tal como o feijão ou a ervilha seca. Chama-se jovem quando é da colheita desse ano.
Quando cozer grão faça-o apenas com água, coza uma grande quantidade, divida em porções e congele, é muito mais saboroso e barato que grão enlatado.
Veja outras receitas com romã.
Fonte
Um destes dias o preço das romãs importadas da Índia era mais de €8.00 o kilo.
Felizmente no meu jardim tenho uma romãzeira adolescente ainda, e prometo que não negarei a ninguém os seus frutos.
Cheira a Outono! E eu feliz da vida, gosto das cores, dos cheiros da luz do Outono.
Para celebrar, uma salada simples, deliciosa e com um visual lindo.
Usei:
250g de grão-de-bico
4 c sopa de azeite
3 Dentes de alho picados
3 c sopa de melaço de romã
2 dl de água a ferver da cozedura do grão
1 Pitada de açafrão
Ervas frescas para servir (de preferência coentros)
1 Romã (sementes)
Sal & pimenta
Fiz assim:
Depois de demolhado, cozer o grão aproveitando a água da cozedura.
No wok aquecer o azeite e fritar ligeiramente o alho, juntar o grão escorrido, o melaço, a água a ferver e o açafrão.
Deixe ferver até evaporar a água, (mais ou menos 10 minutos), baixe o lume e deixe o grão caramelizar um pouco.
Temperar de sal e pimenta.
Servir morno ou frio polvilhado de ervas frescas picadas.
Notas:
Se não tiver a água da cozedura do grão, use água a ferver ou
caldo de legumes.
Se o grão for jovem não necessita de ser demolhado, tal como o feijão ou a ervilha seca. Chama-se jovem quando é da colheita desse ano.
Quando cozer grão faça-o apenas com água, coza uma grande quantidade, divida em porções e congele, é muito mais saboroso e barato que grão enlatado.
Veja outras receitas com romã.
Fonte
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Pannacotta de chocolate branco e maracujá
Até há algum tempo atrás, não achava grande graça a esta sobremesa, depois comecei a aperceber-me que para além de ser uma delícia podia adquirir inúmeras versões de aromas e acompanhamentos.
È um doce relativamente fácil de fazer e que tem a vantagem de poder ser confeccionado com antecedência.
Esta de chocolate branco e maracujá foi um sucesso estrondoso com direito a bisar brevemente num jantar próximo.
È um doce relativamente fácil de fazer e que tem a vantagem de poder ser confeccionado com antecedência.
Esta de chocolate branco e maracujá foi um sucesso estrondoso com direito a bisar brevemente num jantar próximo.
Usei:
2 Chávenas de natas frescas
1/3 Chávena de açúcar branco granulado fino (caster)
100g de chocolate branco de culinária picado grosseiramente
¼ Chávena de água
2 c chá de gelatina neutra em pó
Polpa de maracujá para servir
Fiz assim:
Numa tigela pequena, coloque a gelatina a hidratar na água. Reserve.
Leve a lume médio, as natas e o açúcar, deixe levantar fervura, baixe o lume e deixe borbulhar durante 5 minutos.
Retire do lume, junte o chocolate, e mexa até fundir e ficar com uma mistura lisa.
Leve a água com a gelatina ao microondas durante 30 ou 45 segundos, mexa, e junte ao preparado de natas e chocolate.
Leve o preparado de novo ao lume, e depôs de começar a borbulhar, aguarde um minuto mexendo sempre e retire.
Prepare 6 formas com capacidade de + ou – 1.5 dl, passando-as por água fria.
Deite a pannacotta nas formas, deixe arrefecer, e guarde no frigorífico pelo menos durante 4 ou 6 horas.
Para desenformar, mergulhe o fundo da forma em água muito quente, descole com a ponta de uma faca, e vire a forma sobre o prato.
Regue com polpa de maracujá.
Notas:
Se usar natas espessas dilua com um pouco de leite.
Pode também acompanhar com coulis de frutas vermelhas, ou outra fruta da sua preferência.
Costumo fazer a pannacotta de um dia para o outro.
Veja também: Pannacotta com creme de pêssego.
Adaptada de “Cozinha para quem não tem tempo” de Mafalda Pinto Leite.
2 Chávenas de natas frescas
1/3 Chávena de açúcar branco granulado fino (caster)
100g de chocolate branco de culinária picado grosseiramente
¼ Chávena de água
2 c chá de gelatina neutra em pó
Polpa de maracujá para servir
Fiz assim:
Numa tigela pequena, coloque a gelatina a hidratar na água. Reserve.
Leve a lume médio, as natas e o açúcar, deixe levantar fervura, baixe o lume e deixe borbulhar durante 5 minutos.
Retire do lume, junte o chocolate, e mexa até fundir e ficar com uma mistura lisa.
Leve a água com a gelatina ao microondas durante 30 ou 45 segundos, mexa, e junte ao preparado de natas e chocolate.
Leve o preparado de novo ao lume, e depôs de começar a borbulhar, aguarde um minuto mexendo sempre e retire.
Prepare 6 formas com capacidade de + ou – 1.5 dl, passando-as por água fria.
Deite a pannacotta nas formas, deixe arrefecer, e guarde no frigorífico pelo menos durante 4 ou 6 horas.
Para desenformar, mergulhe o fundo da forma em água muito quente, descole com a ponta de uma faca, e vire a forma sobre o prato.
Regue com polpa de maracujá.
Notas:
Se usar natas espessas dilua com um pouco de leite.
Pode também acompanhar com coulis de frutas vermelhas, ou outra fruta da sua preferência.
Costumo fazer a pannacotta de um dia para o outro.
Veja também: Pannacotta com creme de pêssego.
Adaptada de “Cozinha para quem não tem tempo” de Mafalda Pinto Leite.
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sobremesa
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Coq au vin
Este prato clássico e delicioso, tem a fama de ser de confecção complicada e demorada.
Não é! Asseguro-vos. O truque é ter as coisas planeadas e preparadas com tempo.
De véspera, juntam-se os ingredientes da marinada, parte-se o galo, e pronto, não se pensa mais nisso até ao dia seguinte.
Depois, prepare o pão frito, cortando-o da forma que quiser e fritando-o em óleo, ou azeite ou manteiga clarificada, fica ao seu critério.
Depois é só dar dois passos simples e “voilá”!
È verdade!... Guarde o caldo que sobrar e eventualmente alguma carne e legumes, logo, logo mostro-vos o que fazer com as sobras…
Usei:
Marinada
1 Cebola picada
1 Cenoura em pedacinhos
5 Bagas de zimbro
10 Grãos de pimenta preta (ou mistura de branca e preta)
1 Cravinho
1 Dente de alho picado
1 l de vinho tinto
1 Cálice de conhaque
1 Cálice de vinagre de vinho tinto
1 Ramo de cheiros (bouquêt garni)
1 Galo do campo (+- 2 kg)
Manteiga clarificada ou óleo
1 c sopa de farinha
500 ml de caldo de galinha
Sal & pimenta
100g de bacon em cubinhos
100g de cebolinhas pérola
150g de cogumelos cortados em quatro
Pão frito para servir
Fiz assim:
De véspera, corte o galo em pedaços.
Misture todos os ingredientes da marinada, e deite sobre a carne. Cubra e reserve no frigorífico.
Retire o frango da marinada, seque-o com papel absorvente e reserve.
Coe a marinada, reservando o líquido, os legumes e o ramo de cheiros.
Aqueça um pouco de manteiga clarificada ou óleo num tacho largo e que possa ir ao fogão e ao forno, e salteie o frango em lume esperto, começando pelo lado da pele.
Adicione os legumes e as ervas da marinada e deixe cozinhar durante 5 minutos mexendo ocasionalmente.
Polvilhe com a farinha e mexa bem para envolver, adicione o líquido da marinada, o caldo quente, sal e pimenta.
Cubra o tacho com papel vegetal, e por cima coloque a tampa do tacho.
Leve ao forno pré aquecido a 180º durante 45 minutos, ou até a carne estar bem cozinhada.
Entretanto, frite o bacon na sua própria gordura até estar estaladiço, junte as cebolinhas e os cogumelos e salteie até dourarem.
Retire o tacho do forno, e se necessário retire algum excesso de gordura da superfície do molho.
Coloque o frango num recipiente refractário, junte o bacon, as cebolinhas e os cogumelos, e regue com parte do molho.
Mantenha no forno para que se mantenha quente até servir.
Sirva com fatias de pão frito e o restante molho à parte.
Notas:
Para ajudar a caramelizar pode juntar uma colher de chá de açúcar amarelo ás cebolinhas.
Use sacos de congelação de fecho hermético para marinar alimentos, para além destes ficarem no vácuo e em perfeito contacto com o liquido, não libertam odores no frigorífico.
Use a panela eléctrica de cozedura lenta em vez do forno.
Não é! Asseguro-vos. O truque é ter as coisas planeadas e preparadas com tempo.
De véspera, juntam-se os ingredientes da marinada, parte-se o galo, e pronto, não se pensa mais nisso até ao dia seguinte.
Depois, prepare o pão frito, cortando-o da forma que quiser e fritando-o em óleo, ou azeite ou manteiga clarificada, fica ao seu critério.
Depois é só dar dois passos simples e “voilá”!
È verdade!... Guarde o caldo que sobrar e eventualmente alguma carne e legumes, logo, logo mostro-vos o que fazer com as sobras…
Usei:
Marinada
1 Cebola picada
1 Cenoura em pedacinhos
5 Bagas de zimbro
10 Grãos de pimenta preta (ou mistura de branca e preta)
1 Cravinho
1 Dente de alho picado
1 l de vinho tinto
1 Cálice de conhaque
1 Cálice de vinagre de vinho tinto
1 Ramo de cheiros (bouquêt garni)
1 Galo do campo (+- 2 kg)
Manteiga clarificada ou óleo
1 c sopa de farinha
500 ml de caldo de galinha
Sal & pimenta
100g de bacon em cubinhos
100g de cebolinhas pérola
150g de cogumelos cortados em quatro
Pão frito para servir
Fiz assim:
De véspera, corte o galo em pedaços.
Misture todos os ingredientes da marinada, e deite sobre a carne. Cubra e reserve no frigorífico.
Retire o frango da marinada, seque-o com papel absorvente e reserve.
Coe a marinada, reservando o líquido, os legumes e o ramo de cheiros.
Aqueça um pouco de manteiga clarificada ou óleo num tacho largo e que possa ir ao fogão e ao forno, e salteie o frango em lume esperto, começando pelo lado da pele.
Adicione os legumes e as ervas da marinada e deixe cozinhar durante 5 minutos mexendo ocasionalmente.
Polvilhe com a farinha e mexa bem para envolver, adicione o líquido da marinada, o caldo quente, sal e pimenta.
Cubra o tacho com papel vegetal, e por cima coloque a tampa do tacho.
Leve ao forno pré aquecido a 180º durante 45 minutos, ou até a carne estar bem cozinhada.
Entretanto, frite o bacon na sua própria gordura até estar estaladiço, junte as cebolinhas e os cogumelos e salteie até dourarem.
Retire o tacho do forno, e se necessário retire algum excesso de gordura da superfície do molho.
Coloque o frango num recipiente refractário, junte o bacon, as cebolinhas e os cogumelos, e regue com parte do molho.
Mantenha no forno para que se mantenha quente até servir.
Sirva com fatias de pão frito e o restante molho à parte.
Notas:
Para ajudar a caramelizar pode juntar uma colher de chá de açúcar amarelo ás cebolinhas.
Use sacos de congelação de fecho hermético para marinar alimentos, para além destes ficarem no vácuo e em perfeito contacto com o liquido, não libertam odores no frigorífico.
Use a panela eléctrica de cozedura lenta em vez do forno.
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Beringela e cogumelos marinados
Cheguei à conclusão que faço parte de uma família de bons garfos.
Seja por que motivo for que nos juntemos é sempre em volta da mesa, e mesmo que não sejam horas de almoço ou jantar, há sempre qualquer coisa, nem que seja pão e azeitonas.
À segunda-feira ao jantar é a minha vez de receber, é assim uma espécie de rentrée da semana, a tertulia de 2ª feira. È praticamente impossível fotografar comida, com pessoas à espera para comer, mas como fiz esta entrada de véspera pude com toda a calma tentar captar uma imagem reveladora do seu agradável sabor.
Seja por que motivo for que nos juntemos é sempre em volta da mesa, e mesmo que não sejam horas de almoço ou jantar, há sempre qualquer coisa, nem que seja pão e azeitonas.
À segunda-feira ao jantar é a minha vez de receber, é assim uma espécie de rentrée da semana, a tertulia de 2ª feira. È praticamente impossível fotografar comida, com pessoas à espera para comer, mas como fiz esta entrada de véspera pude com toda a calma tentar captar uma imagem reveladora do seu agradável sabor.
Infelizmente terei de me ausentar mais uma vez, e espero ser apenas durante uma semana. Conforme vos tinha dito no passado dia 1, este mês será assim: a meio gás e em "piloto automático".
Versão de impressão e arquivo desta receita aqui.
Usei:
1 Beringela pequena
200g de cogumelos
1 dl de azeite
4 Dentes de alho picados
Sal & pimenta preta de moinho
Salsa picada a gosto
½ Copo de vinho branco
Sumo e raspa de 1 limão
1 Haste de tomilho
Fiz assim:
Lave a beringela, corte-a em rodelas, polvilhe de sal grosso e reserve durante mais ou menos 20 minutos.
Escove os cogumelos e corte-os em quatro.
Escorra e beringela, lave-a em água corrente, e seque-a com um pano.
Unte um recipiente de forno com azeite, disponha dentro a beringela, polvilhe com 2 dentes de alho picado, tempere de pimenta e regue com um fio fino de azeite.
Leve ao forno pré aquecido a 200º durante 35 minutos.
Retire do forno, deixe arrefecer e envolva a salsa picada. Reserve.
Numa frigideira, aqueça um pouco de azeite e salteie os cogumelos até alourarem, polvilhe com o restante alho picado, regue com o vinho e o sumo de limão, junte também a raspa e o tomilho, deixe apurar até reduzir, rectifique o sal e a pimenta.
Retire do lume e deixe amornar.
Envolva a beringela e os cogumelos, e deixe a marinar pelo menos durante 1 hora antes de servir.
Sirva com fatias de pão rústico torradas.
Notas:
Veja também: pepino agridoce.
Na foto um garfo que herdei da minha avó paterna, da qual guardo memórias de pão quente e queijo de cabra caseiro.
Receita do livro: “Antipasti”da Naumann & Göbel.
Receita do livro: “Antipasti”da Naumann & Göbel.
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sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Bolachas recheadas
A receita da massa destas bolachas é do Le Cordon Bleu, e a sugestão de apresentação surgiu devido a um dos (muitos) cortadores que habitam, e parece que se multiplicam, num anexo da minha cozinha. È um conjunto de dois cortadores redondos, sendo que um deles tem no centro um circulo mais pequeno, fazendo lembrar um donnut.
Esta foi uma boa maneira de dar uso a um dos potes de geleia de marmelo em stock, o meu pessoal no que respeita a acompanhamento de pão e torradas é mais a dar para o salgado.
As bolachas ficaram uma delícia para os olhos e paladar, se quer servir um chá para impressionar estas são as bolachinhas ideais.
Esta foi uma boa maneira de dar uso a um dos potes de geleia de marmelo em stock, o meu pessoal no que respeita a acompanhamento de pão e torradas é mais a dar para o salgado.
As bolachas ficaram uma delícia para os olhos e paladar, se quer servir um chá para impressionar estas são as bolachinhas ideais.
90g de amêndoas moídas
220g de farinha de trigo sem fermento
90g de manteiga sem sal (amolecida e não fundida)
2 c chá de raspa fina de limão
90g de açúcar branco granulado fino (caster)
1 Ovo batido (não muito grande)
Para rechear:
½ Chávena de geleia de marmelo
1 c sopa de água
Açúcar em pó para polvilhar
Fiz assim:
Peneire a farinha junto com a amêndoa, reserve.
Com a batedeira ou usando uma colher de pau, bata a manteiga com o açúcar e a raspa de limão até ter um creme fofo.
Junte o ovo a pouco e pouco, e bata entre cada adição.
Por fim junte a farinha e a amêndoa e incorpore bem, mas sem trabalhar a massa demasiado.
Forme uma bola, achate-a um pouco, envolva em película e guarde no frigorífico durante, pelo menos, 30 minutos.
Pré aqueça o forno a 180º, e prepare dois tabuleiros ou grelhas forrando-os com papel vegetal ou tapete de silicone.
Com um rolo não muito pesado, estenda a massa entre duas folhas de papel vegetal.
Corte bolachas com um cortador redondo, e em metade delas corte ao meio um círculo mais pequeno, usando, por exemplo, a parte mais larga de um bico de saco de pasteleiro.
Com a ajuda de uma espátula, coloque as bolachas nos tabuleiros e leve ao forno durante 15 ou 20 minutos, ou até que as bordas alourem.
Retire do forno e deixe arrefecer.
Num tacho pequeno, leve ao lume a geleia com a água até ter uma consistência homogénea.
(Se a geleia for muito liquida, dispense este passo ou use doce ou compota).
Separe as duas metades das bolachas.
Polvilhe com açúcar em pó as cortadas no centro, e nas outras deite uma colher de geleia, coloque sobre esta a metade com açúcar e pressione um pouco.
Estas são a versão "mini", feitas com as sobras da massa e recheadas com pasta de macadamia.
Uma delicia e sem migalhas!
Notas:
A massa fica um pouco mole, por isso mantenha-a no frigorífico enquanto não a está a trabalhar.
Em vez dos 30 minutos de repouso indicados na receita, a massa pode permanecer mais tempo refrigerada, até de um dia para o outro.
Podem ser usados outros doces ou até outros tipos de recheio para as bolachas, vá de acordo ao seu gosto pessoal e disponibilidade de ingredientes.
Veja também: Bolachas de especiarias.
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biscoitos e bolachas,
fruta frutos secos e citrinos
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Projecto Y - 2º jantar virtual
Cá estou para lhes mostrar o resultado do 2º jantar virtual. Desta vez o “mentor” do cardápio foi o LPontes, e o tema é: Escondidos.
Segundo o Luís, as receitas são uma fusão entre o tradicional e o moderno, mas se quiserem saber mais passem pelo Outras comidas.
Y porque somos três como as pontas da letra, eu o LPontes e o Eduardo.
O Eduardo teve a seu cargo a abertura do ciclo, e depois deste cardápio do Luís será a minha vez de dar o meu contributo.
No final deixo o link para verem ou reverem o 1º jantar virtual, e para as receitas dos pratos, que desde meados de Setembro tem estado na barra lateral.
Para mim o maior desafio neste menu foi a estética; a apresentação dos pratos estava incluída na receita de preparação, e eu não tenho jeito para decoradora, nem de bolos nem de doces e também não em pratos salgados.
Outro desafio era a presença de alguns ingredientes que a “piolha” não inclui nas refeições, como por exemplo o toucinho gordo, a carne de vaca, o presunto e o queijo curado de sabor forte. Com algum “jogo de cintura” adaptei um dos pratos para que ela pudesse participar da refeição, e foi assim:
Entradas
Melão com presunto
(Carpaccio de presunto sobre redução balsâmica de melão em requeijão de ovelha)
(Raviolis de petit pois com escalfado de ovo de cordona e menta)
Foi este o prato adaptado, no lugar do ravioli de toucinho surgiu uma cornucópia de bacon finíssimo.
O molho foi servido à parte para que cada um se servisse a gosto, ficou com uma cor linda que tenho pena de não estar registada em imagem.
Principais
Rancho à portuguesa
(Estufado de carnes com grão de bico e tomate em caneloni de pasta all’uovo fresca) Aqui o desafio foi MUITO grande, pois de todas as minhas (muitas) limitações, rechear canelonis é uma delas e se não a maior. Por isso, e espero ser perdoada, os canelonis transformaram-se em lasanha contrariando assim o tema do cardápio que indica: escondidos.
Arroz de santola
A santola tem um preço impossível de suportar e isto da culinária familiar tem muitas vertentes e uma delas é o orçamento.
Maravilhoso o aroma e sabor transmitido pelo Porto branco.
Para conseguir o carpaccio de terrincho, refrigerei o queijo na parte mais alta do frigorifico, até ficar com uma consistência bem firme, depois cortei fatias finíssimas na mandolina.
Sobremesa
Trouxas
(Nougat de lemon curd em massa filo) Aqui usei a receita de lemon curd da Alice waters ("The art of simple food"), por ser uma receita de preparação simples e já anteriormente testada com sucesso.
Não consegui atar as trouxas com a massa filo, atei com cordel de cozinha que retirei depois das trouxas arrefecerem.
Fica assim completa a reportagem do 2º jantar virtual, onde mais uma vez foi um prazer cozinhar e degustar um menu que no dia-a-dia de certeza não apareceria na minha mesa, e, principalmente na companhia virtual de dois colegas e já amigos.
A primeira entrada, a sobremesa e o estufado do rancho foram feitos antecipadamente, e mesmo assim passei um tempo considerável na cozinha, não me sentei à mesa com um ar “glamoroso” mas muito feliz; eu diria que mesmo com as adaptações o resultado final foi positivo, e acabei por ter um cuidado extra na apresentação dos pratos, pode ser que o trauma seja superado e que os meus pratos comecem a aparecer cheios de estilo, hehe…
Receitas: Aqui.
1º Jantar virtual: Aqui.
Notas:
Tem sido penoso para mim ver o “Tachos” sem actualizações, por isso, e tendo ainda duas ausências relativamente longas para este mês, vou deixar em agenda algumas receitas que tenho feito e outras em arquivo.
Obrigado a todos que por aqui têm passado, e a todos os que deixaram uma palavra.
Segundo o Luís, as receitas são uma fusão entre o tradicional e o moderno, mas se quiserem saber mais passem pelo Outras comidas.
Y porque somos três como as pontas da letra, eu o LPontes e o Eduardo.
O Eduardo teve a seu cargo a abertura do ciclo, e depois deste cardápio do Luís será a minha vez de dar o meu contributo.
No final deixo o link para verem ou reverem o 1º jantar virtual, e para as receitas dos pratos, que desde meados de Setembro tem estado na barra lateral.
Para mim o maior desafio neste menu foi a estética; a apresentação dos pratos estava incluída na receita de preparação, e eu não tenho jeito para decoradora, nem de bolos nem de doces e também não em pratos salgados.
Outro desafio era a presença de alguns ingredientes que a “piolha” não inclui nas refeições, como por exemplo o toucinho gordo, a carne de vaca, o presunto e o queijo curado de sabor forte. Com algum “jogo de cintura” adaptei um dos pratos para que ela pudesse participar da refeição, e foi assim:
Entradas
Melão com presunto
(Carpaccio de presunto sobre redução balsâmica de melão em requeijão de ovelha)
Um regalo para os olhos e para o paladar, e que me deu muito prazer preparar.
Acompanhado de caipiké, (sumo de lima, melão e saké).
Ervilhas com ovos e toucinho
(Raviolis de petit pois com escalfado de ovo de cordona e menta)
Foi este o prato adaptado, no lugar do ravioli de toucinho surgiu uma cornucópia de bacon finíssimo.
O molho foi servido à parte para que cada um se servisse a gosto, ficou com uma cor linda que tenho pena de não estar registada em imagem.
Principais
Rancho à portuguesa
(Estufado de carnes com grão de bico e tomate em caneloni de pasta all’uovo fresca) Aqui o desafio foi MUITO grande, pois de todas as minhas (muitas) limitações, rechear canelonis é uma delas e se não a maior. Por isso, e espero ser perdoada, os canelonis transformaram-se em lasanha contrariando assim o tema do cardápio que indica: escondidos.
Arroz de santola
(Risoto do mar ao Porto com açafrão em carpaccio de terrincho)
A carne de caranguejo assumiu o papel principal que estava destinado à santola, e a meu ver desempenho-o muito bem.A santola tem um preço impossível de suportar e isto da culinária familiar tem muitas vertentes e uma delas é o orçamento.
Maravilhoso o aroma e sabor transmitido pelo Porto branco.
Para conseguir o carpaccio de terrincho, refrigerei o queijo na parte mais alta do frigorifico, até ficar com uma consistência bem firme, depois cortei fatias finíssimas na mandolina.
Sobremesa
Trouxas
(Nougat de lemon curd em massa filo) Aqui usei a receita de lemon curd da Alice waters ("The art of simple food"), por ser uma receita de preparação simples e já anteriormente testada com sucesso.
Não consegui atar as trouxas com a massa filo, atei com cordel de cozinha que retirei depois das trouxas arrefecerem.
Fica assim completa a reportagem do 2º jantar virtual, onde mais uma vez foi um prazer cozinhar e degustar um menu que no dia-a-dia de certeza não apareceria na minha mesa, e, principalmente na companhia virtual de dois colegas e já amigos.
A primeira entrada, a sobremesa e o estufado do rancho foram feitos antecipadamente, e mesmo assim passei um tempo considerável na cozinha, não me sentei à mesa com um ar “glamoroso” mas muito feliz; eu diria que mesmo com as adaptações o resultado final foi positivo, e acabei por ter um cuidado extra na apresentação dos pratos, pode ser que o trauma seja superado e que os meus pratos comecem a aparecer cheios de estilo, hehe…
Receitas: Aqui.
1º Jantar virtual: Aqui.
Notas:
Tem sido penoso para mim ver o “Tachos” sem actualizações, por isso, e tendo ainda duas ausências relativamente longas para este mês, vou deixar em agenda algumas receitas que tenho feito e outras em arquivo.
Obrigado a todos que por aqui têm passado, e a todos os que deixaram uma palavra.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Obrigada a ficar longe dos tachos e do Tachos…
Hoje é o primeiro dia do meu mês preferido.
Não é só por ser o mês do meu aniversário, é também pelas cores, aromas, frescura e sabores do Outono.
Infelizmente este mês estarei a meio gás, motivos da minha vida pessoal levam-me a estar longe dos meus tachos.
Fica desde já a promessa, que na quarta-feira dia 08 estará disponível, aqui, e nos blogs do Luís e do Eduardo a reportagem do 2º jantar virtual do Projecto Y (link para a ementa na barra lateral).
Em Agosto, estive ausente mas deixei as publicações do Tachos agendadas, garantindo assim que os leitores continuassem a encontrar as normais 3 publicações semanais, no entanto parece-me que o facto de eu não estar “deste lado” tornou as coisas um pouco impessoais, o que é que acham? Por isso desta vez decidi não garantir receitas durante a minha ausência, pode ser que apareçam algumas mas de qualquer maneira não me posso comprometer a 100%.
Uma coisa prometo, em Novembro cá estarei de novo, e nessa altura responderei aos mails, mensagens e qualquer duvida que entretanto tenha surgido.
Até breve.
Não é só por ser o mês do meu aniversário, é também pelas cores, aromas, frescura e sabores do Outono.
Infelizmente este mês estarei a meio gás, motivos da minha vida pessoal levam-me a estar longe dos meus tachos.
Fica desde já a promessa, que na quarta-feira dia 08 estará disponível, aqui, e nos blogs do Luís e do Eduardo a reportagem do 2º jantar virtual do Projecto Y (link para a ementa na barra lateral).
Em Agosto, estive ausente mas deixei as publicações do Tachos agendadas, garantindo assim que os leitores continuassem a encontrar as normais 3 publicações semanais, no entanto parece-me que o facto de eu não estar “deste lado” tornou as coisas um pouco impessoais, o que é que acham? Por isso desta vez decidi não garantir receitas durante a minha ausência, pode ser que apareçam algumas mas de qualquer maneira não me posso comprometer a 100%.
Uma coisa prometo, em Novembro cá estarei de novo, e nessa altura responderei aos mails, mensagens e qualquer duvida que entretanto tenha surgido.
Até breve.
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